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Direito E Legislação

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Por:   •  15/6/2013  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  230 Visualizações

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VISÃO SOCIAL: CONCEITOS E QUESTÕES

LIVRO: QUARTO DE DESPEJO, DIÁRIO DE UMA FAVELADA

O livro traz a trajetória de vida de Carolina Maria de Jesus (1914-1977), moradora da favela do Canindé em São Paulo. Cursou até o segundo ano de uma escola primária de Sacramento, Minas Gerais, onde nasceu. Foi empregada doméstica em São Paulo, onde mais tarde, passou a catar papel e outros tipos de lixos recicláveis.

No seu dia a dia, mostrou um quadro variado da vida dos favelados e de sua luta pela sobrevivência.

Seu quase analfabetismo não impediu que ela tomasse gosto pela leitura, passou a escrever um diário, que em 1960 foi publicado o livro que correu o mundo, sendo discutido e admirado em treze idiomas.

A fome é bastante citada no livro, adultos e crianças que ficam doentes ou morrem por se alimentar de restos encontrados no lixo. Falta de saneamento básico traziam outras enfermidades.

A prostituição de menores, abuso sexual,drogas são outros problemas narrados pela autora.

Ela faz essa comparação da vida na favela em relação à outra camada da sociedade:

“...Às oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de veludo, almofadas de cetim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo...”(pág.33)

Carolina criticava sem medo os políticos

da época, o cenário vivido por ela na década de 60 ainda é atual, os políticos visitam favelas no período de eleição, para pedir votos e fazer promessas. Ao procurar o serviço social ela se sentia desolada, ao perceber a ironia com que os pobres eram tratados e que única coisa que eles queriam saber eram seus nomes e endereços.

As grandes cidades que muitas vezes são cartões postais no nosso país podem ser comparadas como um organismo doente, pois as favelas são suas úlceras.

De fato é mais fácil ignorar essa parte da realidade tão triste e sofrida destes brasileiros.

A falta de estrutura urbana ainda gera muitos “quartos de despejo” pelo Brasil.

É preciso entender que não é possível alcançar a realidade dessas classes, sendo indiferentes à sua cultura, seu cotidiano e sua visão de mundo.

Segundo Carmelita Yazbek (set.2010). Abordar aqueles que socialmente são constituídos como pobres é penetrar num universo de dimensões insuspeitadas, marcado pela subalternidade, pela revolta silenciosa, pela resiliência aliada as estratégias para melhor sobreviver apesar de tudo.

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