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FREUD E A DESCRIÇÃO DO APARELHO PSÍQUICO

Por:   •  13/11/2022  •  Tese  •  1.006 Palavras (5 Páginas)  •  75 Visualizações

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FREUD E A DESCRIÇÃO DO APARELHO PSÍQUICO

Quando falamos em psicanálise, a primeira relação que fazemos em nossa mente é com o nome do renomado médico de Viena, Dr. Sigmund Freud (1856-1939). Isso acontece pois Sigmund Freud é o precursor dos estudos da mente.

Foi Freud quem dedicou grande parte de sua vida ao aprofundamento da psicanálise e o desentrelaçar de toda teoria e prática, em alguns casos usando-se como material de análises e estudo, transformando todo este conhecimento em conteúdos riquíssimos e muito importantes para dar sequência à esta ciência tão grandiosa.

Em 1897 Freud deu início ao que chamou de “esplêndido isolamento”, o que consistia em se isolar para assim entrar em contato com seus conteúdos psíquicos, utilizando esse método de investigação da autoanálise para buscar significados e poder assim compreender e descrever a psicanálise.

“A autoanálise de Freud foi conduzida por meio de sonhos, associação livre e memórias da infância. Foi espantosa sua habilidade estes três aspectos. (...) Em mais de um sentido a autoanálise de Freud é a matriz a partir da qual desenvolveu-se toda a ciência. Foi aqui que ele teve as grandes percepções, que formam a base da psicanálise” (FINE, 1981, p. 28)

A partir deste período de autoanálise Freud foi desvendando e escrevendo suas teorias. Neste momento Sigmund Freud sugeriu que o estudo da mente tivesse a consideração de diferentes níveis ou sistemas como lugares psicológicos. Esta teoria retratou, em momentos diferentes, duas propostas destes sistemas psicológicos, falando sobre a organização do aparelho psíquico, as chamadas Tópicas Freudianas.

A fase inicial deu-se pela primeira teoria elaborada por Freud, que foi chamada de Tópica Freudiana ou modelo topográfico, primeira tópica (1900-1915), trazendo a proposta de que o estudo da mente deve considerar diferentes instâncias, ou seja, que a estrutura do aparelho psíquico deve ser entendida como se fosse um mapeamento pois se estabelecem em lugares. É importante entender que a expressão tópica vem de topos, que em grego significa lugar, por isso a correlação de Freud com o mapeamento, pois esses sistemas ocupariam um lugar.

Neste momento da primeira tópica, Freud criou o conceito de que o aparelho psíquico pode ser dividido em três instâncias, que são: o inconsciente (Ics), o pré-consciente (Pcs) e o consciente (Cs).

retrataremos o aparelho psíquico como um instrumento composto a cujos componentes daremos o nome de instâncias ou sistemas. (...) A rigor, não há necessidade da hipótese de que os sistemas psíquicos realmente se disponham em uma ordem espacial. Bastaria que uma ordem fixa fosse estabelecida pelo fato de, num determinado processo psíquico, a excitação atravessar os sistemas numa dada sequência temporal. (FREUD, 1987 [1900] p. 492)

O inconsciente (Ics) constitui a parte mais antiga do aparelho psíquico, como um sistema mais distante não acessível a consciência, conduzido exclusivamente pelo princípio do prazer. É no inconsciente que se encontram os impulsos repletos de desejos e vontades, totalmente indiferentes à realidade, estes impulsos carregam uma grande necessidade de descarga para transformação de toda esta energia unicamente para satisfação e prazer.

No inconsciente também se encontram os conteúdos recalcados, que foram exclusos da consciência pelos processos de censura e repressão para que não sejam lembrados, pois não há esta permissão, mas também que não sejam perdidos.

O Pré-consciente (Pcs) situa-se entre o inconsciente (Ics) e o consciente (Cs), separando os dois impedindo que assuntos localizados no inconsciente tenham livre acesso ao consciente. Essa separação funciona como uma espécie de filtragem barrando informações que não devem ir diretamente para o consciente.

No pré-consciente são encontrados os conteúdos psíquicos que não estão no consciente, mas que podem ser facilmente acessados por ele, a qualquer momento.

O consciente (Cs) é a instância associada à razão e ao racional, à percepção de espaço e tempo. Tudo que está presente momentaneamente na mente de cada pessoa.

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