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Caso Teresinha

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Por:   •  16/9/2013  •  598 Palavras (3 Páginas)  •  241 Visualizações

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Caso Clínico

Identificação

Teresinha, 50 anos, divorciada, mora sozinha, está aposentada por invalidez (doença psiquiátrica) e foi encaminhada para psicoterapia depois de ter alta de uma internação psiquiátrica em função de idéias suicidas, desde que o namorado rompeu um compromisso de 3 meses.

História Clínica

Há 2 meses, Teresinha foi internada em clínica psiquiátrica em função de ideias de suicídio (pensava em comprar uma arma e se dar um tiro). A paciente tem uma longa história de tratamento psiquiátrico, que incluí 10 internações desde seus 18 anos de idade.

Teresinha conta que seus problemas começaram aos 7,8 anos, quando demonstrou dificuldade com o controle da raiva, chutando as paredes e atormentando outras crianças. Na escola, apresentava comportamento impulsivo, não conseguia ficar sentada quieta e tinha problemas de aprendizagem. Aos 10 anos, começou a frequentar uma psicóloga, que diagnosticou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e o neurologista prescreveu Metilfenidato (Ritalina).

Com 15 anos, Teresinha fez sua primeira tentativa de suicídio tomando todos os comprimidos de Ritalina, justificando que sua vida não tinha graça. Tendo seu pai sido militar, a infância e adolescência foi marcada por mudanças frequentes da família. Ela acredita que as mudanças aumentavam o sentimento de abandono que se tornou tema de toda a sua vida adulta. Muitas de suas tentativas de suicídio poderiam ser descritas como encenações, mas três são consideradas sérias (uma delas envolveu pular de um viaduto, resultando em muitas fraturas e anos depois, continuam a causar dor crônica). Outra, foi uma overdose que a deixou em coma por 3 meses. Durante cerca de 1 ano, aos 25 anos, realizou comportamentos de autoflagelos de ferir-se para “sentir se estava viva”.

Teresinha descreveu problemas de toda uma vida com o controle da raiva. Durante uma de suas internações, teve um ataque de raiva (desencadeado por não receber uma salada com o jantar), que ela expressou gritando, virando as mesas da sala de jantar atirando longe as coisas e quebrando copos. Em outra internação, chegou a agredir um membro da equipe técnica.

A paciente começou a beber álcool aos 12 anos, passando a beber diariamente aos 14. Seu uso de álcool continuou até a faixa dos 20 anos, quando foi presa durante 4 dias por embriaguez; depois disso juntou-se aos Alcooólicos Anônimos (AA) e permaneceu abstinente até os 29 anos. Depois, teve algumas recaídas. Usou álcool pela última vez há 5 anos.

Descreve seus relacionamentos como tumultuados e instáveis. Ela admitia enxergar inicialmente uma pessoa como perfeita e, com a mesma rapidez, ficar completamente desiludida. Frequentemente, terminava um relacionamento porque acreditava que a outra pessoa estava se preparando para deixá-la. Perdas importantes incluíram a morte prematura do marido num acidente de trânsito, um segundo casamento que terminou em divórcio e a morte de uma de suas irmãs.

Durante as duas primeiras internações, Teresinha referia humor depressivo, sonolência excessiva, energia e apetite diminuídos, perda de motivação e ideação suicida. Porém, depois, passou a perceber oscilações de humor, onde passou a ter episódios

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