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Analise do Conto: Uma Galinha. Clarice Lispector

Por:   •  18/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  2.485 Visualizações

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Universidade Feral de Goiás

Campus Jatai

Aluno: Marcos Vinícios Alves Marques Silva

Professora Drª: Cintia Bragheto Ferreira

Atividade da disciplina optativa do curso de psicologia, como forma de avaliação orientada pela professora Drª. Cintia Bragheto Ferreira.

Analise do conto: Uma Galinha. Clarice Lispector

“Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.”

Tudo começa com a escolha da galinha para ser o almoço de domingo, fato que marcaria o fim de sua vida. Não era qualquer galinha, mas uma galinha de domingo, a estrela do almoço da família, nunca antes em sua vida tivera sido tão importante.

Quando chegou a casa encolheu-se no canto da cozinha parecia aceitar tudo isso, e não lutava para que fosse diferente, era insignificante, ninguém a olhava, ela também não olhava ninguém, não se sabe se ela era gorda ou magra, ‘’não se adivinharia nela um anseio’’; Não se sabia nada dela. Podemos comparar a galinha com a mulher que tem seus sentimentos silenciados, e apenas aceita o que lhe é imposto. Tomemos liberdade de ver essa galinha como as mulheres que são desprovidas de seus direitos.

Todos se surpreenderam quando ela abriu as asas, não era esperado que a galinha tentasse se libertar, assim como não se espera que a mulher lute, busque seus direitos, mas que aceite as condições que vive. Quando decidiu fugir, ainda acabou hesitando, será que estivera mesmo fazendo o certo? A galinha não tinha pai ou mãe ou ninguém de sua família, era uma galinha sozinha no mundo, se escolhesse buscar a liberdade, teria que ir sozinha, sem ajuda de ninguém. Nem mesmo outras galinhas a ajudariam.

 “Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.”

Agora que conquistou sua liberdade, não sabia o que fazer.  O galo em fuga se sentiria vitorioso, e a galinha por que se sentia estúpida e tímida? Ela não tinha nada que a fizesse se sentir um ser, o galo tem a sua crista. Só o fato de ter nascido galo apresenta uma superioridade quando comparado com a galinha, o seu valor é apresentado como tão insignificante que mesmo se fosse morta, surgiria outra em seu lugar, que pareceria tão igual a ela.

 Quando parou para contemplar sua fuga, acabou sendo presa, o homem a carregou como um troféu, voltando ao ponto de partida, de onde “não deveria” jamais ter saído ou tentando. Recordemo-nos do machismo da sociedade, que acaba aprisionando as mulheres a um sistema apenas de aceitação, a liberdade mesmo que seja conseguida, jamais será realmente alcançada, muitas mulheres acabam voltando ou sendo ‘’ capturadas’’, mesmo que os homens não continuem sendo os mesmo de antes.

‘’Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo’’ A galinha era muda antes de esse fato acontecer; após pôr um ovo, é apresentado seu lado materno. O mesmo caso das mulheres, que são vistas como objeto de reprodução, muitos homens escolhem suas mulheres por que podem mães. Não só pôs o ovo, mas também cuidou dele, parecia como uma mulher, nascida para a maternidade. Após o acontecimento do ovo, mudaram a opinião sobre sua morte.

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