Críticas Ao Estruturalismo E à Introspecção.

Críticas ao estruturalismo e à introspecção.

As críticas mais evidentes ao estruturalismo foram relacionadas aos seus métodos, principalmente o da introspecção praticada nos laboratórios de Titchener e Külpe que estava voltada para os relatos subjetivos dos elementos da consciência, enquanto que na concepção de Wundt estava voltada para as respostas objetivas aos estímulos externos.

Além das críticas dirigidas aos métodos do estruturalismo, este movimento também foi acusado de artificialismo por causa da tentativa de analisar os processos conscientes por meio do reducionismo, ou seja, a tentativa de decompor os elementos do processo consciente. Os críticos apontavam que a totalidade de uma experiência não poderia ser recuperada por nenhuma associação e relação entre as suas partes elementares, pois defendiam que a experiência só ocorre em termos de totalidades unificadas.

Outro ponto alvo das críticas lançadas acerca do método introspectivo utilizado por Titchener estava relacionado com as práticas pré-estabelecidas que os observadores estruturalistas eram treinados para realizarem. Isto é, os críticos se detinham em questionar a validez e credibilidade dos estudos, uma vez que consideravam o treinamento dirigido por Titchener uma espécie de “indução” que forjava os resultados e concluía o que fosse necessário para fortalecer as teses e fundamentos estruturalistas.

No inicio do século XX o estruturalismo também foi alvo de críticas de Sigmund Freud. Sobre o método introspectivo, Freud fundamentava suas críticas encima dos seus novos conceitos, o inconsciente. Ou seja, se parte da nossa função mental era inconsciente, é claro que a introspecção não era útil para explorá-la.

Finalmente, após tantas críticas e questionamentos sem respostas ou com argumentos considerados superficiais e baseados em experimentações consideradas “forjadas” e sem validade, o estruturalismo e o método introspectivo acabaram indo para o caixão com Titchener. A tentativa do mais conhecido discípulo de Wundt em criar um verdadeiro alicerce para a Ciência Psicológica fracassou, a teoria Wundtiana continua sendo considerada a grande base da Psicologia, mas sob hipótese alguma se deve pensar que as contribuições de Titchener foram jogadas na lata do lixo, muito pelo contrário, o estruturalismo e a introspecção talvez tenham alcançado um objetivo muito mais glorioso do que aquele que nasceram para atingir... Abriram as portas para as críticas, propôs a reflexão e a criação de novas metodologias, experiências e teorias que de acerto em acerto, erro em erro, vêm construindo a tão complexa e fantástica Psicologia Científica.