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Depressão: um estudo bibliográfico

Por:   •  2/10/2016  •  Artigo  •  6.036 Palavras (25 Páginas)  •  1.080 Visualizações

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  1. Depressão: um estudo bibliográfico

Nyrcia Queiroz Pereira – rute1.16@hotmail.com

Psiquiatria

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Goiânia, GO, 01 de Abril de 2016

Resumo

A depressão é considerada um transtorno afetivo que vem se manifestando na humanidade ao longo de sua história, apresentando índices alarmantes de pessoas diagnosticadas com a doença, estas, por sua vez, vivenciam sentimentos de tristeza, desesperança, pessimismo, baixa autoestima e insônia, cujos sentimentos surgem com frequência e podem combinar-se entre si. O estudo da manifestação de sintomas depressivos nos indivíduos pode ser uma importante ferramenta para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Trata-se de um tema de saúde pública, visto que essa sintomatologia está associada a vários problemas de saúde mental. Assim, se faz necessário investir em pesquisas que buscam compreender de que forma essa patologia incide e quais seus aspectos, contribuindo para a prevenção e reabilitação de pacientes. Nesse contexto, essa pesquisa teve como objetivo geral uma revisão de literatura, com o levantamento de dados identificando conceitos, modalidades e tratamentos da depressão. O indivíduo que busca e recebe o tratamento passa a se sentir capaz de agir quando nada parecia possível antes, proporcionando maior adaptação ao seu ambiente. O diagnóstico e tratamento adequados preservam o paciente com a finalidade de evitar danos maiores.

Palavras-chave: Depressão. Sintomas. Diagnóstico. Tratamento. Fármacos.

1. Introdução

A depressão é uma patologia capaz de influenciar o comportamento dos indivíduos, alterando sentimentos, pensamentos e o bem estar. Pode atingir as pessoas, independente do seu sexo, idade, religião ou classe social.

Trata-se de uma condição duradoura de perda de prazer nas atividades diárias, apatia, alterações cognitivas, alterações psicomotoras, do sono, do apetite, retraimento social e prejuízo funcional significativo. Pode ser a causa de experiências de estresse, perda recente de pessoa amada, falta de convívio social que leva à solidão indesejada (DALGALARRONDO, 2000).

A depressão pode ser vista como um mal que se enraíza no eu indivíduo, bloqueando suas vontades e dirigindo de forma negativa o curso de seus pensamentos, prejudicando o sujeito tanto no contexto psicossocial como individual (COUTINHO, 2006). Também pode afetar as funções do corpo além de efeitos sobre o comportamento, alguns dos quais são, interferência nas chances de sucesso no aprendizado e no trabalho, aumento da possibilidade de ter filhos problemáticos, dependência nicotínica, alcoolismo e suicídio (NEDLEY, 2010).

A cada ano, o histórico de depressão entre a população aumenta consideravelmente, sendo um dado preocupante para a saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que, nas próximas décadas, haverá uma mudança nas necessidades de saúde da população mundial devido ao fato de as doenças como a depressão estar substituindo os tradicionais problemas das doenças infecciosas e de má nutrição. Em 2020, a depressão só perderá para doenças cardíacas isquêmicas (BAHLS, 2003).

Cerca de meio milhão de pessoas no mundo desenvolveram depressão e a estimativa para os próximos 20 anos é que ela aumente em prevalência e incidência (OMS, 2008). Um agravante para isso é enquanto as outras doenças estão sendo combatidas, a depressão tem aumentado como uma silenciosa epidemia. A situação fica pior em países subdesenvolvidos onde se investe menos em saúde mental. A depressão produz um desgaste na economia devido aos baixos rendimentos dos trabalhadores e o aumento dos gastos com tratamentos e reposição dos empregos afastados por conta da patologia, fazendo-se necessário priorizar o combate a este mal (PRADO, 2009).

São vários os sintomas presentes no indivíduo depressivo. Guariente (2002) afirma que a depressão é caracterizada por vários sintomas, dentre eles: falta de interesse, tristeza, desânimo, apatia, insegurança, choro persistente, negativismo, desesperança, irritabilidade, falta de concentração, autoestima depreciada, sentimentos de culpa, sentimentos de impotência, ideias de suicídio, entre outras. Quanto ao diagnóstico, o indivíduo deverá apresentar vários destes sintomas por um período mínimo de duas semanas e que possa ser observado em sua história de vida, situações recorrentes.

Complementando, Almeida (2009) refere que a depressão está associada a uma incapacitação social importante, assim como a uma grande utilização dos serviços de saúde não especializados, o que retarda o diagnóstico, curso, prognóstico, tratamento, cura e/ou reabilitação do paciente. Nesse viés, a depressão deve merecer uma atenção maior da saúde pública atual, pois nem todos os profissionais de saúde estão preparados para lidarem com pacientes depressivos, ocasionando o abandono do tratamento mesmo no início por não sentirem-se acolhidos em sua totalidade.

Este trabalho é um estudo que busca o entendimento da patologia denominada depressão, almejando assim, os seguintes objetivos:

a) Levantar nas bases de dados Scielo, Lilacs, Psychlit, entre outros, artigos que abordavam a patologia.

b) Selecionar dentro do material encontrado, as publicações que tratavam especificamente da depressão, identificando conceitos, modalidades e tratamentos.

A relevância deste estudo encontra-se associado à importância de reunir as publicações de pesquisas sobre o tema, com o intuito de alcançar um maior conhecimento sobre o tema, visto que, grande maioria dos indivíduos que buscam atendimento médico apresentam um componente psicológico que influencia no curso da doença. A própria fragilidade decorrente da doença de alguma forma afeta a integridade da pessoa.

2. Abordagem Teórica

2.1 Conceito, Etiologia e Sintomas

A palavra depressão tem origem latina e é composta por duas outras palavras: baixar (premère) e pressionar, ou seja, "depremère" que, significa "pressionar para baixo" (COUTINHO; SALDANHA apud VIEIRA, 2008). O termo depressão foi, inicialmente, usado em inglês para descrever o desânimo, em 1660, entrando para o uso comum por volta do século XIX.

O termo depressão pode significar um sintoma que faz parte de diversos distúrbios emocionais, sem ser exclusivo de um apenas. Pode ainda, significar uma síndrome traduzida por muitos sintomas; ou ainda, uma doença que se caracteriza por fortes alterações afetivas (BALLONE, 2005).

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