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AS DIFERENÇAS SOCIAIS

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Por:   •  7/4/2014  •  5.722 Palavras (23 Páginas)  •  559 Visualizações

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AS DIFERENÇAS SOCIAIS

Durante o século XX muitos foram os movimentos sociais que buscavam uma sociedade igualitária. Na realidade muitos vinham lutando por isso desde o século XIX. O termo "igualitária" foi entendido por muitos de forma equivocada, como se fosse possível construir uma sociedade de iguais. Ou seja, as diferenças individuais que foram se desenvolvendo de acordo com as habilidades de cada um deveriam ser desconsideradas, e todos teriam que receber de acordo com uma realidade idealizada. Essa utopia igualitária esteve bastante presente durante o século XX, e não condiz com a realidade humana e sua complexidade.

A utopia da igualdade a ser concretizada está na obtenção de direitos iguais a todos, independentemente de sua condição social, sexual, de raça, de etnia etc. O atendimento das necessidades básicas - alimentação, moradia, saúde, bem-estar social etc.- deve integrar os direitos fundamentais da existência humana.

As diferenças entre os homens permitirão que ao longo de sua vida, de acordo com a sua capacidade e habilidade de trabalhar com aquilo que possui de melhor, permitam-lhe avançar em termos de atendimento de suas necessidades que além das básicas compreenderão outras de cunho estético ou artístico por exemplo. Desse modo a existência de algum grau de diferenciação social sempre haverá, onde terão mais afinidade aqueles que ocupam determinada posição e consequentemente se formarão camadas sociais hierarquizadas.

O estabelecimento da igualdade social, ou melhor dizendo, da equidade social, passa pela permanente redefinição e ampliação gradativa dos direitos fundamentais do ser humano. O próprio conceito de democracia está sendo permanentemente redefinido, quando a antiga Atenas o utilizava não incluía as mulheres e os escravos. Hoje ainda as mulheres não possuem plenos direitos semelhantes aos homens em todos os quadrantes do planeta. O processo de conquista do direito de voto pelas mulheres é um bom exemplo de como os direitos se ampliam de acordo com a realidade social e o grau de participação. Em poucos lugares do mundo, o direito de voto feminino coincidiu com a obtenção desse direito por todos os homens, e ainda há muitos lugares onde o voto da mulher não é reconhecido.

A estratificação social

A expressão estratificação social se refere à divisão da sociedade em camadas (ou estratos), na qual os ocupantes têm acesso desigual a oportunidades sociais e recompensas.

Todas as sociedades até hoje conhecidas e estudadas apresentam o fenômeno da hierarquia social, estando internamente divididas em estratos.

Estaremos utilizando a expressão Estratificação Social referindo-nos aos estratos ou camadas sociais que se superpõem constituindo certa hierarquia social. Aqui, "estrato" significa um conjunto de pessoas que detêm o mesmo status ou posição social.

Sociedades estratificadas podem ser estruturas de castas, estamentos ou classes sociais. Dentre os fatores principais que levam à estratificação estão: a competição, o conflito, a divisão do trabalho e a especialização. Em grau menor, mas não menos importantes estão as diferenças biológicas, como diferenças de sexo, de idade, de raça e de etnia.

Barreiras sociais

Uma barreira social pode ser considerada como todo elemento cultural perfeitamente identificado, destinado a tornar difícil ou impossível o acesso a um grupo ou camada social. A existência de barreiras sociais está diretamente relacionada com a estratificação social. São exemplos: a endogamia, a etnia, qualquer forma de exclusivismo profissional, religioso, nacional ou racial. Existem barreiras sociais institucionalizadas, como na Alemanha, onde são legalmente considerados alemães somente aqueles que pertencem à etnia germânica, e não aqueles que nascem na Alemanha. Na África do Sul no período de existência do Apartheid eram proibidos os casamentos entre pessoas de grupos raciais diferentes.

A desigualdade social

A expressão desigualdade social descreve uma condição na qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riqueza, prestígio ou poder. Todas as sociedades são caracterizadas por algum grau de desigualdade social.

Podemos afirmar, baseados em estudos da história humana, que a igualdade é uma impossibilidade social. Toda sociedade compõe-se de indivíduos onde há diferenças finitas de idade, sexo, força, resistência, velocidade, acuidade visual ou auditiva, inteligência, beleza, e assim por diante. Uma vez que não é possível uma sociedade composta por membros exatamente iguais, quando utilizamos a expressão "sociedade igualitária" estamos nos referindo à igualdade de oportunidades que devem ter todos os indivíduos dessa sociedade, sem discriminação de nenhuma espécie.

No combate à desigualdade social, busca-se atingir a equidade social, que é o direito de as pessoas participarem não "só da atividade política e econômica, mas também o direito de contar com os meios de subsistência e com o acesso a um conjunto de serviços públicos que permitam manter um nível adequado de vida"

A persistência da desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de globalização, a mudança de paradigmas nos processos produtivos, a intensificação do uso de tecnologia avançada entre outros fatores que caracterizam esse processo de mundialização têm causado o desemprego e consequentemente o aumento da desigualdade; por outro lado o Estado que durante certo tempo cumpriu o relevante papel de amenizar a desigualdade inerente ao sistema capitalista (o Estado de Bem-Estar Social) vem sendo desmontado de forma rápida sem se discutir mais profundamente qual o papel que lhe caberá numa nova rearticulação do sistema social como um todo.

Dos autores que trataram do problema da estratificação social, os mais discutidos são Karl Marx e Max Weber, e suas diferentes perspectivas continuam a ser até hoje os dois principais modos de se estudar a estratificação.

Á visão de Marx é essencialmente macrossociológica e dinâmica, enquanto a de Weber se coloca mais do ponto de vista do indivíduo e procura analisar as relações entre os indivíduos e os grupos e entre os grupos. Embora os dois processos sejam incompatíveis, eles não se excluem metodologicamente.

A teoria da desigualdade em Marx

Marx foi o primeiro autor a utilizar com intensidade a expressão "classes sociais". Para ele,

"as classes são expressão do modo de produzir da sociedade no sentido

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