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Memória Coletiva

Por:   •  16/8/2016  •  Resenha  •  454 Palavras (2 Páginas)  •  381 Visualizações

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Halbwachs, M. (1992). On Collective Memory (L. A. Coser, Trad.). Chicago: University of Chicago Press (obra original publicada em 1945).

        O autor busca durante a apresentação dos capítulos estabelecer uma teoria sociológica da memória. Inicialmente ressalta que os tratados de psicologia da época, que estudavam o processo de memória, consideravam as pessoas como seres isolados. Entretanto, seria na sociedade onde as pessoas adquiririam suas memórias, onde as recordariam, as reconheceriam e as localizariam. Como exemplo dessa afirmação, é destacado a quantidade de memórias que os indivíduos recordam durante as relações diretas e indiretas que estabelecem com outras pessoas, onde freqüentemente a memória é acessada na tentativa de responder as perguntas que os outros fazem, ou que supomos que poderiam ter questionado.

São consideradas então dois tipos de memória, uma memória individual que funcionaria basicamente no plano inconsciente e que passaria a consciência nos momentos de recordação, e uma memória coletiva.

        A memória coletiva, por sua vez, seria a colocação das pessoas na perspectiva dos outros os quais consideram como parte do mesmo grupo ou grupos, e através dessa inserção realizariam o ato de recordar. Tal processo da memória coletiva não seria apenas a combinação de memórias individuais. As estruturas coletivas são, ao contrário, os instrumentos utilizados pela memória coletiva para reconstruir uma imagem do passado que estaria de acordo, em cada época específica, com os pensamentos predominantes da sociedade. O pensamento individual entraria no framework da memória coletiva e esta inserção possibilitaria o ato de recordar na sociedade.

        Para o autor, quando um adulto encontra algum objeto ao qual atribuiu um importante valor na fase da infância, este se depara com uma expectativa de recordar as mesmas sensações e emoções que teve anteriormente. Entretanto, tais cargas emotivas não são vividas da mesma forma que esperávamos. Apesar de, aparentemente, tais memórias terem se perdido ao longo dos anos, é proposto que na verdade elas passam agora por um processo de reinterpretação.

Este processo se caracterizaria por uma reconstrução do passado. De forma que não apenas resgatamos as memórias da infância quando entramos no processo de recordação, mas, para além disso, ocorre uma reconstrução dessas memórias, onde o contexto ao qual me encontro submerso e as pressões sociais que atualmente sofro, irão se juntar a essas memórias em uma nova interpretação. O autor ressalta que as pessoas mais idosas recordam suas memórias de forma similar ao conteúdo vivenciado na infância, mas diferentemente do recordado na fase adulta, o que indicaria que tais memórias não enfraqueceram ou se modificaram ao longo do tempo, mas que são reconstruídas através da memória coletiva influenciada pela percepção no contexto social.

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