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Análise do filme à luz da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos

Por:   •  12/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.413 Palavras (6 Páginas)  •  1.092 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH

CURSO DE PSICOLOGIA


12 HOMENS E UMA SENTENÇA:

Análise do filme à luz da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos.

César Augusto Baziqueto

Cloé Siqueira Maschietto

Marcella Barbosa Mannarelli

Nivaldo Gomes Batista Júnior

Araçatuba

2017

CLOÉ SIQUEIRA MASCHIETTO

CÉSAR AUGUSTO BAZIQUETO BEZERRA

MARCELLA BARBOSA MANNARELLI

NIVALDO GOMES BATISTA JÚNIOR

12 HOMENS E UMA SENTENÇA:

Análise do filme à luz da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos.

Trabalho referente ao 1º Semestre, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas, no curso de Psicologia, na Universidade Paulista - UNIP.

Prof.ª Ana Paula C. Branco.

Araçatuba

2017

RESUMO

O presente trabalho consiste de uma introdução a respeito da teoria de Kurt Lewin sobre a Dinâmica de Grupos e como essa teoria se relaciona com o filme “Doze homens e uma sentença”, de Sidney Lumet. A partir de uma análise, usando como referência bibliográfica o livro “Dinâmica e Gênese dos Grupos” (MAILHIOT, 1970), conclui-se a importância do consenso nas relações grupais e intergrupais estabelecidas na nossa sociedade.

Palavras chave: Dinâmica. Grupos. Relações. Análise. Lewin.


INTRODUÇÃO

Kurt Lewin (1890-1947) foi um renomado psicólogo polonês que dedicou boa parte de sua vida acadêmica à exploração e ao estudo psicológico das relações grupais, contribuindo para a transformação da Psicologia Social numa ciência experimental e autônoma.

De acordo com o autor, a dinâmica de grupo tem como principal objetivo de estudo as condições em que se estabelecem as relações grupais, a força regente dos comportamentos desses grupos, suas origens, suas consequências, o que possibilita modificações de tais comportamentos, etc.

Em seus estudos, o autor demonstra que toda dinâmica de grupo é resultado do conjunto de interações existentes em um espaço psicossocial, deixando de lado os aspectos singulares, mostrando-se de forma mais ampla nas interações múltiplas produzidas nessas situações sociais conforme vão sendo observadas e interpretadas pelos indivíduos. O ambiente social é o que contribui para a formação e transformação das atitudes coletivas, favorecendo ou inibindo tendências sociais previamente adquiridas.

A formação de um grupo é fundamentada a partir de consensos nas relações interpessoais, havendo concordância comum sobre determinados conceitos, objetivos e ideologias como, por exemplo a igualdade religiosa, socioeconômica, de cor, raça e etc. São as concordâncias existentes, os objetivos em comum, aliados ao sentindo de pertença e importância que influenciam diretamente no êxito ou fracasso na formação e relação de um grupo.

Alguns conflitos são inevitáveis durante essa interação ente os indivíduos pertencentes de um grupo. Cada conviveu socialmente de forma singular, possuindo uma visão pessoal de mundo. Com isso, o grupo possuir uma maturidade mostra-se essencial, sendo fator determinante para garantir que os indivíduos se mantenham nas posições que ocupam no grupo que fazem parte, evitando maiores conflitos. Todo indivíduo sente a necessidade de interagir e busca a convivência com grupos onde se sinta acolhido, protegido e compreendido socialmente.


ANÁLISE

A um júri composto por 12 homens é designado decidirem se um jovem, acusado de matar o próprio pai, pode ser julgado como culpado pelo crime. De acordo com o que é solicitado pelo juiz da corte, a decisão deve ser unânime e sem opções de recurso, exigindo-se cautela, pois trata-se da vida de um garoto.

Em uma sala separada da corte, os jurados discutem. Numa votação, onze dos jurados consideram o réu culpado, e apenas um alega que não há evidências suficientes que possam acusar o réu como culpado. Para que se chegue a um consenso e se alcance a unanimidade, todos os jurados são obrigados a analisar novamente todas as evidências.

Todos os argumentos utilizados pelos que julgam o réu culpado são repletos de preconceito e estigmas, onde se misturam também apelos de cunho pessoal. Através de um debate, os jurados se convencem de que não existem evidências suficientes para que possam julgar o réu como culpado pelo assassinato e somente a existência dessa dúvida que essa falta de evidências causa já mostra-se suficiente para que ele não seja sentenciado à morte.

O jurado que se negou a decidir cegamente a culpa do réu foi o único que pensou esse réu como um ser igual a si, praticando um gesto de empatia, esforçando-se a discutir com todos os outros jurados se a culpa pode ser, de fato, comprovada.

O desfecho do filme se dá após todas as argumentações críticas e empáticas e o reconhecimento da falta de evidências concretas, que acabam por convencer os jurados a mudarem seus votos, deixando de lado opiniões e conflitos pessoais, o preconceito e os estigmas impostos pela sociedade, inocentando o réu, livrando-o da pena.

Levando em conta o que é mostrado no filme, a relação que se pode estabelecer com a teoria das dinâmicas de grupo de Kurt Lewin é a de sempre haver a necessidade de um consenso para que se atinjam os objetivos do grupo.

No caso do filme, enquanto todos não entraram em um consenso, não se pode entrar em acordo a respeito do julgamento do réu. Mesmo a maioria dos jurados, num primeiro momento, considerarem o réu como culpado, nada pode ser feito a respeito enquanto houve discordância por parte de um deles, pois o juiz da corte exigia unanimidade no caso.

Cada integrante de um grupo traz consigo o fardo de suas vivências individuais pois possuem, desde seu nascimento, convívios diferentes, tanto em relação a sociedade de um modo geral quanto no próprio contexto familiar. São essas diferenças, sejam elas éticas, morais ou ideais, as principais causadoras de conflitos nas relações grupais, trazendo uma necessidade de superação através de diálogos, por exemplo, para que se alcance um consenso e os conflitos se findem.

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