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Inclusão e exclusão: Questões étnicas e raciais

Por:   •  5/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.623 Palavras (7 Páginas)  •  155 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

Inclusão e exclusão: questões étnicas e raciais

Larissa Lacerda

Lucas Marquez

Maria Victória Silva Aguiar

Uberaba, MG

2017

Introdução

O Brasil se destaca como uma das maiores sociedades multirraciais do mundo. Essa distribuição demográfica e étnico-racial é passível de diferentes interpretações a respeito da inclusão e exclusão étnica no que tange a economia, política e sociologia, sendo assim qualquer análise das políticas de inclusão no país não pode negligenciar os marcos históricos, políticos, econômicos e a relação com o Estado e a sociedade civil nos quais estas se inserem.

Etnia é um conceito antropológico que denota grupos humanos que marcam sua identidade por diferenças culturais escolhidas para este fim. A percepção das diferenças físicas ou biológicas entre seres humanos é, assim, culturalmente produzida, e os efeitos discriminatórios desta percepção, também resultam da ótica de cada cultura particular. No Brasil tais diferenças recaíram especialmente sobre os grupos de negros e índios que sofreram com a escravidão e sofrem, hoje, com maior peso, o da exclusão social e política.

Logo a exclusão étnica no Brasil é uma realidade e uma das suas faces seria o fracasso escolar que estabelece conexões com a produção histórica do racismo e discriminação que tem produzido formas estereotipadas de representação social na sociedade e uma histórica e cultura embranquecida. Sendo assim surgiram as ações afirmativas para o combate às desigualdades étnico-raciais, principalmente na educação. Tais políticas são recentes e se iniciaram no final da década de 90 do século passado e visam à inclusão de grupos historicamente subalternizados, por exemplo, por meio do acesso e diversificação do corpo discente no ensino superior. Mas como, para quem e por quem essas políticas e ações são construídas?

Visita a instituição

A visita foi realizada na instituição Casa do Adolescente Guadalupe. Fabiana, a coordenadora da instituição, foi a responsável por mostrar um pouco do espaço físico e responder as perguntas do grupo sobre a instituição.

 A Casa do Adolescente Guadalupe está localizada na Rua Silon, número 30, bairro Jardim Triângulo, na cidade de Uberaba – MG, atuando preferencialmente nos bairros adjacentes, e, qualquer outra região da cidade, acolhendo crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social. Trabalho extensivo as suas famílias cuja situação econômico-financeira apresente maior vulnerabilidade e esteja exposta a riscos pessoais e em situação de exclusão social.

A Casa do Adolescente Guadalupe foi idealizada pela ordem religiosa dos Somascos, e foi fundada em 27 de Setembro de 1995. A instituição tem como objetivo principal promover a formação educacional informal, a reinserção e integração social de crianças e adolescentes, bem como de suas famílias. Inicialmente eram desenvolvidas atividades pedagógicas somente para adolescentes os quais foram chegando cada vez em maior número. Dado a rapidez do crescimento do projeto, no ano de 2002 se tornou necessário a implantação de programas pedagógicos específicos para crianças, pois, houve crescimento da demanda de crianças em situação de vulnerabilidade educacional e social. 

A instituição se dedica a desenvolver projetos e programas Sociais direcionados a adolescentes, crianças, jovens e adultos vindos de famílias em situação de vulnerabilidade, visando à inclusão social destes através de atividades formativas, informativas, educativas, interativas, culturais, alimentícias, esportivas, recreativas e de lazer. Promove ambiente agradável de integração, interação, valorização da Vida, socialização, aprendizado, exercício pleno da cidadania, interrelações pessoais, reflexões sobre os valores humanos e outros.

É uma preocupação permanente da direção da instituição e da equipe de profissionais, estarem procurando criar e desenvolver alternativas educacionais que de fato possibilitem a abertura de novos caminhos para crianças, adolescentes, jovens e adultos, seja estimulando a permanência na escola, encaminhando os jovens à qualificação profissional, profissionalização de adultos - desenvolvidos no espaço físico do Centro de Formação Profissional São Jerônimo Emiliani (CEFOP). E ainda a equipe de profissionais trabalha para propiciar a inclusão social e a formação integral da criança e adolescente de forma individualizada, respeitando o seu tempo de desenvolvimento.

A instituição ainda viabiliza orientação escolar - apoio nas dificuldades de compreensão nos estudos de crianças e adolescentes - de modo a fortalecer o interesse pelos estudos, procurando assegurar a permanência de crianças e adolescentes na Escola. Estimula crianças e adolescentes a descobrirem a importância do conhecimento, do saber, da pesquisa, da reflexão crítica construtiva. Desperta nas crianças e adolescentes a memória cultural e artística, através da expressão corporal (dança, desenhos, coral, pinturas, poesias) e outras atividades interativas. 

A equipe da instituição procura estimular a participação da família nas atividades e eventos sociais promovidos pela Casa do Adolescente Guadalupe a fim de promover a socialização e interação do grupo familiar.

 A entidade é mantida com recursos da comunidade, de sócios colaboradores, de parcerias com empresas e órgãos públicos.

Mesmo não sendo uma instituição que tem como objetivo a inclusão racial e étnica, nos sentimos contemplados em visitá-la devido a parcela da população que a instituição recebe ser majoritariamente não-branca, promovendo assim uma inclusão racial e étnica pela via da educação.

O Movimento Negro, ações afirmativas, inclusão e exclusão

Ao ser entendido que existem dificuldades e barreiras para o não-branco no Brasil, o aparecimento de movimentos sociais, para estes, é fato. O Movimento Negro no Brasil, por exemplo, existe desde o sistema escravocrata, inicialmente de forma clandestina, visando a libertação desses negros escravos. Em 1888 foi conseguido a abolição da escravatura, e também o início de outras séries de exclusões que esse povo iria sofrer. O Movimento Negro então passa a se organizar e ganhar força, mas é somente entre o século XIX e XX que a pressão sobre o Estado a respeito de seus direitos, ganha força.

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