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DINÂMICA E FUNCIONAMENTO DE GRUPOS

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Por:   •  3/10/2014  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  2.598 Visualizações

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DINÂMICA E FUNCIONAMENTO DE GRUPOS

A dinâmica de grupo constitui um campo de pesquisa voltado para o estudo da natureza do grupo, para as leis que regem seu desenvolvimento e para as relações indivíduo-grupo, grupo-grupo e grupos-instituição. Os primeiros estudos nessa área foram realizados por Kurt Lewin.

Enrique Pichon-Rivière, um psicanalista argentino da escola kleiniana, desenvolveu, com sua teoria e técnica do Grupo Operativo, esse esquema de Bion. Pichon-Rivière inicia com uma definição de grupo - conjunto de pessoas ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, e articulada por sua mútua representação interna, que se propõe, de forma explícita ou implícita, a uma tarefa que constitui sua finalidade

Concepção Ideológica: Considera que a Dinâmica Grupal é uma forma especial de ideologia política na qual são ressaltados os aspectos de liderança democrática e da participação de todos na tomada de decisões. Também se ressaltam as vantagens, tanto para a sociedade como para os indivíduos comuns, das atividades cooperativas em pequenos grupos.

Concepção Tecnológica: Conforme essa concepção, a Dinâmica Grupal refere-se a um conjunto de métodos e técnicas usadas em intervenções nos chamados grupos primários, como famílias, equipes de trabalho, salas de aula etc. A rigor, o uso de qualquer uma dessas técnicas objetiva aumentar a capacidade de comunicação e cooperação e, consequentemente, incrementar a espontaneidade e a criatividade dos seres humanos quando em atividade grupal.

Essa variante tecnológica que é centralizada na noção de papéis sociais, e que enfatiza a ação corporal, tem sido utilizada de uma maneira muito especial no campo terapêutico. Para isso, foram desenvolvidas múltiplas técnicas direcionadas especialmente para treinamento de papéis (role playing) caracterizados como saudáveis.

Concepção Fenomenológica. Aqui estão autores que priorizam suas atividades em torno da idéia de que os fenômenos psicossociais que ocorrem nos pequenos grupos é resultado de um sistema humano articulado como um todo, uma gestalt. Entre esses fenômenos, citam-se: coesão, comunicação, conflitos, formação de lideranças etc. Nessa concepção, também se pode observar duas formações teóricas: uma, a Psicologia da Gestalt, que é descritiva, pois centra seus postulados na descrição dos fenômenos que ocorrem no aqui-agora do mundo grupal — por exemplo, a configuração espacial adotada regularmente por uma unidade grupal; a outra, a Psicanálise, que é explicativa por que procura explicar a unidade do grupo através da idéia de uma ‘mentalidade grupal’ (instinto social), muitas vezes inconsciente para os membros do próprio grupo.

Psicologia da Gestalt: Dessa escola da Psicologia, o grande impulsionador da Dinâmica Grupal foi Kurt Lewin. Lewin, em sua Teoria de Campo, desenvolveu um esquema sui-generis para explicar as interações humanas: baseando-se nos princípios da topologia — ramo da geometria que trata das relações espaciais sem considerar a mensuração quantitativa, estabeleceu uma teoria dinâmica da personalidade centrada na idéia de campo psicológico que mantém interpendência com múltiplas forças sociais na qual desenvolveu uma metodologia de trabalho: pesquisa-ação (action research), na qual o indivíduo é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto da ação em estudo; e criou o primeiro laboratório de Dinâmica Grupal, onde em estudos realizados com grupos primários (face to face groups) introduz conceitos retirados da física do campo magnético para descrever os fenômenos da existencialidade social do ser humano — entre os termos os mais comuns são: coesão, locomoção em direção a objetivos, procura de uniformidade, atração e equilíbrio de forças; e a partir deles concebe a idéia do grupo como um todo dinâmico, uma gestalt que não é só resultado da soma dos seus integrantes, mas é possuidor de propriedades específicas enquanto ‘um todo.

Psicanálise: A utilização dos postulados da Psicanálise para explicar a Dinâmica Grupal foi inicialmente tentada por Freud em sua obra "Psicologia de grupo e análise do ego".

Grupo Operativo: Enrique Pichón Riviére (1975) foi quem introduziu esse modelo de compreensão grupal. Segundo ele, o Grupo é definido como um conjunto restrito de pessoas, ligadas entre si por constantes de tempo e espaço e articuladas por uma mútua representação interna, de forma explícita ou implícita, a efetuar uma tarefa que constitui sua finalidade. Assim, a técnica operatória nasce para instrumentalizar a ação grupal. Caracteriza-se por estar centralizada na tarefa, isto é, privilegia a tarefa grupal, a marcha à conquista de seus objetivos.

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