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CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS

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Por:   •  6/9/2014  •  831 Palavras (4 Páginas)  •  291 Visualizações

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CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO NAS CRIANÇAS

As modernas leis do divórcio procuram que nenhum dos cônjuges apareça como responsável pela ruptura.

Um divórcio civilizado é um divórcio sem culpados.

O que não se pode evitar, é que haja sempre inocentes que sofrem: os filhos.

Para avaliar a amplitude social do divórcio, basta referir que num ano (1979-80) houve nos Estados Unidos 1.184.000 divórcios, o que em termos relativos equivale a um divórcio por cada dois novos casamentos. Durante este mesmo período, 1,2 milhões de crianças juntaram-se, assim, aos 17 milhões de menores de 18 anos que vivem com um só dos pais. Além disso, a duração média do casamento dos que se divorciam é actualmente de 6,6 anos, o que implica que muitas destas crianças são de tenra idade e especialmente vulneráveis ao choque do divórcio.

As reacções das crianças

Para explicar as reacções dos filhos dos divorciados, alguns psiquiatras têm em conta tanto a sua experiência clínica como os estudos anteriormente publicados.

As crianças em idade pré-escolar são particularmente vulneráveis, uma vez que não podem entender situações complexas e ficam confusos perante o que acontece na família. Emocionalmente, a consciência desabrocha e tendem a culpar-se pela ruptura familiar (fui mau… se me tivesse portado bem, o pai não teria saído de casa”). As investigações feitas com crianças destas idades, mostram que se tornam irascíveis e muito mais dependentes dos seus pais.

Quanto às crianças já em idade escolar, têm reacções mais complexas e indirectas. Geralmente sentem-se sós e carenciados de ajuda, que pode manifestar-se em depressões, transtornos psicossomáticos, problemas no relacionamento com os colegas e dificuldades na própria escola. Num estudo sobre 387 filhos de divorciados que careceram de assistência psiquiátrica, Kalter constatou um alto índice de agressividade em crianças dos 7 aos 11 anos. Manifestam ainda, frequentemente, a ideia de fugir de casa com o fim de experimentar como seria a vida com outro pai e, possivelmente, com a esperança de voltar a unir a família.

O processo de desenvolvimento do adolescente para adquirir uma personalidade própria é também afectado pelo divórcio dos seus pais. Uma reacção frequente, defensiva, em filhos de 10-11 anos é a de aparentarem uma maturidade superior à que na realidade têm. O adolescente pseudo-maturo adopta uma atitude reservada e distante, com o controlo excessivo de si mesmo. A sua intenção é ocultar sentimentos de vergonha, neutralizar a ansiedade e sondar os limites da nova situação familiar, podendo ainda levá-lo a experimentar as drogas e o álcool. Outros estudos revelam entre os adolescentes uma certa precocidade no comportamento sexual, como meio de encontrarem uma companhia.

Desgosto e Hostilidade

Outras observações clínicas, apontam para que, depois do choque inicial e do esforço para não aceitar a separação, muitas crianças começam a atormentar-se. Um dos principais sintomas de muitas crianças, cujos pais se estão a separar, é simultaneamente de desgosto e hostilidade. Com frequência a agressividade parte do cônjuge com o qual vivem; por exemplo, a criança culpa a mãe por não ter sido capaz de manter unida a família e, por fim, tem dificuldades em aceitar um

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