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Atps -psicologia Social

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Por:   •  17/5/2014  •  1.144 Palavras (5 Páginas)  •  583 Visualizações

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FACULDADE ANHAGUERA – UNIDERP – POLO APARECIDADA DE GOIANIA

SERVIÇO SOCIAL – PSICOLOGIA SOCIAL

Haminadabe Isaura Dourado Almy - RA – 302139

ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIOADA

PROFESSORA – Maria Laura dos Santos

Aparecida de Goiânia, 09 de abril de 2012

Atualmente vivemos uma crise. A crise do egoísmo, onde as pessoas olham somente para aquilo que é importante, fazendo dos demais simples objetos sem a menor significado.

No mercado de trabalho muitas profissões parece não ter valor, pois a aparência física de quem faz e como ele é realizado vale mais do que o efeito do trabalho realizado por esses profissionais. E agora quero falar de uma profissão que parece não ter valor para muitos de nós, pois a invisibilidade publica nos torna cada vez mais insensível diante desses profissionais, os profissionais da limpeza e em foco “os garis”.

Quem são os garis? Como surgiu essa profissão? No Brasil, os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas. O nome gari é uma homenagem a uma pessoa que se destacou na história da limpeza da Cidade do Rio de Janeiro - o francês Aleixo Gary. O empresário Aleixo Gary assinou contrato, em 11 de outubro de 1876, com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro. O serviço incluía remoção de lixo das casas e praias e posterior transporte para a Ilha de Sapucaia, onde hoje fica o bairro Caju.

O psicólogo social Fernando Braga viveu na pele a invisibilidade publica quando fazia o seu mestrado na USP, pois ele foi trabalhar de verdade juntos com os garis, ele exerceu a profissão na integra vivendo dia após dia a humilhação e a desigualdade social que as demais profissões impõe sobre os profissionais de limpeza publica, fazendo deles objetos ele diz que: Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

Imagino se não existissem esses profissionais como seria a nossa vida? Quem iria recolher o lixo que deixamos nas ruas das cidades? Como ficaria os parques e praças se não fossem eles? E muitas das vezes os tratamos como lixos, impregnando neles a baixa auto estima, dizendo à ele que não são ninguém, pois trabalham compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo, no nosso benefício, eles apenas trabalham. Mas eles passam despercebidos, como se fossem apenas sombras, pessoas excluídas e invisíveis, enfrentando intempéries, cães ferozes, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros e produtos ácidos, contaminações do lixo hospitalar e outros tipos de desgraças, eles nos prestam um inestimável serviço. Somos desatenciosos com esses laboriosos e silenciosos trabalhadores do nosso cotidiano. Nunca nos aproximamos deles.

Vemo-los como se fossem portadores de doenças transmissíveis pelo simples olhar, pelo sorriso, pelas mãos sujas e calejadas, pelas roupas surradas. Mas em tudo isso que perde somos nós, pois eles são pessoas que tem muito valor, sabem muito da vida e tem uma bela historia para nos contar, mas é preciso coragem para adentrar ao mundo deles, devido a invisibilidade que lançamos sobre eles, os mesmos criaram uma forte auto defesa. Diz Fernando Braga que foi preciso um gole de café em uma caneca de lata para que os garis da USP o aceitassem, veja o relato: No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações

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