TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

RESENHA: HUMANO, DEMASIADO HUMANO – JEAN PAUL SARTRE.

Por:   •  17/4/2017  •  Resenha  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  2.580 Visualizações

Página 1 de 3

RESENHA: HUMANO, DEMASIADO HUMANO – JEAN PAUL SARTRE.

O terceiro e último filósofo a ser retratado na série da BBC, Humano, Demasiado humano é Jean Paul Sartre, o documentário aborda a vida do mesmo, nos contando que o pensador nasceu em 1905 em uma família de classe média alta. Devido a a morte de seu pai e o ódio ao seu padrasto a criança pequena não tinha mais um modelo a seguir, portanto teve de se reinventar com uma personalidade diferente de tudo ao seu redor.  Ainda pequeno descobriu-se diferente no espelho, era feio, porém seu cérebro valia ouro.

Estudou na Ecole Normale Supérieure em Paris onde conheceu Simone de Beauvoir. 

Em 1933 foi estudar em Berlim com Edmund Husserl. Interessou-se pela fenomenologia.

Adorava o cinema, principalmente os filmes de suspense. Escreveu o artigo " A contingência da existência" e o romance "A náusea" - a falta de sentido na existência. 

Com influência de Haidegger escreveu sua obra principal: “O ser e o Nada.

Sartre dizia: Nunca fomos tão livres como durante a ocupação dos alemães. Perdemos todos os direitos de expressões, éramos insultados e tínhamos que nos manter calados, e é por isto que éramos livres. Enquanto o veneno alemão deixava nossas mentes doentes éramos constantemente vigiados, cada gesto que fazíamos era um compromisso.

Para Sartre a liberdade era um senso fisiológico de modo que a liberdade se incorporando, se tornava corpo.

Após a Segunda Guerra os valores do passado entraram em colapso. Sartre recusava tudo, casamento, família, religião e era feliz. Tornava-se uma referência para as pessoas que buscavam algo novo naquele momento e já não podiam mais se referenciar nos valores antigos. 

Não é o passado que nos dirige, é o que nós fazemos, temos que assumir a responsabilidade por nossas ações e de um jeito novo. "O que importa é o que você escolhe ser no futuro."

Tudo isto se encaixava perfeitamente no momento em que a Europa vivia após a guerra. Era um misto de esperança e possibilidade de reconstruir a vida e um futuro. Todos queriam esquecer a guerra, havia aquela negação do que tinha acabado de ocorrer, e poder negar o passado dentro desta filosofia de existência era perfeito.

Sartre notou que sua filosofia era individualista e precisava socializar, fundando após a guerra a revista Tempos Modernos, dando uma conferência: Existencialismo é um humanismo, publicou também os caminhos da liberdade e criou a peça Entre 4 paredes.

Após ser acusado de suas ideias ateístas corromperem os jovens foi morar com sua mãe na Rue Bonaparte.

Sartre desde a infância era alguém que sofria quando não podia ter o controle da imagem que os outros formavam dele. Isto para ele era o inferno, era profundamente aflitivo quando pensava sobre o que os outros pensavam quando olhavam para ele. Buscava aprovação. O olhar de sempre sobre ele das outras pessoas, sentia a existência real da vergonha. Assim parou de pensar no "EU" como um objeto único e construiu uma ideia de "NÓS" como um outro mundo. Como uma entidade como o "EU" surge? Isto implica que não é possível as pessoas sentirem-se confortáveis umas com a outras. É impossível pensar em vários "EUs" ao mesmo tempo. O seu "EU" sempre será um objeto para o observador. Todo "EU" está sempre em conflito. Não podemos escapar destes jogos horríveis das pessoas conosco o tempo todo.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.5 Kb)   pdf (59.2 Kb)   docx (12.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com