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Caso de Neurose Obsessiva Compulsiva (Homem dos Ratos)

Por:   •  21/9/2015  •  Resenha  •  1.222 Palavras (5 Páginas)  •  491 Visualizações

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Caso de Neurose Obsessiva Compulsiva (Homem dos Ratos)

Resumo do Caso

O caso em questão ocorreu com um jovem que sofria de pensamentos obsessivos desde a tenra infância, os quais tiveram uma piora progressiva quatro anos antes de procurar tratamento e que o impedia de um desenvolvimento pleno tanto profissional quanto pessoal e sexual, causando sofrimento. O paciente chegou até Freud após folhear um livro de sua autoria que chamou sua atenção.

Iniciou o tratamento relatando sobre um amigo que o apoiava moralmente e reafirmava sua conduta irrepreensível. Contou também que anteriormente, quando tinha quatorze ou quinze anos de idade, outro amigo mais velho, com cerca de dezenove anos, lhe deu o mesmo apoio, mas acabou descobrindo mais tarde que tal apoio era por interesse em uma de suas irmãs. Logo após conseguir entrar em sua casa, passou a fazer com que o paciente se sentisse um completo idiota, tornando esta, a primeira grande decepção de sua vida. Relatou que entre os quatro e cinco anos de sua vida, tinha uma governanta que trabalhava em sua casa que deitava ao seu lado pouco vestida. Certa vez pediu para arrastar-se debaixo de sua saia e com sua concordância manipulou seus genitais e, desde então, sentiu uma grande curiosidade referente ao corpo feminino. Sempre aguardava ansioso para espiar sua empregada nua em seus aposentos, inclusive com uma delas tinha o hábito de descobrir e tocá-la sentindo muito prazer. Aos seis anos adquiriu a consciência de suas obsessões, pois ao contar à sua mãe sobre suas ereções, teve a sensação de que seus pais conheciam seus pensamentos como se ele houvesse revelado em voz alta sem perceber. Seu desejo sobre a nudez feminina era forte, porém tinha medo de pensar sobre isso imaginando que algo de ruim pudesse acontecer, como a morte de seu pai, que já havia morrido a tempo, forçando-se a evitar este tipo de pensamento, uma situação que o deprimia muito.

O paciente relatou o motivo principal do seu sofrimento: quando em manobras do exército, perdeu seus óculos e parou para pedir outro pelo correio. Durante a parada, o capitão lhe contou sobre um castigo, onde amarraram um homem nu deitado ao chão e colocaram um vaso com ratos sobre suas nádegas, sendo que estes cavavam o caminho pelo ânus do castigado. O paciente demonstrou um misto de horror e prazer ao relatar o castigo, imaginando o castigo sendo aplicado a duas pessoas queridas: seu pai e a dama que tanto admirava. Simultaneamente surgiu uma sensação como medida ofensiva contra estes pensamentos. Relatou que naquela noite o capitão lhe entregou o pacote com seus óculos e pediu para que ele reembolsasse o tenente A. que havia pago as taxas. Imediatamente surgiu uma sanção de que ele não deveria devolver o dinheiro ou o castigo dos ratos aconteceria ao seu pai e a dama. Para combater a sanção, houve uma contra ordem de que ele deveria pagar 3,80 coroas ao tenente A.

Nos próximos dias tentou quitar a dívida de qualquer maneira, porém diversas dificuldades impediram. Quando encontrou o tenente A., este lhe disse que não havia pago e sim, o tenente B. Após várias tentativas em vão e coberto de culpa por não conseguir cumprir o juramento que era equivocado, desabafou com seu amigo, que surpreso com os fatos relatados, o convenceu que estava sofrendo de uma obsessão. Então enviaram as 3,80 coroas para a agência postal, o que pareceu que a história havia sido finalizada. Na realidade, o paciente buscava um médico que lhe confirmasse de que teria de pagar o tenente A. ou livrá-lo de suas obsessões. Quando a sua resistência atingiu o pico no decorrer das sessões, sentiu um forte impulso de procurar novamente o tenente A. para devolver o dinheiro. Como o início do tratamento exige paciência para que o paciente consiga expor os relatos na ordem que quiser, ele começou a relatar sobre o enfisema que matou seu pai anos antes. Em uma, crise o médico havia dito que o perigo passaria em duas noites e quando o paciente saiu para ir dormir, seu pai faleceu. A enfermeira contou que seu pai perguntou sobre ele nos últimos dias e apenas dezoito meses depois do ocorrido, o paciente sentiu uma enorme culpa por sua negligência e começou a tratar a si mesmo como criminoso. Com a evolução da doença, ficou incapacitado de trabalhar

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