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Analise da inst

Por:   •  6/11/2015  •  Resenha  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  176 Visualizações

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A escola é uma instituição importante na construção do sujeito, pois é neste local que ocorrem as primeiras trocas fora do âmbito familiar, as crianças aprendem a se relacionar, a compreender e escutar o outro, respeitar as diferenças e conviver em grupo, também aprendem a criar e recriar, problematizar e pensar... Ou seja, a escola tem um papel de suma importância no desenvolvimento das habilidades intelectuais, sociais e pessoais, fazendo uma mediação entre o individuo em construção e a sociedade.

Segundo Blegler, a instituição é um conjunto de normas e padrões de atividades em torno de valores e funções sociais.  Podemos entender instituição como um conjunto de funções distribuídas de forma hierarquizada dentro de um espaço delimitado e com regras. Para ele a psicologia institucional não é só um campo de aplicação, mas sim um campo de investigação, sendo necessário investigar sempre o que está sendo feito na prática, para se obter uma melhor  intervenção.

O presente trabalho tem como foco principal a instituição escolar e como o psicólogo trabalha nesse ambiente, os seus manejos e dificuldades encontradas. Para Blegler a instituição é vista como um todo, como totalidade, iniciando desde a administração, aos funcionários, a estrutura física, os professores, os alunos, os pais dos alunos, até chegar a sociedade em que a escola está inserida. E tudo isso deve ser levado em consideração ao se fazer um diagnóstico e ao planejar uma intervenção, para assim poder intervir com eficácia. 

A presença de um psicólogo dentro de uma instituição tem como objetivo auxiliar na promoção de saúde coletiva contribuindo na busca de soluções, soluções estas que são especificas em cada instituição, cada uma com o seu contexto subjetivo. Já na contratação do psicólogo os objetivos da instituição devem estar bem claros, podendo conter a queixa ou ser tratada apenas como uma formalidade a ser cumprida. É muito importante conhecer o funcionamento da instituição em que se irá trabalhar, entender sua historia, assim como as historias dos funcionários e alunos que preenchem a instituição.

Outro ponto fundamental para o trabalho do psicólogo institucional é o fato de não se mostrar submisso à escola, pois para realizar uma intervenção adequada no local é preciso de autonomia e posicionamento para, por exemplo, apresentar uma reforma para a escola, por isso muitas vezes o psicólogo é contratado como uma forma de consultoria, mantendo um distanciamento entre o objeto de estudo e o psicólogo, isso ajuda na analise da instituição,  na construção da demanda e no processo como um todo. Outro fato importante é que o psicólogo deve incentivar a mudança, mas esta deve estar dentro dos limites da instituição.

Toda escola tem conflitos, pois é composta por diferentes indivíduos, com diferentes culturas e contextos. Quando a instituição se reconhece como problema e procura maneiras de resolvê-los, facilita a dinâmica em que o psicólogo irá utilizar, cooperando para se obter uma eficácia na problemática do trabalho. Portanto, é necessária a criação de um espaço que possibilite a circulação de ideias, de situações vistas como problemas, para que estes não fiquem depositados apenas em um único grupo ou individuo, como por exemplo, “o aluno problema”, “a família desestruturada”, o professor faltoso, alunos de inclusão entre outros. Sem que se consiga observar a verdadeira raiz.

Bleger apoia a ideia de que uma comunidade se define como um conjunto de pessoas que vivem juntas, no mesmo lugar e entre as quais se estabelecem certos nexos, funções em comum ou organização, portanto tem duas características principais: a geográfica, espaço onde acontece a vida das pessoas, e a funcional, são os aspectos que dão grau de coesão, de inter-relação, de unidade. A diferença entre a comunidade e a instituição é que nesta última os seres humanos não desenvolvem sua vida e sim só uma função dentro de sua vida, nas instituições, portanto os indivíduos exercem funções, tarefas que os unem, estabelecendo normas e nexos de todo tipo, tendo esta instituição objetivos definidos já explícitos, e na comunidade tais objetivos não são explícitos, além de não haver uma tarefa comum que una esses sujeitos (BLEGER, 1984).

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