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Por:   •  25/4/2013  •  9.194 Palavras (37 Páginas)  •  481 Visualizações

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Trabalho Completo Funcionamento De Uma ETA

Funcionamento De Uma ETA

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Categoria: Ciências

Enviado por: dgsdgs 03 abril 2013

Palavras: 11768 | Páginas: 48

1. Introdução

Embora seja indispensável ao organismo humano, a água pode conter determinadas substâncias, elementos químicos e microorganismos que devem ser eliminados ou reduzidos a concentrações que não sejam prejudiciais à saúde humana. A industrialização e o aumento populacional dos centros urbanos têm intensificado a contaminação dos mananciais, tornando indispensável o tratamento da água destinada ao consumo humano. Apesar de os mananciais superficiais estarem mais sujeitos à poluição e contaminação decorrentes de atividades antrópicas, também tem sido observada a deterioração da qualidade das águas subterrâneas, o que acarreta sérios problemas de saúde publica em localidades que carecem do tratamento e de sistema de distribuição de água adequado. Grande parte das doenças que se alastram nos países em desenvolvimento é proveniente da água de qualidade insatisfatório. As doenças de transmissão hídricas mais comuns são as febres tifóides e paratifoide, disenterias bacilar e amebiana, cólera, esquistossomíase, hepatite infecciosa, giardíase e criptosporidiose. Outras doenças, denominadas de origem hídrica, incluem as cáries dentárias (falta de flúor), excesso de flúor (fluorose) saturnismo (decorrente do chumbo) e metahemoglobinemia (teor elevado de nitratos). Além desses males, os danos à saúde humana podem decorrer da presença de substâncias tóxicas na água.

No Brasil, estima-se que 60% das internações hospitalares estejam relacionadas às deficiências do saneamento básico, que geram outras conseqüências de impacto extremamente negativo na qualidade e na expectativa da vida da população, havendo estudos que indicam que cerca de 90% dessas doenças se devem à ausência de água em quantidade satisfatória ou à sua qualidade imprópria para o consumo. Em muitas localidades brasileiras, tem sido comum a distribuição de água que não atende ao padrão de portabilidade vigente no país. Além de problemas operacionais, a escolha inadequada da tecnologia adotada no projeto da estação de tratamento de água acarreta sérios prejuízos à qualidade da água produzida.

As principais conclusões da Pesquisa Nacional em Saneamento Básico realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1989 e 1990 são:

a) O volume de resíduos sólidos que recebe o manejo adequado dificilmente alcança a parcela de 25%;

b) 51% do volume de água, utilizada no País são provenientes de rios; 30% advêm de lagos, lagoas, açudes e reservatórios; do restante, proveniente de poços de superfície, apenas 58% tem sua água tratada e, dos subterrâneos, 25,8%;

c) Apenas 77% da água consumida pela população são tratadas.

Podemos acrescentar que após o início do novo milênio, muitas cidades ainda não dispõem realmente de água potável pó falha ou deficiências de projeto e por operação e manutenção inadequadas. Segundo a Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (ABEMA), cerca de 80% dos esgotos do país não recebem qualquer tipo de tratamento e são despejados diretamente em mares, rios, lagos e manancias, contribuindo diretamente para a deterioração da água passível de ser usada como fonte de abastecimento. De acordo com os dados do IBGE, de 1997, 50,6% das casas das zonas urbanas do Brasil não são atendidas por rede coletora de esgoto. Nas zonas rurais esses números sobem para 96,5%.

O crescimento sem planejamento, a falta de saneamento básico são as causas de poluição das águas doce do País. Do volume total de água existente na natureza, estima-se que 95% constituem-se de água salgada e 5% de água doce, na maior parte sob a forma de gelo, sendo apenas 0,3% diretamente aproveitável, com predominância de água subterrânea. Do volume total de água doce existente no mundo, cerca de 8% encontram-se no Brasil e, desses aproximadamente 80% estão na Amazônia, sendo a região do país aonde se localiza 5% da população. Em diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos realizados em 2001 pelo Sistema Nacional de informações sobre Saneamento (SNIS), foram observados os seguintes níveis médios de atendimento urbano no Brasil: água: 92,4%; coleta de esgoto: 50,9%; tratamento de esgoto: 25,6%.

Embora haja diversas recomendações de diferentes autores relacionadas à qualidade da água bruta com a tecnologia de tratamento que pode ser adotada na estação, é sempre desejável a construção e a operação de instalações-piloto, tanto para escolher o tipo de tecnologia a ser utilizada quanto para definir os parâmetros operacionais e de projeto. Em estações existentes, o treinamento do pessoal técnico é uma medida indispensável para garantir seu funcionamento adequado. Além disso, devem-se realizar estudos de tratabilidade para ajustar os parâmetros de projeto e de operação sempre que for observado que a água não atende ao padrão de portabilidade, fato geralmente associado ao aumento de vazão ou à alteração na qualidade da água bruta. No Brasil, a portabilidade da água definida pela Portaria 518 de 2004 do Ministério da Saúde. (DI BERNARDO, 2003).

1.1 Histórico da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Aguaí

Em um contexto geral observa-se que a água, além de uma necessidade fisiológica para o homem e demais seres vivos, é essencial à evolução e desenvolvimento da agricultura e pecuária, indústria, lazer, e outros.

A preocupação coma as fontes de abastecimento de água para as múltiplas atividades e em especial à destinada ao consumo humano, reside principalmente no fato de que a mesma pode também servir de veículo para as doenças de transmissão e de origem hídrica.

A água para o consumo humano deve ser livre de organismos capazes de causar doenças, bem como substâncias dissolvidas em níveis tóxicos, minerais e orgânicas que possam produzir, em curto prazo, efeitos fisiológicos adversos em nosso corpo. A água

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