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ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: INTERVENÇÃO COM ECONOMIA DE FICHAS

Por:   •  10/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.023 Palavras (13 Páginas)  •  271 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

COLEGIADO DE PSICOLOGIA

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO II

HELLEN BARBOSA MAGALHÃES

IRDANNY MÁRCILA GERMANO DE SOUZA

LUIZ EDUARDO SANTANA

RAPHAEL ALVES DE SOUZA

REGINA MEDEIROS NERY

ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: INTERVENÇÃO COM ECONOMIA DE FICHAS

Petrolina-PE

Outubro de 2017

HELLEN BARBOSA MAGALHÃES

IRDANNY MÁRCILA GERMANO DE SOUZA

LUIZ EDUARDO SANTANA

RAPHAEL ALVES DE SOUZA

REGINA MEDEIROS NERY

ANÁLISE APLICADA DO COMPORTAMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: INTERVENÇÃO COM ECONOMIA DE FICHAS

Trabalho apresentado à disciplina Análise do Comportamento II, ministrada pelo Prof. Dr. Angelo Augusto Silva Sampaio, do curso de Psicologia, oferecido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco- UNIVASF, como exigência parcial para obtenção de nota.

Petrolina-PE

Outubro de 2017


Borges (2004), um dos pioneiros na implementação da economia de fichas em OBM (Organizational Behavior Managment) no Brasil, afirma que o método de economia de fichas foi descrito pela primeira vez como “token economy” por Ayllon e Azrin em 1968, em um hospital psiquiátrico, utilizando conceitos operantes da Análise do Comportamento para promover comportamentos considerados adequados pelos pacientes. Economia de fichas, segundo Martim e Pear (2009) é um “programa no qual um grupo de pessoas pode receber fichas pela emissão de uma variedade de comportamentos desejados e pode trocar as que ganharam por outros reforçadores” (p.373). Ou seja, é uma estratégia de intervenção da Análise Aplicada do Comportamento que especifica contingências de reforçamento para respostas consideradas adequadas por quem programa as contingências.

Segundo Tomanari (2000, citado por Borges, 2004) a economia de fichas é uma estratégia que possibilita a formação de cadeias comportamentais, além de ser capaz de instalar e manter respostas adequadas com alta frequência de emissão. Pode ser aplicada em larga escala, seja em relação a número de organismos participantes do programa, seja em relação ao número de respostas a serem reforçadas num organismo.

Diante disso, um método que vai além do comportamento individual como a economia de fichas pode ser compreendido, como é trazido por Miguel (1997), como uma unidade de análise a nível cultural: a metacontingência. Para Redmon e Wilk (1991), as metacontingências, são contingências entrelaçadas que produzem um produto agregado, e esta é avaliada á nível cultural, uma vez que desenvolve-se uma “relação em cadeia” entre diversos indivíduos trabalhando em larga escala para o desenvolvimento de um mesmo resultado. Neste sentido, a metacontingência ocorre quando se estuda a performance de mais de um indivíduo, ou seja, um grupo, podendo ser identificar as consequências dessas relações coletivas, a relação entre as respostas desse grupo e as consequências geradas por este, assim como os antecedentes destas contingências entrelaçadas.

Há algumas vantagens na utilização da técnica de economia de fichas: o reforçamento ocorre de modo mais imediato, pode ser apresentado imediatamente após a realização do comportamento desejado, e pode posteriormente ser trocado por outro reforçador. O reforço com fichas pode ser usado como “ponte” entre resposta-alvo e reforço final, já que muitas vezes não é prático, nem viável a entrega do reforçador final após o comportamento. Fichas que são pareadas com muitos reforçadores finais diferentes são reforços condicionados generalizados, não dependendo de uma operação motivadora específica para ter esse valor reforçador, facilitando a administração de reforçadores consistentes e eficazes ao lidar com um grupo de pessoas (Martin & Pear, 2009).

Por ser um método de fácil implementação e relativo baixo custo, a economia de fichas pode ser utilizada em: salas de aula para crianças, hospitais psiquiátricos, universidades, abrigos, prisões, enfermarias (Drogadição ou Alcoolismo); centros de recuperação, organizações e também já foi utilizada numa comunidade comportamental experimental com 30 (trinta) estudantes universitários (Martin & Pear, 2009).  

Segundo Martin e Pear (2009), para que a implementação de uma economia de fichas ocorra com sucesso, é necessário seguir minuciosamente suas etapas. As etapas são planejadas a partir da demanda apresentada pela organização. Inicialmente o analista do comportamento deve, juntamente com os administradores desta organização, identificar comportamentos-alvo a serem maximizados através do programa de reforço condicionado, definindo-os com bastante clareza para que a população a ser trabalhada esteja ciente dos comportamentos que serão reforçados. O objetivo do sistema de economia de fichas é reforçar o comportamento esperado, de forma que o mesmo ocorra de modo recorrente. 

A etapa seguinte consiste na coleta de linhas de base, e deve ser feita anteriormente a implementação do sistema de economia de fichas, pois possibilita que posteriormente o analista do comportamento consiga comparar os resultados que estão sendo obtidos com os dados de linha de base, verificando assim a eficácia do programa. Caso as estratégias usadas não estejam alcançando os objetivos acordados, o analista, a partir dessa comparação, poderá alterar suas estratégias.

A terceira etapa é o processo de escolha de reforçadores de troca chamados de fichas; estas fichas podem ter diversas formas como dinheiro, cheques e pontos. Devem ser fáceis de manejar, duráveis e difíceis de serem falsificadas. Os reforçadores variam de acordo com o público com o qual se está trabalhando, podendo mudar de indivíduo para indivíduo, e, além disso, precisam ser instigantes para que ocorra interesse do sujeito na troca de suas fichas, já que estes reforçadores funcionam como reforçador positivo.

A quarta etapa consiste na verificação de disponibilidade de pessoal e escolha do local de aplicação. Não há local específico para sua execução, mas alguns lugares se tornam mais adequados que outros, dependendo do tipo de economia de fichas que será utilizada, pois é preciso que a economia de fichas seja acordada, bem planejada e apresente controle na hora do uso dos reforçadores, além de ser necessário – em caso de uma implementação de longa duração – um controle sobre a quantidade de fichas que o sujeito está obtendo.

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