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Behaviorismo, Gestalt E Psicanálise

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Por:   •  2/10/2013  •  1.801 Palavras (8 Páginas)  •  1.069 Visualizações

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Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise

Disciplina: Dimensão dos Indivíduos nas Organizações.

BOCK, Ana M. Bahia – Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. São Paulo. Saraiva. 2001.

O Behaviorismo

O Behaviorismo, termo inaugurado por Watson e oriundo da palavra behavior que em inglês significa “comportamento”, também denominado de Comportamentalismo, Análise do Comportamento, dentre outras designações, é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como objeto de estudo da Psicologia, atribuindo a esta o status de ciência. Como comportamento entende-se a interação entre os indivíduos, e as ações por ele adotadas (as respostas), e o ambiente (os estímulos).

A utilização dos termos “resposta” e “estímulo” são explicados por duas razões: a metodológica, que utiliza da investigação de unidades analíticas, e a histórica, termos popularizados e mantidos por outros estudiosos.

Através do chamado Behaviorismo radical, Skinner, desenvolveu uma proposta de filosofia sobre o comportamento humano, baseado no comportamento operante, que define que a aprendizagem do comportamento é consequente da ação do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante, e no modelo de seleção por consequências. O condicionamento operante difere do condicionamento respondente porque, no comportamento operante, o comportamento é condicionado não por associação reflexa entre estímulo e resposta, mas sim pela probabilidade de um estímulo seguir à resposta condicionada.

O comportamento operante segue o modelo R  S, onde R é a resposta e S é o estímulo reforçador, chamado de reforço, que pode ser positivo, aumentando a probabilidade da resposta que o produz, ou negativo, aumentando a probabilidade da resposta que o remove ou atenua, permitindo a retirada de algo indesejável.

Cabe destacar, para o reforçamento negativo, os processos de esquiva e fuga. No processo de esquiva, o comportamento apresentado pelo indivíduo, após o estímulo condicionado, é reforçado pela necessidade de reduzir ou evitar o segundo estímulo (como exemplo de comportamento, cito o ato de tapar os ouvidos após visualizar um raio). Já no processo de fuga, o comportamento reforçado é aquele que termina com um estímulo aversivo já em andamento (para exemplificar, cito o ato de o indivíduo tapar os ouvidos após o estouro de rojões).

Através da análise experimental do comportamento, foram criados outros processos, como: a extinção, no qual uma resposta deixa de ser reforçada de forma repentina, e a punição, que inibe, de forma temporária, o comportamento em situações semelhantes posteriores.

O controle de estímulos refere-se a influência que o ambiente exerce sobre os indivíduos. Quando a frequência ou a forma de resposta é diferente, diz-se que o comportamento está sob o controle de estímulos. Sobre este aspecto, ressalto os processos de discriminação de estímulos, quando uma resposta se mantém na presença de um estímulo, mas sofre certo grau de extinção na presença de outro, e o de generalização de estímulos, quando uma resposta se mantem semelhante a um conjunto de estímulos percebidos como semelhantes.

A GESTALT

A Psicologia da Gestalt (gestalt é um termo alemão intraduzível, com um sentido aproximado de figura, forma, aparência), busca compreender os processos psicológicos envolvidos diante de um estímulo e como esse é percebido pelo indivíduo.

Um dos temas centrais desta teoria é a percepção. A partir desses fenômenos da percepção, a Gestalt procura explicar como chegamos a compreender aquilo que percebemos, ou seja, como somos capazes de mentalmente completar uma figura através destes pontos, mesmo não havendo contornos. O fenômeno perceptivo é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto). Se os elementos percebidos não apresentam equilíbrio, simetria, estabilidade, simplicidade e regularidade, não será possível alcançar a boa-forma. Ou seja, nesse caso as leis que comandam o funcionamento da percepção nos impedem de perceber a realidade tal qual ela é.

A maneira como nós percebemos as coisas, determina o nosso comportamento. A nossa percepção do estímulo é mediatizada pela forma como interpretamos o conteúdo percebido. O conjunto de estímulos determinantes do comportamento é determinado meio, que podem ser: meio geográfico, que é o meio ambiente em si, e o meio comportamental, que trata a interpretação resultante da interação do indivíduo com o meio ambiente, através da sua percepção.

A busca pela boa-forma é efetuada através de um campo de força psicológico, chamado campo psicológico. O campo psicológico tende a buscar a melhor forma em situações não estruturadas. Ao processo de compreensão de algo, que inicialmente não faz sentido para nós, mas que repentinamente passa a ser compreendida, dá-se o nome de insight. Este termo denomina uma compreensão imediata, enquanto uma espécie de “entendimento interno”.

A teoria de campo, formada por Kurt Lewin, é uma teoria derivada da Gestalt. O principal conceito de Lewin, é o de espaço vital, definido como a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do indivíduo num certo momento. A realidade fenomênica refere-se a forma que indivíduos diferentes reagem de forma diferente ao mesmo tipo de estímulo. Nesse sentido, ele interpreta que esse conceito não resulta apenas da percepção, mas das características de personalidade do indivíduo, das experiências vividas, de suas necessidades, atitudes, sentimentos e expectativas.

Esta teoria diz que o comportamento do ser humano deriva de dois fatores fundamentais: da soma total dos fatos ocorridos e coexistentes em determinada situação, e a situação total gerada, é o que gera o comportamento nas pessoas, e dos fatos que ocorrem de maneira dinâmica e interativa, onde cada fato influencia e é influenciado pelos outros, e pelo todo. Esse campo dinâmico é o conhecido campo psicológico da pessoa, e é o que ajusta e modifica o modo de ver e entender as coisas ao seu redor.

O campo psicológico é o espaço que contém a pessoa e seu ambiente psicológico e ambiente psicológico é o modo dessa pessoa ver e entender seu ambiente externo, e a relação que percebe entre este e suas necessidades.

A Psicanálise

A Psicanálise,

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