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Fenomenologia

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Por:   •  20/11/2014  •  Resenha  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  374 Visualizações

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A fenomenologia se preocupa essencialmente com o rigor epistemológico na solução de problemas, promovendo a radicalização do projeto de análise crítica dos fundamentos e das condições de possibilidade do conhecimento.

Segundo Husserl a busca de um fundamento absoluto e indubitável para o conhecimento corresponde à intencionalidade operante em toda prática científica. Sua filosofia terá como torna apenas o que se constitui como objeto da experiência possível: os fenômenos. A fenomenologia então estabeleceria relações com todas as ciências: as do espírito e as naturais. Trata-se, contudo, de uma aproximação contraditória: o racionalismo fenomenológico opõe-se ao intuicionismo objetivo e estético dos românticos, à proposta de fusão e comunicação empática entre formas expressivas, à renúncia a um conhecimento rigoroso e objetivo. Não distante, a separação entre sujeito e objeto, que marca todas as matrizes cientificistas também é abolida na fenomenologia.

Neste contexto avultam, entre outros, os conceitos de “intencionalidade”, “temporalidade” e “horizonte” da consciência, que são estruturas da chamada consciência transcendental.

A intencionalidade refere-se a consciência enquanto ato, em oposição à consciência enquanto conteúdo. A temporalidade refere-se ao fato de que toda a consciência intencional é inevitavelmente uma síntese no tempo. Por fim o conceito de horizonte da consciência refere-se ao fato de que a consciência intencional, em qualquer modo que se dê, envolve uma atualidade explícita e uma potencialidade apenas implícita, que é o conjunto de estados passados, antecipados, suspeitados, etc., em relação ao qual o objeto tematizado adquire um significado para o sujeito.

Da descrição das estruturas gerais da consciência, a fenomenologia deve caminhar para as estruturas típicas especiais. Estas antologias regionais revelam o que há de específico nas relações entre o sujeito e seu mundo em cada uma destas regiões, quais as formas típicas de temporalidade e qual a natureza dos horizontes que aí configuram as vivências concretas.

A influência da fenomenologia sobre a psicologia entendida como ciência compreensiva foi em grande parte mediada pelas doutrinas existencialistas, como um pioneiro das ciências compreensivas, mais precisamente da psicopatologia e da psiquiatria, deu sua contribuição mais pessoal a estas ciências ao situa-las também entre as ciências do espírito.

Outro grande nome da psiquiatria fenomenológica é L. Binswanger (1881-1966). Criou a análise existencial, uma ciência experimental com um método e um ideal de exatidão própria, a saber, o método e o ideal das ciências experimentais fenomenológicas.

Já os ingleses David Cooper e R.Laing, sofreram uma influência dominante da filosofia existencialista de Sartre e descontentes com a psiquiatria convencional vão constituir a antipsiquiatria, que procura um outro quadro de referências e vão encontrá-lo na dinâmica das interações pessoais. Tudo é baseado na compreensão. Contudo, a compreensão, Sartre o admite, não é um conhecimento imediato proporcionado por uma atividade puramente contemplativa. Em Heidegger: “Compreender não é um modo de comportamento do sujeito entre outros, mas o modo de ser da própria existência”. Gadamer vai mostrar, por fim, que não há absolutamente possibilidade de compreensão

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