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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.

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Por:   •  11/9/2014  •  4.019 Palavras (17 Páginas)  •  849 Visualizações

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Andréa Regina Rigorini Pedro

Daniela Barbosa Nogueira

Karina Aparecida Torres Vieira

Maria de Fátima Marinho Oliveira

Sandra Regina Mota Mello

Valdilene Ananias

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.

RESUMO

O presente artigo visa como principal objetivo pesquisar e conceituar como é tratado o ensino e a questão da alfabetização e letramento no âmbito escolar nas séries iniciais e a importância de alfabetizar letrando. Mostrando a diferenciação de ambos e como se dá o processo de cada um, tanto na escola como na sociedade, sendo que, o que é aprendido na escola ultrapassa o muro escolar. Portanto, este artigo contribuirá para um novo despertar do educador que atuam em sala de aula nas séries de alfabetização, contribuindo para que cada professor possa refletir sobre seus métodos e suas práticas pedagógicas, sendo assim, levando a compreender que letrar e alfabetizar são processo distintos, complementares e indissociáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Letramento. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema a alfabetização e letramento do processo de escolarização da criança, pois não se pode reduzir a aquisição da leitura e a da escrita partindo, meramente, do conhecimento de sílabas e palavras sem significado funcional ou social. Portanto, não se limita a capacidade de soletrar, mas no desenvolvimento de competências que permitam a formação de cidadãos que usam a leitura e da escrita como uma prática social.

Este estudo se justifica porque pretende aperfeiçoar a prática educativa de futuras educadoras que atuarão nos anos iniciais do ensino fundamental. E, ainda, parte da compreensão que os alunos são sujeitos de direitos que devem ser formados visando à construção de uma sociedade justa e democrática. Para tanto, é preciso discutir as práticas educativas da alfabetização e do letramento e suas concepções teóricas.

A questão que move está pesquisa é compreender quais são fenômenos que definem a alfabetização e letramento e por que a leitura e a escrita são conhecimentos constituídos por múltiplas habilidades, competências e conhecimentos distintos, complementares e indissociáveis.

O objetivo central deste trabalho é descrever os conceitos de alfabetização e letramento. Para tanto, será necessário apresentar a alfabetização e o letramento como uma prática social e identificar e descrever a relação indissociável e complementar destes processos de aquisição da leitura e da escrita.

Os estudos realizados por Emília Ferreiro (1986) e Magda Soares (2003) mostram que a alfabetização e o letramento devem ser compreendidos como uma apropriação de um objeto socialmente constituído e a sua aprendizagem ocorre em níveis sucessivos e em certa ordem de construção.

Assim, FERREIRO (1986), afirma que:

[...] Pretendemos demonstrar que a aprendizagem da leitura, entendida como questionamento a respeito da natureza, função e valor deste objeto cultural que é a escrita, inicia-se muito antes do que a escola imagina, transcorrendo por insuspeitados caminhos. Que além dos métodos, dos manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito que busca a aquisição de conhecimento, que se propõem problemas e trata de solucioná-los, segundo sua própria metodologia... Insistiremos sobre o que se segue: trata-se de um sujeito que procura adquirir conhecimento, e não simplesmente de um sujeito disposto ou mal disposto a adquirir uma técnica particular. Um sujeito que a psicologia da lecto-escrita [...] (FERREIRO; TEBEROSKY, 1986, p. 11).

Partindo da leitura dessas autoras, nota-se a necessidade de que os educadores assumam o papel de mediadores do conhecimento. Esta aprendizagem não se constrói sobre a ignorância, mas sim pela reelaboração de “representações” previamente elaboradas pela aprendizagem. Em outras palavras, os alunos trazem consigo os conhecimentos prévios sobre a leitura e a escrita.

Segundo Ferreiro, Emília menciona que:

O sistema de escrita como um objeto socialmente elaborado é de objeto de conhecimento para a criança. A ligação entre a linguagem impressa e a oral não é imediatamente percebidas pelas crianças. Mesmo quando crescem em um ambiente rico em experiência de alfabetização, elas tem muitos problemas para compreender a relação entre a linguagem oral e as formas gráficas. (FERREIRO, 1986).

Sabe-se que nos dias atuais ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever tem se mostrado condição insuficiente para responder adequadamente as demandas da sociedade. Pois se em um passado não tão distante bastava que a pessoa soubesse assinar o próprio nome para ser considerado alfabetizado, hoje é necessário que o indivíduo vá muito além de simplesmente codificar e decodificar palavras.

Portanto, referindo-se ao letramento é necessário esclarecer, que para a criança tornar se um ser letrado não basta conhecer as letras ou codificá-las, é preciso ter domínio da leitura e da escrita e apropriar-se da função social dessas duas práticas em seu cotidiano, ou seja, ler e escrever nos contextos das práticas sociais da leitura e da escrita.

Quando a criança começa a perceber que escrever não é a mesma coisa que desenhar, conceito este que já vem sendo descoberto mesmo antes de entrar na escola, pois, como vivemos em um mundo grafocêntrica. Sabe-se que letramento e alfabetização são elementos que frequentemente são confundidos, surgindo ,assim, a necessária distinção entre alfabetização e letramento, como processos indissociáveis e complexos do processo do ensino e aprendizagem valorizando a formação humana.

Assim, SOARES, Magda. Menciona que:

Porque alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos e sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo em que é importante também aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução, no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura- se no quadro do conceito de letramento, como também este é dependente daquele (Soares, 2003, p. 90).

Sendo

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