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Aspecto Da Emília Ferreira

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Por:   •  1/11/2014  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  279 Visualizações

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Introdução

As formas tradicionais de alfabetização inicial consistem em um método no qual o professor transmite seus conhecimentos aos seus alunos. Porém, muitos desses não estão capacitados para compreender algumas dificuldades que a criança enfrenta antes de entender o verdadeiro sentido da leitura e escrita.

As primeiras escritas feitas pelas crianças no início da aprendizagem devem ser consideradas como produções de grande valor, porque de alguma forma seus esforços foram colocados no papel representando algo.

Na aprendizagem inicial as práticas utilizadas são muitas vezes, baseadas na junção de sílabas simples memorização de sons e copias. Fazendo com que a criança se torne um espectador passivo ou receptor mecânico. Não participando do processo de construção do conhecimento.

Método de Ensino Emilia Ferreiro

Nos últimos 20 anos nenhum nome teve tanta influência sobre a educação brasileira como o da psicolingüista Emília Ferreiro.

Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho é epistemologia genética (desenvolvimento natural da criança). Em 1974 Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças, que deu origem em Psicogênese da Língua Escrita, com parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky , publicado em 1979.

Das obras de Emília a mais importante foi – Psicogênese da Língua Escrita – não apresenta nenhum método pedagógico, mas revela os processos de aprendizagem da criança, levando a entender que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.

Emília Ferreiro tornou-se referência para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, modo em que a criança aprende. Emília chegou à conclusão de que as crianças têm um papel ativo de aprendizagem. Elas constroem seu próprio conhecimento.

Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar o código lingüístico. O tempo para o aluno transpor cada uma das etapas é bem variado. Duas conseqüências importantes a ser respeitada em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e compreender que o desempenho mais vagaroso não significa que a mesma seja menos inteligente. A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento.

O processo inicial é considerado em função da relação entre método utilizado e o estado de maturidade ou de prontidão da criança. As dificuldades que a criança enfrenta, são dificuldades conceituadas a respeito da construção do sistema e pode-se dizer que as crianças reinventam esse sistema. Não é reinventar as letras ou números, mas compreende-se o processo de construção e suas regras de produção.

De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até sua alfabetização:

• pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;

• silábica: interpreta de sua maneira, atribuindo valor a cada sílaba;

• silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de cada silaba;

• alfabética: domina o valor das letras e sílabas.

O processo de conhecimento da criança deve ser gradual dependendo de sua assimilação e de uma re-acomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esse sistema e não repetir o que ouvem, que as crianças interpretam o ensino que recebem. Nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido.

Emília Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliação de percepção e de motricidade (coordenação). O peso para o aspecto externo da escrita é excessivo, deixando de lado suas características como a compreensão da escrita e sua organização. Seguindo esse raciocínio o contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela for capaz de ler as palavras isoladas, embora a relação com os textos inteiros sejam enriquecida. Portanto a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita.

Segundo Emilia Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não

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