Absenteismo No Trabalho

Alcoolismo, absenteísmo e trabalho, qual a relação?

Em todo o mundo, as transformações sociais vêm impor um novo ritmo ao mercado de trabalho, fazendo surgir novas exigências em relação ao desempenho dos profissionais, relacionados aos avanços tecnológicos e às novas expectativas das empresas.

Novas carreiras e oportunidades surgem da noite para o dia e a ênfase não é mais nas profissões, e sim nas competências no desenvolvimento das atividades.

No entanto ter funcionários nem sempre significa tê-los trabalhando durante todos os momentos do horário de trabalho.O absenteismo,ou seja, o tempo de trabalho perdido quando os empregados não comparecem ao serviço, seja por falta, atraso ou a algum motivo interveniente acarreta distorções quando se referem ao volume e disponibilidade da força de trabalho.No entanto, o absenteísmo quase sempre é a conseqüência.

O alcoolismo é o terceiro motivo para absenteísmo no trabalho, a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes no trabalho e a oitava causa para concessão de auxílio -doença pela Previdência Social.

Embora o alcoolismo implique em sérias e reais conseqüências, as organizações, em sua maioria, denegam esta problemática e o resultado se traduz em atrasos, na queda de produtividade, sonolência, conversas excessivas com os colegas, endividamento,

pedido de empréstimo, conflitos com colegas de trabalho, conflitos disciplinares em relação aos supervisores, dificuldade de entender novas instruções ou de reconhecer erros, variação constante do estado emocional .

Além dos citados acima, pesquisas apontam para o álcool como um dos grandes responsáveis pelas faltas de segunda-feira, pois, a pessoa ao beber muito no final de semana ,não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca. Mas estes são apenas alguns dos sinais do problema.

Estima-se que pelo menos 5% dos funcionários brasileiros de qualquer empresa são quimicamente dependentes, com uma produtividade reduzida em cerca de 25%. Trata-se de uma patologia crônica, de determinação fatal e progressiva até mesmo em período de abstinência, entretanto, existem tratamentos para interromper o crescimento da doença.

No entanto ainda ouvimos frases como "Aqui não temos problema com drogas/bebidas. Não precisamos de nenhum projeto de prevenção e tratamento.”.

Fique atento! Se alguma pessoa, setor ou categoria profissional em sua empresa, independente do porte, apresenta um alto nível de absenteísmo deve-se agir imediatamente identificando o problema e implementando soluções para contê-lo. Existem profissionais da área de RH preparados para fazer uma observação mais profunda, detectando as causas e soluções do problema, pois, o absenteísmo deve ser analisado em todo o seu processo: início, meio e fim.

É preciso ter consciência do fato e ter o cuidado de não sair rotulando as pessoas, pois uma sintomatologia pode repetir em várias enfermidades, deixando o diagnóstico preciso e as formas de intervenção a cargo de um profissional capacitado.

Os fatores de risco ligados ao trabalho podem ser inerentes a especificidade da ocupação, as condições em que o trabalho é efetuado,