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Morte e Lucr o Área Saúde

Por:   •  4/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  150 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho retrata sobre um tema muito importante, que envolve a todos seguindo o curso natural do ciclo de vida, a morte. Será relatado diretamente com relação a aspectos psíquicos ligados ao luto dos profissionais da saúde, observando as suas percepções em processos de perda e trazendo o entendimento sobre insegurança e aceitação daqueles que estão diretamente envolvidos com situação em questão.

Profissionais que possuem contato direto com pacientes em diversas situações, desde emergenciais a casos terminais, relações que podem durar de horas a anos, e a forma com que o luto será o refletido neste processo que geralmente está direcionado a familiares, onde os profissionais tem seus sentimentos e pensamentos banalizados e por este motivo não possuem preparo ou apoio para lidar com a situação de perda no ambiente de trabalho.

Morte, palavra que possui significado muito vasto, entre culturas e vivencias, aquela que conscientemente é vista como algo natural, mas pode trazer consigo muita insegurança e medo ou até mesmo ser a que conforto e alimentar esperanças.

O presente trabalho objetiva analisar a relação dos profissionais da saúde que entram em contato com uma questão inerente ao ser humano, a morte. Como lidar com a frustração, o luto e a perda em um ambiente onde se valida majoritariamente as habilidades e os conhecimentos técnicos que o sujeito possui? Tais profissionais recebem as ferramentas necessárias para enfrentar situações traumáticas? Pretendemos responder a essas e outras questões pertinentes ao estado de saúde mental desses profissionais.


A MORTE E O LUTO

A morte é um acontecimento biológico, natural e inevitável para todo e qualquer ser vivo. Por séculos a morte foi interpretada de maneiras variadas, na Idade Média era vista como algo realmente natural, no século XX passou a ser sinônimo de fraqueza. Com os avanços técnico-científicos, os profissionais de saúde passaram a promover o cuidado visando preservar a vida do paciente, sem prezar pela qualidade.

Os enfermeiros, profissionais que lidam diretamente, por relevante período de tempo com pacientes e seus familiares, criando laço de afetividade, já que são os primeiros a analisar o quadro clínico desse paciente. Esta relação aprimora os cuidados ou torna o profissional vulnerável em seu ambiente de trabalho. Dessa forma, o enfermeiro é o componente da equipe de saúde que mais convive com o processo de morte/morrer, tornando-o mais susceptível a níveis elevados de estresse. Isso ocorre porque, durante o período acadêmico, o tema da morte é pouco abordado, dando um destaque exagerado à cura.

Partindo dessa perspectiva, o profissional de saúde internaliza que é necessário demonstrar um perfil impessoal, objetivo e firme diante do paciente, o que, hipoteticamente, imuniza-o diante do fantasma do erro no exercício da profissão.

Os seres humanos têm o costume de achar que a morte não chega até si próprio ou até sua família, imagina que existe na TV, na família do vizinho, do conhecido, mas não no ente querido, por isso quando acontece dá um “choque” de realidade e então se pergunta: porque comigo?

No âmbito profissional, desvendar a morte contribui para melhor convivência com os pacientes, principalmente os terminais, permitindo assim à equipe entender seus próprios limites de interferência e dedicar-se a outros tipos de cuidado. Não surpreende que profissionais que lidam com a morte passem a demonstrar sentimento de tristeza, culpa e frustração.

Já a profissão de psicólogo, é altamente capacitada para encarar esses tipos de situação e auxiliam os familiares dando suporte emocional na longa jornada de superação da perda. Logo, é necessário entender as questões relacionadas à morte para perceber que, na maioria das vezes, não é algo que se possa evitar e passar a percebê-la de outra forma.

VIVENCIA DIANTE DA MORTE

Por muito tempo, a morte era encarada como algo natural, onde acontecia nas casas, cercada sobre os olhares atentos dos familiares, com o avanço da ciência, alcançaram novas técnicas cirúrgicas, produção de medicamentos e equipamentos de alta tecnologia, facilitando o tratamento e podendo assim, permitir o prolongamento da vida. Com todo esse avanço, a morte passou a ser considerada como institucional. A perda de um ente querido, pode tornar em algo muito difícil de lidar, causando muito sofrimento, porém, apesar de tudo isso, em alguns casos muda a maneira de lidar com a morte. No setor profissional, a vivência pessoal diante da morte acaba intervindo de maneira positiva ou negativa, dependendo da forma que o indivíduo irá lidar com tal situação.

Visto que muitos profissionais da saúde estão adoecendo por não sofrer o seu luto ao perder pacientes, foi realizado um estudo para saber a causa da carência de saúde dos profissionais. Após feito o estudo, foi constatado que a vivência com o paciente e familiares causam apego ao demais profissionais da saúde e logo ao perder o ente querido, causa uma sensação de fracasso.

Ao analisar um grupo de enfermeiros ao perder seus pacientes queridos, foi possível notar os sentimentos de pesar, tristeza e derrota no rosto de cada um. No entanto, sem o preparo psicológico para lidar com a morte de perto, muitos estudantes na área de saúde estão ficando ríspidos ao lidar com o luto, pois ao perder o primeiro paciente e não lidar com o luto, acha que não será capaz de cuidar mais de nenhum ente querido.

Sendo assim, ocorre desde mudanças de tratamento aos pacientes por falta de preparo, que deveria ser dado nos primeiros semestres da faculdade na área de saúde. É importante que haja instrução a cada aluno que ingressar nessa área de enfermagem/medicina saber lidar com o seu luto individual, e saber que mesmo tendo feito de tudo para salvar aquele paciente nem tudo dependia dele.

Coexistir com o sofrimento do próximo acaba afetando as pessoas que lidam com tal situação, pois, os profissionais que cuidam, tem a esperança que seus pacientes tenha uma melhora, por esse quentão, se apegam e sofrem ao se depararem diante da morte. Esse apego dos profissionais é considerado o elemento base do cuidar. Outra situação que realça é a morte de crianças com a intensidade da dor emocional dos residentes. A morte de crianças, segundo Costa e Lima (2005), “É algo bem dificultoso para a equipe de saúde lidar, pois, além da morte por si só ser tema velado e pouco debatido, a morte de crianças aparece como uma ruptura, visto que estas são consideradas como o símbolo da vitalidade, da energia e do progresso. A morte de crianças, assim, afeta e angustia quem a vivencia e trabalha diretamente com ela.”

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