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Elementos Básicos da Terapia Psicanalítica

Por:   •  14/6/2019  •  Resenha  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  282 Visualizações

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Elementos Básicos da Terapia Psicanalítica.

Este artigo vem demonstrar o processo analítico, e o que acontece no consultório do psicanalista, esclarecendo o senso comum sobre esse processo e demonstrando que quanto menos conhecimento os pacientes tem sobre a psicanálise, mais fácil é a tarefa do analista.

Geralmente alguns pacientes procuram o analista, porque já estão decepcionados pelo fracasso de outros tratamentos. Então cabe ao analista esclarecer ao paciente que fará uma análise durante dois ou três meses para ver se vai continuar. Nunca se pode prever a duração do tratamento, portanto é melhor dizer que, provavelmente, não durará menos que dois anos e possivelmente mais, e com a mesma sinceridade e desembaraço, trata-se das questões do pagamento e horário.

O psicanalista faz o uso da técnica de associação livre, onde o paciente deve dizer tudo que lhe passa pela mente, às vezes é difícil porque as pessoas não dizem tudo àquilo que pensa intimamente. Mas é onde o psicanalista entra com a técnica da associação livre, porque são justamente as resistências contra tal sinceridade que lhe fornecem o material indispensável para o estudo e compreensão da neurose.

Dentro desse processo existe a transferência que é um elemento muito importante para a psicanálise, que ocorre quando se projeta em pessoas do seu convívio presente, figuras importantes do passado do paciente, esse processo acontece de forma inconsciente e simbólica, sendo de grande relevância para o processo de cura.

O psicanalista aproveitando a transferência, sabendo que a neurose resulta de um conflito entre os impulsos e a moral, procura tornar tais impulsos conscientes, para que o paciente se torne capaz de enfrentá-los e controlá-los. Se for o medo diante da satisfação de seus impulsos que levou o indivíduo a recalcá-los, esse medo, embora inconsciente ao paciente adulto, servirá de barreira contra as tentativas do psicanalista, no sentido de torná-los conscientes. Essa barreira, construída desde a infância, manifesta-se como forte resistência na análise e não há meio de vencê-la senão pela experiência viva e afetiva da transferência, que convence o paciente, gradualmente, sua conduta neurótica inconveniente.

A transferência começa necessariamente na primeira consulta e depende da habilidade do analista e de seu conhecimento da técnica para fazer com que ela se desenvolva espontaneamente, o psicanalista torna-se a pessoa mais importante nesse momento, e em seu redor se desencadeara todos os conflitos neuróticos do paciente assim, a neurose do paciente transforma-se numa neurose de transferência. O manejo da transferência é a essência da cura psicanalítica, o analista assume no íntimo do paciente, o papel do pai, da mãe, irmão e irmã. Ele deve ser impessoal e reservado, não deve responder a qualquer pergunta referente à sua pessoa, falando o menos possível para poder observar todas as reações do paciente, como manifestações de sua personalidade.

O paciente torna-se dependente do psicanalista, surgindo então o desejo de conquistar a simpatia e a admiração do analista, precisando do amor para neutralizar as imagens más introjetadas e os impulsos destrutivos que o aterrorizam, mas esses medos são inconscientes ao paciente. O papel do analista é facilitar o processo de identificação e reagir a todas as tentativas de conquista com uma atitude calma, e impessoal. Ele deve ser como um espelho que reflete só as reações do paciente, sem mudar de atitude e, nem ser frio. O analista tem a oportunidade de mostrar ao paciente que sua simpatia ou admiração são meros mecanismos de defesa contra o medo e não um afeto sincero de amor. Se o paciente perceber que não pode conquistar a simpatia do analista, começa logo a sentir raiva ou ódio contra o mesmo, uma parte não menos importante da transferência é o mundo de medo, ódio e raiva que todos os pacientes guardam no seu inconsciente contra seus pais e os objetos introjetados, e que transferem com grande violência ao analista.

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