Direitos humanos: Roda de conversa na escola integrada

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

Alice de Carvalho

Elisangela Rufino

Mateus Santos

Luciana Lemos

Pamela Nunes

Simone Paula do Nascimento

Direitos humanos: roda de conversa na escola integrada.

Belo Horizonte

2013

Alice de Carvalho

Elisangela Rufino

Mateus Santos

Pamela Nunes

Simone Paula do Nascimento

Direitos humanos: roda de conversa na escola integrada.

Projeto de intervenção psicossocial na escola integrada apresentado à disciplina de Metodologia do curso de psicologia.

Professora: Elaine Linhares de Assis Guerra

Belo Horizonte

2013

A partir da visita à E. M. Gracy Vianna Lage, escola a qual o Centro Universitário UNA em parceria, desenvolve o projeto roda de conversa na disciplina de Estágio Básico – Direitos Humanos, do 2º módulo de Psicologia, foi possível obter desde dados mais gerais, que envolvem informações sobre espaço físico, faixa etária dos alunos, projetos, entre outros até a dados mais específicos tais como: relação aluno-professor, conquistas, desafios, conflitos, etc. Para tanto, planejou-se adquirir estas informações através de um roteiro de entrevista semi-estruturado elaborado em sala de aula com a colaboração de todos os alunos. O roteiro foi dividido em 3 tópicos – Conhecendo a escola, A relação dos educadores com os alunos e Questões mais específicas sobre as rodas de conversa -  sendo que cada um destes abrangeriam a questões relacionadas. Houve também um cuidado no ponto sobre com quais perguntas iniciar a entrevista e, foi nos orientado começar por questões mais gerais, para que não haja constrangimento a quem nos fosse responder e dessa forma ir aprofundando para assuntos mais específicos e mesmo difíceis de falar.

A visita teve por objetivo dois pontos. Inicialmente de se conhecer a escola, ter um primeiro contato com o espaço observando-o e, também um objetivo principal, de apropriar conhecimento sobre qual é a demanda desta instituição; o que seguramente foi bem esclarecido e frisado pela orientadora da escola em vista de sua experiência anterior com estagiários do semestre passado, o que proporcionou por parte da mesma antecipar em sua apresentação informações que provavelmente nos fossem essenciais.

PROGRAMA ESCOLA INTEGRADA

O objetivo deste trabalho é analisar e refletir sobre os direitos humanos por uma vertente educacional. A Escola Integrada faz parte de uma política pública educacional cuja proposta é ampliar o tempo do aluno na escola através de oficinas que vão além do ensino regular; essas oficinas envolvem esportes, cultura, educação no transito em conjunto com a educação social da região através de passeios monitorados. Nesse sentido no contra turno que é o Período oposto ao que a criança e ao adolescente estudam no qual, dentro do espaço escolar, é utilizado para as oficinas. A meta é “Cidade Educadora”, conhecer a cidade, aprender fora do perímetro escolar, dar a criança liberdade e estrutura para explorar seu ambiente social.

Assim faz-se necessário firmar parcerias, pois, sem elas, de acordo com a coordenadora do projeto Escola Integrada, não seria possível. Um exemplo é a BH TRANS, que oferece as crianças educação no transito através da Trasitolândia.

Na escola integrada há eventos que se destacam como, por exemplo, o V Fórum de Educação Integração, que envolve passeata no centro de Belo Horizonte e apresentação de trabalhos produzidos pelos alunos, dentre eles o teatro. Além disso, Oficinas culturais realizadas dentro da escola, contam com a colaboração de moradores do bairro que possuem alguma habilidade e desenvolvem trabalhos artesanais, teatro, leitura e movimento corporal com os participantes. Em um dos trabalhos externos, as crianças fizeram máscaras de mosquito da dengue e receberam informações dos agentes sanitários da PBH. Em seguida saíram pelas ruas da comunidade com panfletos explicativos dos riscos e cuidados contra a dengue, acompanhados da monitora para conscientização da população sobre o surto da doença.

Se tratando de quadro de pessoal, a escola Gracy Vianna conta com a participação de voluntários moradores da região e de Universitários bolsistas para desenvolverem os trabalhos na escola integrada. A coordenadora relatou que apesar de os moradores terem interesse, boa vontade e algumas habilidades, ainda não possuem preparo didático e nem conhecimento cientifico que os monitores acadêmicos possuem. De acordo com ela o conhecimento acadêmico é um diferencial. É importante dizer que a prefeitura fornece alimentação e material para as crianças e adolescentes, porém não oferece treinamento aos colaboradores da Escola integrada.

Todo esse trabalho permite uma aproximação entre alunos e seus monitores promovendo uma ligação emocional e uma relação de confiabilidade que favorece o desenvolvimento deles na escola regular. Segundo a coordenadora do projeto, a pedagoga Thais, os alunos inscritos na escola integrada se desenvolvem mais em português e matemática, mas existem casos de alunos que apresentaram um desgaste físico por causa das atividades e diminuíram o nível de produção na escola regular.

Anteriormente as turmas eram separadas por gênero, e foi observado que os meninos não estavam interagindo com as meninas na escola regular e na integrada, e por isso havia muitos conflitos na relação entre eles. Nesse sentido, houve uma intervenção da coordenadora para experimentar turmas mistas. Deu certo.