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Caso 02

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Por:   •  15/4/2014  •  2.226 Palavras (9 Páginas)  •  1.130 Visualizações

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Resumo de fundamentos das ciências sociais

AULA 1

Por Ciências Sociais, entende-se o conjunto de saberes relativos às áreas da Antropologia, Sociologia e Ciência Política. Assim, o objeto de estudo das Ciências Sociais é a sociedade em suas dimensões sociológicas, antropológicas e políticas;

2. As áreas constitutivas das ciências sociais:

Sociologia, Antropologia e Ciência Política. A Sociologia estuda o homem e o universo sociocultural, analisando as inter-relações entre os diversos fenômenos sociais. Na Antropologia, privilegiam-se os aspectos culturais do comportamento de grupos e comunidades. Na Ciência Política, analisam-se as questões ligadas às instituições do poder. Ao contrário de outras ciências, as Ciências Sociais lidam, não apenas com o que se chama de realidade, com fatos exteriores aos homens, mas igualmente com as interpretações que são feitas sobre a realidade.

3. A importância do estudo sócio antropológico na compreensão da realidade:

O conhecimento científico da vida social não se baseia apenas no fato, mas na concepção do fato e na relação entre a concepção e o fato. Por estudar a ação dos homens em sociedade, de seus símbolos, sua linguagem, seus valores e cultura, das aspirações que os animam e das alterações que sofrem, as Ciências Sociais constituem ferramenta importante para o desenvolvimento de compreensão crítico-reflexivo da realidade.

AULA 2

1. Ciências naturais e ciências sociais: objeto e método:

As ciências naturais estudam fatos simples, eventos que, presumivelmente, têm causas simples e são facilmente isoláveis, recorrentes e sincrônicos. Tais fatos podem ser vistos, isolados e reproduzidos dentro de condições de controles razoáveis, num laboratório. Assim, nas ciências naturais há uma distância irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa, o que torna a objetividade científica mais evidente na análise de fenômenos desse tipo. As ciências sociais estudam fenômenos complexos. Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais, ou seja, eventos com determinações complexas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados. Desta forma, apesar de também levar em conta a objetividade científica na análise desses fenômenos, a interação entre sujeito e objeto da investigação leva a interpretações contextualizadas da realidade social.

2. Como estudar fenômenos complexos:

Ao observar os fenômenos sociais somos levados enfrentar nossa própria posição, nossos valores, nossa visão de mundo que interfere na nossa pesquisa. Nossa fala, nossos gestos, nosso modo de ser e de agir revelam o tipo de socialização que tivemos e influencia em nossa visão de mundo. Dessa forma, trabalhamos com fenômenos que estão bem perto de nós, temos a interação complexa entre o investigador e o investigado, pois ambos compartilham de um mesmo universo de experiências humanas. ?Nasce, daí, um debate inovador, numa relação dialética entre investigador e investigado?. (DA MATTA, Roberto in Relativizando: uma introdução à antropologia social).

AULA 3

O conceito de cultura é uma preocupação intensa atualmente em diversas áreas do pensamento humano, no entanto a Antropologia é a área por excelência de debate sobre esta questão. O primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi Edward Tylor que, em Primitive Culture, formulou a seguinte definição: "cultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade". Desde sempre os homens se preocuparam em entender por que outros homens possuíam hábitos alimentares, formas de se vestir, de formarem famílias, de acessarem o sagrado de maneiras diferentes das suas. A essa multiplicidade de formas de vida dá-se o nome de diversidade cultural. Contudo, durante foi a partir da descoberta do ?Novo Mundo?, nos séculos XV e XVI, que os europeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus, e passaram a elaborar mais intensamente interpretações sobre esses povos e seus costumes. É fundamental lembrarmos que o impacto e a estranheza se deram dos dois lados. Os grupos não europeus se espantavam com o ser diferente que chegava até eles desembarcando em suas praias e tomando posse de seu território. Existem relatos de povos que após a morte de um europeu em combate, colocavam seu corpo dentro de um rio e esperavam sua decomposição para ver se eram pessoas como eles. A diferença é que não temos contato com esses relatos dos povos não europeus para conhecermos a visão que eles tinham dos brancos. Hoje reconhecemos que não é nada fácil vivenciar uma outra cultura diferente da nossa. Por quê? Não sentimos nossa cultura como uma construção específica de hábitos e costumes: pensamos que nossos hábitos e nossa forma de ver o mundo devem ser os mesmos para todos! Naturalizamos nossos costumes e achamos o do outro "diferente". Diferente de quê? Qual é o padrão "normal" segundo o qual analisamos o "diferente"? Geralmente estabelecemos a nossa cultura como o padrão, a norma. Assim, tudo que é diferente é concebido como estranho, e mesmo errado. Tal postura é o que denominamos etnocentrismo.

A antropologia está totalmente convencida de que nem as diferenças genéticas/biológicas, nem as diferenças no ambiente físico/geográfico determinam diferenças culturais. Isto quer dizer que a cultura não nasce com a pessoa, esta é aprendida no decorrer da sua existência através do processo de socialização. Quanto as questões geográficas, tais como: clima, vegetação, relevo, latitude, longitude, entre outras, oferecem apenas as condições para que o homem através da utilização e portanto transformação dessas condições, construa a cultura. A constatação disso é que povos com as mesmas condições geográficas, as interpretam e as transformam de maneiras diferentes produzindo culturas diferentes.

2- Etnocentrismo

Segundo Everardo Rocha, em O que é Etnocentrismo, trata-se da ?visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. ?. Esse autor nos alerta, ao analisar o etnocentrismo,

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