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Entrevista no Caps

Por:   •  8/12/2018  •  Resenha  •  1.325 Palavras (6 Páginas)  •  296 Visualizações

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Entrevista com a Psicóloga do CAPS Pau da Lima

Pergunta: Aqui tem médico psiquiatra de adulto?

Resposta: Sim.

Pergunta: Quantas pessoas mais ou menos? Tem quantos médicos?

Resposta: Três.

Pergunta: Psicólogo é só você?

Resposta: Não, tem mais duas, só que uma está de licença maternidade.

Pergunta: Qual a quantidade de pacientes que são atendidas por mês? Você sabe a média?

Resposta: Não, porque tem os profissionais de nível superior que atende, os médicos. É difícil porque não fazemos essa contabilidade.

Pergunta: Você atende quantos por dia?

Resposta: Por turno, três ou quatro.

Pergunta: Qual a faixa etária das pessoas atendidas aqui?

Resposta: a partir de 18 anos.

Pergunta: Geralmente vem muito adolescente?

Resposta: Do ano passado para cá, está aumentando às poucas pessoas entre 18 e 20 anos.

Pergunta: Qual a maior demanda do CAPS?

Resposta: Aqui no CAPS, a saúde pública no geral. A gente vê a falta de trabalho, as dificuldades nas relações familiares, sociais se entre laçando com a questão da saúde mental. A gente precisa de outras políticas pública envolvida, geração de emprego, geração de renda, qualificação das pessoas, auxilio para aquele que não podem estar no mercado formal de trabalho, melhor acesso a outros serviços de saúde. Às vezes a gente se depara com diversas dificuldades que estão além do nosso alcance. E se tratando de transtornos mentais a gente vê um aumento nos casos de depressão, na prática a gente observa que cada dia tem aparecido casos mais graves.

No caso de jovens depressivos, eles acabam vindo até aqui após uma tentativa de suicídio.

Pergunta: Você acha que a questão maior é a falta de trabalho?

Resposta: São várias coisas juntas, vários fatores, a questão da tentativa de suicídio é multifatorial, e a questão social está envolvida nisso. A falta de emprego, a falta de perspectiva no futuro, relações complicadas, relações familiares onde não se comunicam muito bem, tudo isso influencia.

Pergunta: Esses jovens vêm por conta própria ou tem algum familiar por trás?

Resposta: Geralmente algum familiar.

Pergunta: Forçado ou livre e espontânea vontade?

Resposta: Não é uma coisa forçada, eles entram em acordo, às vezes algum familiar vem pedir ajuda porque a pessoas não quer ir, então a gente conversa e na maioria dos casos acabam aceitando.

Pergunta: Vocês realizam visita domiciliar?

Resposta: A gente faz visitas.

Pergunta: Já teve algum caso de você ter que ir convencer a pessoa a vir no CAPS?

Resposta: Tem caso que a gente vê que a pessoa nunca veio aqui.

Pergunta: E sempre tem que ter esse acompanhamento domiciliar?

Resposta: É.

Pergunta: Por que a pessoa não quer vir até o CAPS?

Resposta: Isso, porque acham que não precisam, acham que não está doente, isso é muito comum em caso de psicose.

Pergunta: Como é para você reunir a equipe e fazer um acordo para a visita domiciliar? Porque pode ter na equipe alguém que não queira ir.

Resposta: Geralmente esses casos são graves e nós estamos trabalhando em miniequipes, geralmente não temos conflitos sobre isso.

Pergunta: Essa miniequipe é composta quais profissionais?

Resposta: Varia um pouco, como são três miniequipes. A minha mesmo tem: uma técnica de enfermagem e um médico, tem outra equipe que têm duas assistentes sociais e tem outra equipe que tem oficineiro, os cargos variam um pouco.

Pergunta: Nessas equipes todas têm médicos?

Resposta: Sim

Pergunta: Vamos entrar agora na parte do que realmente faz o psicólogo na saúde mental.

Resposta: Os profissionais aqui de nível superior atuam como técnico de referência, que é pessoa que será responsável pelo projeto terapêutico, psicólogo é desses profissionais. Fazemos atividades em grupo, atividades em território que são visitas domiciliares, nos dividimos também por unidade básica de saúde, cada profissional é referência de uma unidade, fazemos também acolhimento, que é o primeiro atendimento de quem chega ao CAPS, para entender o caso da pessoa, se é para ser tratado no CAPS ou não. Fora isso, como psicólogo, nós tentamos como por exemplo numa reunião, nos colocamos para a parte mais subjetiva, tentamos ver o foco, o lado da família e que podem estar passando por dificuldade e entender o que estão passando em relação ao paciente.

Pergunta: Como funciona as oficinas terapêuticas dentro do CAPS?

Resposta: Temos uma oferta de oficina e grupos, cada técnico tem seu usuário e nós vemos se aquele usuário precisa ou se aqui temos algo para oferecer para ele e de acordo com a disponibilidade e interesse dele ver em que ele irá participar, e faz a inscrição do paciente com o coordenador.

Pergunta: Quem auxilia nas oficinas terapêuticas?

Resposta: As oficinas são coordenadas por diversos profissionais: assistente social, educadora física, psicóloga.

Pergunta: Como o CAPS 2 auxiliam no apoio aos familiares dos usuários que tem transtorno mental no programa saúde da família?

Resposta: Em Salvador a cobertura é baixa, aqui no distrito temos algumas unidades. Em relação à suporte a familiares, começamos em grupo para tratar familiares adoecidos.

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