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Helena Antipoff: Razão e Sensibilidade na Psicologia e na Educação

Por:   •  11/6/2021  •  Seminário  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  119 Visualizações

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Helena Antipoff: Razão e sensibilidade na psicologia e na educação

- Helena  Antipoff tem relevantes  estudos nas áreas da educação fundamental, especial, rural e comunitária.

-Veio à Minas Gerais após receber o convite para implantar o laboratório de psicologia da escola de aperfeiçoamento.

Formação na Europa (1829-1916)

- Iniciou sua formação em Paris, e em Genebra se formou em Psicologia, com especialização em psicologia da educação.

- O contexto cientifico e de resolução de problemas sociais na Europa em que Helena  viveu, foi fundamental para  sua formação.

Na Rússia: O espírito científico diante da crise social (1916-1924)

Em 1916 Helena Antipoff volta á Rússia. Em outubro de 1917 trabalhou como psicóloga-observadora em estações médico-pedagógicas em Viatka e em São Petersburgo, onde foi convidada a estudar centenas de crianças abandonadas, durante anos de grande fome, onde as observava em condições desfavoráveis, para decidir seus destinos. Apartir dai desenvolveu o método "da experimentação natural".Em 1921 atuou como colaboradora científica no laboratório de Psicologia experimental de Petersburgo.Enfrentou problemas com autoridades soviéticas em função dos resultados que empreendeu, com a pesquisa sobre " o nível mental das crianças russas nas escolas infantis(1922), onde foi proibida sua difusão  nas universidades soviéticas. Viktor Iretsky com quem Helena se casou,  foi perseguido por suas idéias, também consideradas nocivas a revolução e ambos foram exilados em Berlim, em 1924.

O Exílio em Berlim e Genebra (1925-1928)

Helena Antipoff, não teve uma boa experiência em Berlim, se tratando de termos pessoais e profissionais. Em 1925, ela se separou do marido e voltou a fixar residência em Genebra, já trabalhando como assistente de Édouard Claparède no laboratório de Psicologia da Universidade de Genebra, e como professora de psicologia da criança na escola de ciências da educação. Entre 1926 e 1929, é testemunhado uma fusão entre a influência funcionalista de Claparède e a psicologia histórico cultural russa. Durante o período em Genebra, Antipoff colaborou com Claparède na pesquisa sobre os processos de pensamento inteligente que foram publicados em 1933. E foi na condição de assistente de Édouard que Helena recebeu o convite para lecionar na escola de aperfeiçoamento de professores de Minas Gerais, por 2 anos.

Helena Antipoff no Brasil (1929-1974)

- Em 1929 chega ao Brasil e segue para Belo Horizonte, para assumir suas novas funções como professora na recém-criada Escola de Aperfeiçoamento, visando à formação de educadores comprometidos com os novos métodos educativos inspirados na Psicologia.

- A Escola de Aperfeiçoamento foi a primeira experiência, feita no Brasil, de implantação de instituição de ensino superior na área da Educação, e funcionou por duas décadas, tendo-se tornado instituição modelo na formação de educadores no país.

- Pesquisas sobre o desenvolvimento mental tinham por objetivo subsidiar a introdução dos testes de inteligência nas escolas primárias, fornecendo os padrões aos quais seriam comparados os resultados obtidos anualmente pelos alunos, eram as chamadas “classes homogêneas”. Helena Antipoff se diferencia da corrente da época, propondo uma interpretação em bases socioculturais.

- Ela traz uma série de correlações entre o meio socioeconômico e o desenvolvimento mental onde sugere às escolas a adoção de programas de “ortopedia mental” visando a equalizar as oportunidades para as crianças de baixa renda que não obtinham resultados satisfatórios nos testes. Surge o termo excepcional para se referir às crianças cujos resultados nos testes afastavam-se da zona de normalidade. Dessa maneira, evitava a estigmatização, possibilitava a reversão do distúrbio por meio de medidas psicopedagógicas adequadas.

- O nível baixo nos testes de inteligência para muitas crianças de meio social inferior e crescidas fora da escola não prognostica absolutamente o futuro atraso nos estudos, pois nesta idade o organismo ainda está bem plástico e o cérebro capaz de assimilar com grande rapidez e eficiência os produtos da cultura intelectual.

- Tendo em vista a opção cada vez mais seletiva do sistema público de ensino, Antipoff passou a dedicar-se a promover a expansão de outras alternativas para as crianças recusadas pelo sistema, as chamadas “crianças excepcionais”. A partir disso surgem as iniciativas da Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais.

A Sociedade Pestalozzi e a busca de soluções para o problema da exclusão social

Instituída em 1932 a Sociedade Pestalozzi de Belo Horizonte constituída por um grupo composto por médicos, educadores e religiosos e sob a presidência de Helena Antipoff. Com o objetivo de promover o cuidado das crianças excepcionais e professores no âmbito escolar e também atentar ao direito da criança chamando a atenção das autoridades locais para a precariedade das condições que elas viviam nas ruas de Belo Horizonte.

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