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ARTICULAÇÃO DO FILME “O HOMEM QUE DORME” COM UM TEÓRICO – JEAN-PAUL SARTRE

Por:   •  2/6/2018  •  Resenha  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  317 Visualizações

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CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA GESTALT-TERAPIA

        

ARTICULAÇÃO DO FILME “O HOMEM QUE DORME” COM UM TEÓRICO – JEAN-PAUL SARTRE

2018

Articulação do filme “O homem que dorme” com um teórico – Jean-Paul Sartre

O filme mostra o dia-a-dia de um jovem estudante de sociologia que decide suspender o curso de sua vida, prendendo-se em seu quarto pequeno, indiferente a tudo, alheio a vida. Não que ele deixe de sair do quarto. Ele sai, vai à casa de seus pais, anda  por toda Paris, mas a impressão que passa é que, mesmo estando de olhos abertos, ele dorme por conta tamanha sua indiferença pelo mundo

Aqui já me vem em mente à frase de Sartre “a existência precede a essência”, ou seja,  homem é responsável pelo que faz não se pode falar de uma natureza prévia, o ser humano é uma construção, o homem vem do nada, Sartre diz que o homem primeiro existe depois posteriormente se definir. A definição humana que são as características essenciais, Sartre diz que o homem é livre, a sua única essência construída ao longo de tempo é sua liberdade. A liberdade é a capacidade de fazer escolha, e escolha são as suas capacidades de estar permeado a uma condição. O homem escolhe a parte de suas condições, e condição são os limites a priori que o homem tem.

O estudante é um solitário, mas ele é você, e você dá de cara com a sua própria solidão, sua e de todos os que vivem em grandes centros. Mas, no final, vem o lado positivo, quando  o estudante faz o caminho de volta à vida, de uma forma meio que sartriana “você não se livra da história, você faz parte dela, não tem como fugir”.

Para Sartre a vida não tem sentido algum antes do homem dá sentido a ela. Ele ressalta a diferença entre o homem, o objeto e o animal. O homem é um ser que surge no mundo, ele existe e depois define o que vai ser. O objeto é pensado para servir o ser humano, ele tem uma essência, ou seja, ele não precisa sempre se torna para ser esse objeto, Heidegger chama de ente, tornar o homem esse ente é coisificá-lo. E o animal vive o instinto, o animal não vai além do que ele está vivendo, ele tem a condição de ser o animal, assim como o objeto não precisa mostrar para ser o objeto, o animal também não precisa sempre tornar o que ele é. Já o homem ele cria cultura, ele cria os seus valores, ria sua linguagem, ele cria sua forma de ser.

Sartre também ressalta que “o homem é condenado a ser livre”, o homem não tem como não ser livre a todo o momento você é livre, e condenado porque o homem não tem como não ser livre, não há como não fazer escolhas. E a não escolha também é uma escolha. O jovem do filme vive essa liberdade e essa escolha, ele escolheu antemão ser esse o homem solitário que ele se tornou, mas ele teve a sua tomada de consciência e escolheu ressignificar a sua vida.

De todo modo se o homem é livre, e escolhe porque é permeado a uma condição, o homem é responsável pelo que faz e ao mesmo tempo tem uma angústia. Angústia é essa capacidade de incerteza, essa noção humana construída em cima de que não sabe o que a amanhã, essa incompletude, esse sentimento de que o amanhã é indefinido.

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