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Brincadeira Que Mahuca E não Tem Graça Nenhuma

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Por:   •  27/2/2014  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  280 Visualizações

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“Brincadeira” que machuca e não tem graça alguma

Quero conversar hoje sobre um assunto que a algum tempo vem sendo bastante discutido e os meios de comunicação lançaram campanhas para esclarecer à população sobre esse mal. Trata-se do Bullying. Alguns confundem com uma simples brincadeira de mau gosto. É muito mais que isso.

Por vezes, achamos que em nossa escola, trabalho ou até vizinhança isso não ocorre. O Bullying acontece com uma frequência muito maior do que imaginamos.

Como educadora e formadora de opinião, não posso e nem quero me omitir. Portanto, aproveito este espaço que me é concedido para não só explicar o que é o Bullying, mas incentivá-lo a refletir, pesquisar ainda mais e, quem sabe, abrir discussão com sua família, amigos, no seu ambiente de trabalho e ajudar a, se não acabar, reduzir o número de vítimas dessa “brincadeira” tão sem graça.

Bullying é uma palavra da língua inglesa utilizada para descrever todos os atos de violência física e/ou psicológica intencional e repetitiva, provocada por um indivíduo (bully= valentão; agressor) ou grupo de indivíduos (bullies) contra a mesma vítima por um longo período de tempo. Tal prática ocorre sem motivação aparente, causando dor (física ou psicológica), angústia e sofrimento à vítima. O assédio, como já citei, pode acontecer na escola, no trabalho, na vizinhança e, até mesmo, no próprio meio familiar.

Em geral, a vítima do Bullying não reage ou fala sobre a agressão sofrida, temendo agravar ainda mais a situação. O bully (valentão) considera exercer uma relação de força e poder sobre o agredido e, consegue, por vezes, mobilizar pessoas a agirem da mesma forma a vítima ou elegendo outra. O agressor possui personalidade autoritária, combinada com forte desejo de dominar e estabelecer poder.

Há uma tendência de as pessoas não admitirem a ocorrência do Bullying em seu meio social. Tudo por simples omissão ou desconhecimento sobre o assunto. O Bullying é um problema com extensão mundial e a forma de lidar com ele é reconhecendo-o e enfrentando-o.

Pode-se configurar Bullying, por exemplo, aqueles apelidos que muitos acham engraçado, mas que são pejorativos e acabam por humilhar e ferir a alma da pessoa. Sendo assim, pense bem antes de colocar um apelido em alguém. Você pode ser o responsável por marcar negativamente a alma e a vida de alguém.

Falamos muito sobre respeito às diferenças, contudo, por menor que essa diferença seja (altura, peso, idade, cor, local onde mora, estado civil, religião, etc.), somos muitas vezes cruéis e usamos isso como meio de denegrir a imagem do próximo.

Há um texto na Bíblia que diz “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). E outro “Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que lhes façam” (Mateus 7:12). Será que estamos vivendo uma crise onde as pessoas não estão amando a si mesmas? Que a imagem refletida no espelho ao se olharem está totalmente distorcida?

O fato é: quando não existe uma afetiva intervenção contra o Bullying, o ambiente social fica contaminado, pois todos, sem exceção, acabam afetados negativamente. Estabelece-se uma atmosfera de medo e ansiedade.

Em 2010, uma pesquisa realizada tanto em escolas públicas quanto em particulares revelou que o Bullying é prática comum entre alunos da 5ª a 6ª séries. Normalmente os mais novos, os menores, os mais vulneráveis são vítimas do valentão. O bully ataca pessoas que considera diferentes por usarem óculos; roupa fora da moda; pessoas atrapalhadas; que têm notas melhores, mas dificuldade de se inserirem no grupo tido como líder. O ataque pode ser apenas verbal (fofoca, apelido, difamação), chegar a agressão física e culminar em exclusão social. Quando a exclusão social é muito forte, em geral, o indivíduo tem que mudar de escola. Mas a questão é que o agressor fica impune e pronto para fazer mais uma vítima.

O Bullying pode ser especificado das seguintes formas: 1. Físico (bater, empurrar, ferir); 2. Verbal (apelidos, gozações); 3. Moral (difamação, discriminação, fofoca); 4. Sexual (assédio, abuso, insinuação); 5. Psicológico/Mental (excluir, humilhar, ameaçar, ignorar, intimidar). Outro tipo de Bullying que existe, merece nossa atenção e faço questão de destacar é o virtual. Ocorre quando as agressões partem da internet, celular ou vídeo. Chamamos de Cyberbullying.

O Cyberbullying envolve o uso de tecnologia para hostilizar a vítima e prejudica-la. Vai desde o envio de um e-mail com texto ameaçador, discurso de ódio, discriminação, palavras pejorativas, até divulgar imagens, mensagens em sites e páginas de relacionamento assediando a vítima e instigando outros a também fazê-lo. Este tipo de Bullying é tão prejudicial quanto a forma tradicional.

Vale ressaltar que o agressor faz tudo isso com plena consciência dos seus atos e comportamento. Ou seja, trata-se de um desejo deliberado de maltratar; o agressor sente prazer, felicidade e se diverte ao colocar a vítima sob tensão, ao machuca-la, ao causar danos físicos, orais e materiais. Tudo pode ser movido pela inveja e ressentimento. Pelo fato do agredido ter algo que o agressor não tem.

Para identificar uma pessoa como vítima, observe

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