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Lauda casa dos mortos

Por:   •  4/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  437 Palavras (2 Páginas)  •  170 Visualizações

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O documentário “A casa dos mortos” de 2009 expõe a realidade de um manicômio judiciário de Salvador, Bahia. Nomeados atualmente como hospitais de custodia e tratamento, HCT, são espécies de hospitais- prisões, onde ficam internados criminosos que foram diagnosticados com alguma enfermidade psíquica com a finalidade de que mesmo em cárcere recebam tratamento adequado para seu caso, mas essa não é a realidade.

O roteiro desse curta metragem se inspira em um poema do interno Bubu, que já passou por 13 internações nesse tipo de instituição. São documentadas três histórias dividas por cenas, que mostram fins comuns naquele lugar. A primeira cena retrata o suicídio de Jaime, mostrando a realidade de muitos que preferem morrer do que continuar vivendo ali. Ele que também passou pelo processo de reincidência e foi caracterizado pelos demais por ter sido usuários de drogas e uma pessoa agressiva. Relata que estava sem tomar os remédios que precisava quando cometeu os homicídios, na rua quanto no HCT, ao matar um colega que o fazia provocações. Por isso foi isolado dos demais, sendo considerado muito perigoso e logo cometeu o suicídio.

A segunda cena nos relata a história de Antônio, um reincidente. Esses casos são comuns nessas instituições, pela falta de ressocialização. O curta mostra a chegada dele algemado e o processo do seu atendimento, denunciando a falta de cuidado no transporte de suas informações e a falta de profissionalismo dos responsáveis pelo trabalho quando o interno fala de passar esmalte e batom.

O terceiro caso, nos exibe a história de Almerindo, um homem que cometeu um crime de agressão leve e nem precisaria ser internado, podendo fazer o tratamento ambulatorial. Mas o que chama atenção é que ele já cumpriu bem mais que o tempo que precisaria, perdendo assim sua identidade, seus vínculos sociais e sendo esquecido ali. A Defensora Pública relata também a demora para fazer o laudo do interno quando ele deu entrada ao HCT.

A realidade dos manicômios judiciários é desumana, os internos vivem em condições muito a baixo do que precisariam para seu tratamento. A ressocialização não é eficaz porque o tratamento também não é. O documentário evidencia muitas vezes falta de remédio, atrasos de atendimento, falta de vigilância por parte dos guardas facilitando os homicídios e suicídios, situações de descaso na higiene das alas e outros diversos problemas. Todas essas histórias mostram finais comuns de pessoas que são muitas vezes esquecidas pelas famílias ou amigos e pelo Estado. Ali a reincidência, os suicídios e a perca de identidade são comuns. Trazendo a “casa dos mortos” como um nome que faz sentido, pois muitas pessoas ali apenas esperam para morrer.

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