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Inserção do Psicólogo na APS

Por:   •  15/12/2023  •  Exam  •  1.036 Palavras (5 Páginas)  •  35 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE RIO GRANDE DO NORTE - UFRN FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ - FACISA

Disciplina: Tópicos Especiais em Psicologia da Saúde I

Docente: Tulio Romerio Lopes Quirino

Discente: Erika Nayane Martins Marinho

Síntese Teórico-Refexiva

Ao longo da disciplina de “Tópicos Especiais em Psicologia da Saúde I” e nas rodas de conversa com as psicólogas convidadas Vick Brito, Anna de Cássia Pessôa e Josi Oliveira, construímos aprendizados signifcativos sobre a atuação da/o psicóloga/o na Atenção Básica à Saúde no Brasil. A inserção crescente de profssionais da psicologia nesse contexto é uma realidade em constante evolução, embora permeada por intensas discussões que destacam as difculdades da psicologia diante da complexidade e das demandas específcas desse cenário. Em muitos casos foi percebido que a entrada do psicólogo nesses contextos ocorre predominantemente por meio de residências, como nas unidades fuviais, não havendo uma obrigatoriedade de um profssional da psicologia nesse serviço, apesar de ser constituído por uma equipe multiprofssional.

De tal modo, é crucial reconhecer as atividades desempenhadas pelos psicólogos residentes na Atenção Básica, que incluem intervenções individuais e coletivas alinhadas à lógica de trabalho desse nível de atenção à saúde. Desde o atendimento individual e acolhimento, que envolvem escuta breve e interconsultas, até a participação em programas como o Programa Saúde na Escola, realizando atividades nas escolas do território, grupos terapêuticos de crianças e adolescentes, e projetos de horta comunitária. O desenvolvimento de ações interdisciplinares e intersetoriais, como visitas domiciliares, grupos de artesanato, gestantes, e a articulação com profssionais de outros núcleos e áreas de atuação, destaca a abrangência e a importância das contribuições da Psicologia na Atenção Básica à Saúde.

  • imprescindível considerar a gestão do cuidado na unidade básica de saúde fuvial, preconizada pela Política Nacional de Atenção Básica, que se concentra na assistência à família. Como o serviço não está disponível em tempo integral, toda a família é atendida nas consultas, infuenciando positivamente na qualidade do atendimento ao contar com o suporte familiar para o seguimento do plano terapêutico. As rotinas integradas permitem atender qualquer demanda necessária no dia em que a Unidade está na comunidade. A educação

permanente em saúde também é realizada de forma integrada, acontecendo durante a consulta, na visita domiciliar ou no intervalo de deslocamento da Unidade.

Além disso, no âmbito da atuação da psicologia na saúde, a abordagem deve estar alinhada com a ideia de clínica ampliada, implicando um compromisso integral com o sujeito doente em sua singularidade. Essa abordagem também engloba a responsabilidade pelos usuários dos serviços de saúde, a busca por parcerias em diferentes setores, o reconhecimento dos limites dos conhecimentos profssionais e tecnologias empregadas, e a exploração de conhecimentos em diversas áreas. Dessa maneira, a contribuição da psicologia transcende a psicoterapia, abraçando uma diversidade de necessidades e demandas dos usuários nos contextos em que os profssionais atuam.

Na primeira roda de conversa, Vick Brito abordou a atuação do psicólogo nas equipes NASF, destacando a integração na Estratégia de Saúde da Família. Um momento notável foi sua refexão sobre um caso desafador, onde a comunicação com a paciente era intricada. Observando a afnidade da paciente com desenhos, Vick adotou uma abordagem inovadora, utilizando-se de desenhos para estabelecer um surpreendente "diálogo visual". O posterior intercâmbio de desenhos evidenciou uma abertura signifcativa no processo terapêutico, sublinhando a importância da criatividade e adaptação na prática do psicólogo na Atenção Básica à Saúde. Essas abordagens fexíveis transcendem as formas tradicionais de comunicação, estabelecendo conexões mais profundas e efcazes com os pacientes.

Na segunda roda de conversa, Anna de Cássia compartilhou experiências como psicóloga residente nas unidades básicas de saúde fuviais, onde os atendimentos pontuais demandam estratégias rápidas para garantir impactos a longo prazo, dada a falta de frequência. O relato de uma tentativa de suicídio na comunidade destacou a efcácia de uma intervenção grupal, ressaltando a urgência de tornar obrigatória a presença do psicólogo na equipe multiprofssional dessas unidades, permitindo sua integração nos barcos e visitas regulares às comunidades para realizar atendimentos.

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