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James Mill

Por:   •  12/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.736 Palavras (19 Páginas)  •  3.457 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Será apresentado neste trabalho algumas abordagens que influenciaram os pensamentos do filósofo James Mill, bem como a sua trajetória de vida, sua teoria e seu método. Tem como principal objetivo compreender quais foram as suas contribuições relacionadas ao campo da psicologia.

O filósofo Mill era influenciado pelas ideias do empirismo, associacionismo, mecanicismo e, também, do utilitarismo. Ele e seu filho primogênito Jonh Stuart Mill e outros pensadores, criaram na época um grupo que ficou conhecido como filósofos radicais. Eles discutiam sobre política, economia e outras ideias sociais que, portanto, tiveram grandes contribuições nas reformas políticas sociais.

Um dos principais pensamentos de Mill dizia que a mente humana era passiva, não tinha uma função criativa, ou seja, que a mente era uma máquina, funcionava da mesma forma previsível e mecânica de um relógio. Baseado nessa teoria, Mill escreveu sua obra mais importante para a psicologia. Analysis of the Phenomena of the Human Mind, tornando-se, assim, um dos filósofos que contribuíram significamente para a história da psicologia.

 Mill foi um homem que atuou em vários campos, como da filosofia, da política, da economia, da educação e da psicologia. Ele escreveu a respeito de muitos assuntos em geral e também teve grande importância no pensamento liberal do século XIX.

2. OS PRIMÓRDIOS DA CIÊNCIA MODERNA:

O século XVII foi testemunha de uma evolução extremamente abrangente e diversificada na ciência. Em tempos remotos, os filósofos buscavam as respostas no passado, nos estudos de Aristóteles e de outros pensadores da antiguidade, e na bíblia. As forças que regiam a investigação consistiam no dogma (na doutrina imposta pela igreja estabelecida) e na autoridade. Dessa maneira, nova força ganhava importância nessa época: o empirismo.

2.1 AS CONTRIBUIÇÕES DO EMPIRISMO

A palavra empirismo vem do prefixo latino empiria (experiência) e do sufixo grego ismo (determina, entre outras coisas, uma corrente filosófica). Pode-se dizer, então, que é a “corrente filosófica da experiência”. Ou seja, o empirismo é uma corrente filosófica que defende a ideia de que somente as experiências são capazes de gerar ideias e conhecimentos. Diz que as ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas.

Sobre o empirismo, CHAUÍ(2001) diz que, contrariamente aos defensores do inatismo, os defensores do empirismo afirmam que a razão, a verdade e as ideias racionais são adquiridas por nós através da experiência. Desse modo, esse sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, senso comum), como forma de geração de conhecimentos.

Sendo uma teoria que se opõe ao racionalismo, o empirismo critica a metafísica (ciência que investiga a realidade em seus traços mais abrangentes e universais) e os conceitos de causa e substância.

A preocupação dos empiristas era definir como a mente adquiria conhecimento. Sendo assim, o empirismo estava relacionado com o desenvolvido da mente e, de acordo com a visão empirista, a mente evolui com o acúmulo progressivo de experiências sensoriais. Pode-se considerar, como sendo os principais representantes do empirismo britânico: John Locke, George Berkeley, David Hume, David Hartley, James Mill e John Stuart Mill.

Para Locke, filósofo precursor do empirismo, as experiências não são meramente experiências de vida. Experiências para ele são as nossas sensações(sentidos). Ele defende uma corrente a qual chamou de tábula rasa, afirmando que as pessoas nada conhecem, são como uma folha em branco. Essa ideia contradiz a visão nativista, ou seja, de que já existem ideias em nossa mente (ideias inatas). Procura demonstrar que qualquer ideia que temos não nasce conosco, mas se inicia na experiência.  

Ainda, segundo Locke, é somente com as experiências e conhecimentos adquiridos em vida é que a personalidade se forma. Logo, a sociedade interfere diretamente na formação dos indivíduos. Ouvir, enxergar, tocar, saborear e cheirar. Cada um dos cinco sentidos leva informações para o cérebro. Ao nascer não se sabe o que é uma maçã, mas a ideia de maçã é formada a partir dos sentidos. Vê-se a sua cor, sente-se o seu aroma, toca-se a sua casca e morde-se a fruta. Cada uma dessas sensações simples nos faz ter a ideia de maçã. A partir da sensação, há reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo.

Para o empirismo, o único conhecimento considerado válido é o conhecimento científico, pois este tem como ser provado e é o verdadeiro responsável pela formação das ideias. Relaciona percepções concretas, representações gerais e conceitos. Por exemplo: uma criança vê, vive a experiência concreta do calor do fogo. Ela constrói uma representação mental (vê o fogo e sabe que queima). Dessa maneira, elabora um conceito (o fogo é quente e queima).

Portanto, o surgimento do empirismo ajudou na consolidação da ciência, pois se passou a buscar o conhecimento por meio da observação e da experimentação, o que refletiu significamente na mudança da natureza da investigação científica. A mente e os processos mentais passaram a ser estudados com caráter científico, e não mais no plano metafísico. Ou seja, o empirismo trouxe à humanidade novas descobertas e percepções científicas que refletiam a mudança na natureza da investigação científica. Seria a base para o método científico. Sendo assim, desempenhou o papel principal, pois estava relacionado com desenvolvimento da mente.

2.2 AS INFLUÊNCIAS DO MECANICISMO

Na Inglaterra e Europa ocidental, uma grande quantidade de máquinas começou a surgir, trocando o trabalho manual do homem pela força das máquinas. As máquinas se tornaram familiares para as pessoas de todas as classes. Mas foi o relógio que ocasionou mais impacto no pensamento científico.

O princípio incorporado nas grandes e ruidosas máquinas, relógios e bonecos do século XVII, exerceram uma grande influência em direção à nova psicologia. Ou seja, o zeitgeist dos séculos XVII ao XIX nutriu a nova psicologia.

O mecanicismo era a imagem do mundo como uma máquina. A doutrina se refere que todos os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da química.

  Na época da filosofia naturalista, Galileu Galilei e Isaac Newton formularam a ideia de que qualquer objeto existente no universo era constituído de partículas de matéria em movimento. De acordo com Galileu, a matéria era formada por átomos que afetavam uns aos outros por contato direto. Mais tarde, Newton dizia que o movimento não resultava de contato físico direto, mas de forças de atração e repulsão.

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