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Altas Taxas de Suicídio em Itacuruba

Por:   •  22/11/2018  •  Ensaio  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  153 Visualizações

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Nos primeiros segundos, ao inicio do filme, pude observar o ambiente em que foi gravado o filme: o chão de barro e o clima semiárido, me deu uma sensação de "secura" na boca, sede, além de perceber também a simplicidade dos habitantes, tanto nas suas vestimentas quanto no seu modo de falar e viver.

É bem perceptível a tristeza na voz dos moradores "entrevistados", quando falam da falta de entretenimento, sentimento de ócio nos depoimentos, sem falar na tristeza que a mudança(obrigada) de local da cidade para construção de uma usina hidrelétrica causou á eles, deixando suas casas, suas vidas para trás e toda uma história é como se tivesse sido apagada, essa foi apontada como provável causa de depressão coletiva na região de Itacuruba. A região apresenta um índice de suicídio dez vezes maior que a média nacional, segundo a pesquisa apresentada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, outro dado muito triste, é que cerca de 70% das famílias de Itacuruba, alguém já atentou contra a própria vida.

Agora, não consigo entender, após tanto sofrimento tanto dos moradores antigos quanto os novos(que não tiveram contato com a mudança) o porquê querem levar para Itacuruba uma usina nuclear que ninguém do Brasil quer, dificil, entender né ?

Sentí falta também da interação face a face, onde eu esperava poder ver os narradores, considero essa interação importante, para conhecê-los, analisar suas expressões faciais e corporais a cada depoimento que eles falavam, e não apenas escutar suas vozes por trás das imagens do ambiente transmitida. Entretanto, após pesquisar na internet sobre o filme, descobri que nenhum deles quiseram aparecer, foi uma escolha dos próprios moradores que narraram, sendo esse o motivo, eu respeito. Pensei que havia sido uma escolha dos idealizadores do filme.

Com isso tudo, ficou muito claro que, mesmo após anos, eles ainda sofrem psicologicamente com o impacto que aquilo tudo ocasionou á eles e seus familiares.

Abaixo, trago uma carta importantíssima e de grande valor, que acho pertinente acrescentá-lo :

[...]

Nós, cidadãos, cidadãs e entidades promotoras e participantes da Caravana Antinuclear que percorreu, entre os dias 28 e 31 de outubro de 2011, as cidades de Belém do São Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá, em Pernambuco, ameaçadas pela possível instalação de uma usina nuclear, ao concluir a Caravana, dirigimo-nos às autoridades e a toda sociedade da região, do Nordeste e do Brasil. Através desta carta compartilhamos o resultado destes dias intensos de intercâmbio, aprendizagem e compromisso. Música, poesia, teatro, feira de ciências, fotos, cartazes, oficinas de desenho com crianças, palestras e debates foram oportunidades de informação farta e segura, que o povo da região soube aproveitar, já que não obtém das autoridades.

Uma conclusão cristalina fica da Caravana: O POVO NÃO QUER USINA NUCLEAR! Suas razões, se já eram suficientes após os desmantelos vividos com a megaobra da Barragem de Itaparica, ficaram ainda mais claras com as informações disponibilizadas pela Caravana. Não precisamos da energia termonuclear, porque ela é suja, perigosa e cara. Sob qualquer ponto de vista – social, ambiental,político, econômico e cultural – ela é insustentável e indefensável. Por que retomá-la

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