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História da Psicologia

Por:   •  14/8/2018  •  Abstract  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  185 Visualizações

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1-História da Psicologia

História da Psicologia (Filosofia-Sociologia)

A história da psicologia não científica é imprecisa, porém, seu início formal mais relevante se origina no século V (A.C.), inicialmente com Sócrates, e posteriormente Platão, que já iniciavam as discussões acerca de temáticas hoje componentes da psicologia. O mesmo fez Aristóteles em IV (A.C.), considerado o pai da ética, e posteriormente o também filósofo René Descartes no século XVII (D.C.). Auguste Comte (1798-1857) filósofo e fundador da sociologia e do positivismo, também teve influencia determinante na construção do saber psicológico no século XIX.

Fica clara a longevidade das discussões de temas hoje componentes da psicologia, e a imensa contribuição da filosofia para o surgimento da psicologia. É com base na observação e na experimentação que a psicologia se tornou uma disciplina distinta das suas bases filosóficas. O desenvolvimento da psicologia também ocorreu em um ambiente propício para que os conhecimentos e técnicas fossem aplicados em busca de problemas do mundo real. Entre esses eventos, destacam-se: o aumento da educação pública nos Estados Unidos no final do séc. XIX início do séc. XX, e as Guerras Mundiais e suas ideologias oriundas.

Epistemologia e história da psicologia científica

A psicologia foi proposta como ciência no final do século XIX por Wilhelm Wundt (1832 – 1920) médico, filósofo e psicólogo alemão conhecido como fundador da psicologia experimental ao criar o primeiro laboratório de psicologia, na universidade de Leipzig em 1979. William James (1842 –1910) filósofo e psicólogo estadunidense também foi precursor da psicologia como ciência. Logo no ponto de partida, o projeto científico da psicologia se bifurca, pois Wundt e James apresentam concepções diferentes de ciência psicológica. As obras de Wundt e James são expressões culturais de ideias emblemáticas do século XIX: a psicologia de Wundt buscava se tornar uma ciência empírica intermediária, uma psicologia fisiológica, uma psicologia experimental, uma ciência entre as ciências da natureza e as da cultura. Para James, a psicologia devia se tornar uma ciência natural visando predição e controle práticos. As concepções de psicologia científica de Wundt e James são suficientes para conferir unidade à psicologia moderna. Wundt afirmou que o sujeito é processo volitivo, afetivo e cognitivo; não é nem espírito nem matéria, é fluxo, processo. Uma posição similar encontra-se em James, que também critica a metafísica substancialista. Além disso, afirma que o sujeito é processo, fluxo do pensamento, e descreve as propriedades desse fluxo, dizendo que o pensamento é subjetivo, contínuo, dinâmico, cognitivo, interessado e volitivo. Tem-se então que Wundt e James lançam os fundamentos da psicologia moderna com base em uma teoria do sujeito concebido como devir, e não como ser.

Durante o século XX existe a multiplicação de acepções de psicologia científica. Diante da proliferação da psicologia moderna, a reflexão epistemológica sobre a psicologia ocorre de forma pluralizada. Já em seu ponto de partida a psicologia é plural. Talvez seja mais sensato então, falarmos sobre as epistemologias das psicologias, uma vez que, esse saber científico é plural, e se um dia vier a ser unitário, a epistemologia aqui apresentada, será a epistemologia da pré-história da psicologia: “A Psicologia tem um longo passado, mas uma curta história”.

*(ver correntes da psicologia)

História da Psicologia no Brasil

O início da história da psicologia no Brasil, no início do séc. XIX remete aos estudos de medicina, concentrando-se nas áreas de neurologia e psiquiatria, com investigações sobre o funcionamento cerebral e psiquismo humano. As teses das faculdades de medicina eram influenciadas pelos trabalhos da psicologia experimental em laboratórios, principalmente, os de Wundt e Pavlov.

Dessa forma, também são criados no Brasil laboratórios de psicologia experimental. Seguindo as aplicações dos conhecimentos psicológicos vindos de fora, no Brasil, o início da psicologia também se relaciona com a psicotécnica, a aplicação de testes (como a escala de Binet-Simon), para diferenciar e categorizar crianças e trabalhadores particularmente, na saúde e educação.

Em 1922 é criada a Liga Brasileira de Higiene Mental, com ideias sanitaristas (limpeza da cidade) e de higiene mental, que tinha interesse na prática e na pesquisa em psicologia. Em 1932 a liga propõe a criação de gabinetes de psicologia nas clínicas psiquiátricas, aumentando a demanda de atuação de psicólogos no país. Neste período os nomes de vários médicos se destacam nos estudos de medicina e psicologia, entre eles: Franco da Rocha, Pernambuco Filho, Raimundo Nina Rodrigues e Juliano Moreira.

Em 1925 é criado em Recife, o instituto de Seleção e Orientação Profissional, posteriormente conhecido como Instituto de Psicologia. Neste instituto, eram aplicadas técnicas psicológicas, como provas de aptidão física e mental, além da realização de pesquisas e produção de conhecimento. Em São Paulo, no Instituto de Higiene, a partir de 1927 começa a funcionar o Serviço de Inspeção Médico Hospitalar, onde 11 anos mais tarde foi criada a primeira Clínica de Orientação Infantil. No Rio de Janeiro, no ano de 1946, foi criada a primeira clínica pública federal voltada para o atendimento de jovens, o Centro de Orientação Juvenil (COJ). Esse centro tem, entre seus fundadores Mira y Lopez e Helena Antipoff e começa a atender crianças a partir de 1953, passando a se chamar Centro de Orientação Infanto Juvenil (COIJ).

Outra área na qual a psicologia teve suas primeiras aplicações e pesquisa no Brasil foi a da educação. As Escolas Normais foram de extrema importância para o desenvolvimento da psicologia no país. Eram locais para a formação de profissionais competentes na área da educação. Estas escolas existiam em diversas cidades de diferentes estados, permitindo a aplicação e produção de conhecimentos psicológicos na área da educação. O ensino de psicologia foi incorporado a esses cursos normais. Alguns nomes de destaque nesse cenário são: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Helena Antipoff e Isaías Alves. Os trabalhos de psicologia aplicada envolviam a aplicação de testes psicológicos para a classificação de indivíduos e adaptação ao ambiente escolar.

Em 1947, Mira y Lopez cria, no Rio de Janeiro, o Instituto de Seleção e Orientação Profissional, o ISOP, com a aplicação de testes psicológicos para a seleção e orientação de trabalhadores. Mira y Lopes é um importante nome da psicologia no Brasil, pois foi responsável pela divulgação desta disciplina, lutando pelo reconhecimento e formalização da profissão de psicólogo no país. Em 1954, é criada a Associação Brasileira de Psicologia e é publicado, na revisa Arquivo Brasileiro de Psicologia, o anteprojeto da lei sobre formação de psicólogos no Brasil.

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