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Desenvolvimento de gráficos e jogos

Tese: Desenvolvimento de gráficos e jogos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/5/2014  •  Tese  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  285 Visualizações

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Desenvolvimento do grafismo e do brincar

Para Piaget a criança desenha menos o que vê e mais o que sabe. Ao desenhar ela elabora conceitualmente objetos e eventos. O desenho passa a ser conceituado como tal a partir do reconhecimento pela criança de um objeto no traçado que realizou. Nessa fase inicial, predomina no desenho a assimilação, isto é, o objeto é modificado em função da significação que lhe é atribuída, de forma semelhante ao que ocorre com o brinquedo simbólico.

O rabisco é um meio que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, sejam elas motoras cognitivas ou linguísticas, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada á experiência pré-escolar da criança.

Assim, a mesma visa o entendimento sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem através do pensamento e da linguagem. Além disso, faz-se necessário a relação entre pensamento e linguagem e o papel da intervenção pedagógica no âmbito escolar e não escolar. Com a construção de rabiscos, marcas e símbolos, é possível perceber que a criança, é capaz de produzir à escrita, a criança, imersa no ambiente cultural, pensa sobre a escrita e, auxiliada muitas vezes por intervenções, exercita e organiza o pensamento, a noção de individualidade, a linguagem, entre outros. No desenho e no brincar a criança exprime seus medos, desejos e experiências. De forma simbólica o desenho torna-se um meio de expressão. Se o ato de brincar é algo tão importante no desenvolvimento da criança, é também fundamental para o desenvolvimento da linguagem e da fala.

Segundo Piaget o brincar (para a criança) é uma forma de assimilar o real e adaptar-se ao mundo social, dos adultos, permitindo assim, suprir suas necessidades afetivas e cognitivas. Para Piaget na brincadeira “do faz de conta” a criança cria símbolos lúdicos, desenvolvendo uma linguagem própria, para reviver momentos que julgam interessantes. Com isso a criança passa a se interessar pela realidade e sente necessidade de agir sobre os objetos que mais tem contato. É nessa fase que ela se esforça e tenta agir como um adulto.

Ao examinar características das brincadeiras infantis, percebe-se que casa criança tem o seu papel definido e se estrutura em uma situação imaginária. Para Piaget estes atos são resultados da utilização de elementos do dia a dia, como uma criança faz de seu travesseiro sua boneca, desta forma elas dão significados as suas brincadeiras. Portanto, o brincar constitui patê integrante no processo de aprendizagem, contudo, para que ocorra um bom aproveitamento das brincadeiras no contexto escolar, faz-se necessário a criação de um ambiente adequado, com espaço suficiente para o faz de conta.

O desenvolvimento cognitivo segundo Piaget

Piaget dedicou-se a descrver a evolução do funcionamento cognitivo da criança a partir da observação direta e através do estudo longitudinal da evolução das diversas estratégias que ela utiliza para resolver um problema experimental, A finalidade buscada é a adaptação do individuo ao meio. No qual interagem as estruturas mentais e a influência do mundo exterior, por outras palavras, as estruturas da inteligência são produtos de uma construção contínua do sujeito em interação com o meio. Este processo interativo desenvolve-se por etapas, que Piaget designa por estádios de desenvolvimento e esta concepção construtivista e interacionista supera a dicotomia inato/adquirido que marca a história do pensamento. O desenvolvimento é desta forma caracterizada por constante procura de equilíbrio, a qual significa uma constante adaptação ao mundo exterior.

Para Piaget, a aprendizagem não se resume a uma experiência imediata, mas que em conjunto com o processo de equilíbrio apossa-se da dimensão do próprio desenvolvimento da estrutura cognitiva, que irá difundir no crescimento biológico e intelectual do indivíduo. Desta forma, o individuo só avançará para um novo estádio de desenvolvimento, quando as competências do anterior já tiverem sido assimiladas e adquiridas.

Sensório-motor (nascimento aos 18/24 meses aproximadamente)

A inteligência é fundamentalmente sensorial o bebé capta todas as informações através dos órgãos dos sentidos e, motora exprime-se através dos movimentos. É uma inteligência prática, em que não há linguagem nem capacidade de representar mentalmente os objetos. Começando por uma atividade essencialmente reflexa, o bebé vai construindo progressivamente novos meios que lhe permitem explorar o ambiente, agindo sobre ele. É através dos esquemas sensório-motores que se processa a adaptação ao meio que o envolve.

É neste estádio que aparece a noção de objeto permanente ou permanência do objeto (a criança procura um objeto escondido porque tem a noção de que o objeto continua a existir mesmo quando não o vê). É graças à observação e à exploração do mundo que a rodeia que esta constrói as estruturas lógicas que aparecerão mais tarde.

Pré-operatório (2 anos a 6/7 anos)

Uma das mais importantes conquistas deste estádio é a emergência da função simbólica, ou seja, a capacidade de representar mentalmente objetos ou acontecimentos que não ocorrem no presente, através de símbolos como palavras, objetos ou gestos. A linguagem é uma das mais importantes manifestações da função simbólica as palavras, as frases que representam pessoas, situações, objetos, ações. No jogo simbólico, no fazer de conta. A criança imita, representa um conjunto de comportamentos ou de ações. A imagem mental (representação mental de objetos ou ações não presentes no campo perceptivo) e o desenho são também manifestações da função simbólica.

Este estádio vai encontrar a sua designação (pré-operatório) ao fato da criança já pensar, mas ainda não ser capaz de fazer operações mentais (ação interiorizada reversível). É um pensamento intuitivo baseado na percepção dos dados sensoriais. Nas experiências levadas a cabo por Piaget, a criança responde à questão que lhe é colocada com base na aparência, por outras palavras, com os dados imediatos da percepção,

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