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Novos Tratamentos para Esquizofrenia

Por:   •  28/9/2019  •  Seminário  •  1.786 Palavras (8 Páginas)  •  263 Visualizações

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  1. Introdução

A esquizofrenia é uma das mais intrigantes e também estudadas condições psiquiátricas.  É um transtorno que acomete cerca de 1% da população, compromete diversos aspectos da vida do seu portador e representa uma importante carga em termos financeiros e sociais, não somente para o paciente, mas para a família, cuidadores e para a sociedade como um todo.

Por ser uma condição crônica, demanda tratamento medicamentoso prolongado e este se dá, principalmente, pela utilização de antipsicóticos. Não há dúvidas de que os antipsicóticos podem ser eficazes para o controle da esquizofrenia. Estas drogas podem atenuar os sintomas, aumentar a adaptação psicossocial do paciente e melhorar o seu bem-estar subjetivo.

  1. Esquizofrenia

A Esquizofrenia é uma psicopatologia endógene, ou seja, se forma do interior para o exterior. Comumente atinge indivíduos entre os 16 e 30 anos.

Essa patologia se caracteriza por alucinações e delírios, além de outros sintomas que comprometem o estado cognitivo do indivíduo. 
Seu desenvolvimento pode ser tão lento a ponto de o indivíduo não saber que a tem há muitos anos, entretanto, em outros casos que pode desencadear e evoluir rapidamente. 

Seus efeitos são prejudiciais não só para o paciente, mas para sua família, amigos, visto que conforme o nível de sua patologia, este indivíduo também pode oferecer riscos e danos ao meio social onde está inserido.

           Entre os diversos sintomas, o indivíduo pode sofrer alucinações, estas que podem ser visuais, olfativas e gustativas.

Os psicopatólogos distinguiram quatro subtipos de esquizofrenia. A forma paranoide, caracterizada por alucinações e ideias delirantes, principalmente de conteúdo persecutório. A forma catatônica, marcada por alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea e alterações da vontade, como negativismo e impulsividade. A forma hebefrênica, caracterizada por pensamento desorganizado, comportamento bizarro e afeto pueril. E, finalmente, definiu-se um subtipo simples, observa-se um lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, com negligência quanto aos cuidados de si (higiene, roupas, saúde), embotamento afetivo e distanciamento social. (DALGALARRONDO, 2008).

DSM-IV nos traz tais características, sendo dois ou mais dos seguintes sintomas (de 1 a 5) devem estar presentes com duração significativa, por período de, pelo menos, um mês:

1. Delírios

2. Alucinações

3. Discurso desorganizado

4. Comportamento amplamente desorganizado ou catatônico

5. Sintomas negativos (embotamento afetivo, alogia, avolição)

6. Disfunções sociais, no trabalho e/ou no estudo, denotando perdas nas habilidades interpessoais e produtivas.

Duração dos sintomas principais (de 1 a 5) de, pelo menos, um mês, e do quadro deficitário (sintomas negativos, déficit funcional, etc.) por, pelo menos, seis meses

  1. Causas

As causas podem ser geradas por diversos elementos. O indivíduo pode ter elementos herdados, entretanto, tanto os fatores genéticos, quantos os fatores ambientais podem influenciar. Sendo assim, os gatilhos de ambos os lados não podem ser ignorados. 

Pessoas com pré-disposição para doenças psicóticas, podem desencadear a Esquizofrenia através do uso de drogas, especialmente a maconha e drogas alucinógenas.

  1. Tratamentos da esquizofrenia

4.1 Tratamentos utilizados no passado:

Até a metade do século XX, o tratamento da esquizofrenia era feito por uma série de composições farmacológicas e estratégias inespecíficas de baixa ou nenhuma eficácia terapêutica real, o que praticamente impossibilitava a convivência social e muitas vezes condenava os pacientes à perpétua institucionalização.

Entretanto, no início da década de 50, foi descoberta a clorpromazina, cujos experimentos dos psiquiatras franceses Delay e Deniker demonstraram ser o primeiro antipsicótico, capaz de reduzir os sintomas de agitação, delírios e alucinações. Os psiquiatras da época passaram a considerar este medicamento uma droga que revolucionou o tratamento da esquizofrenia, e que de fato ampliou a qualidade de vida e favoreceu a desospitalização dos pacientes.

No mesmo ano dos seus primeiros achados, a clorpromazina já estava disponível para prescrição na prática clínica – sendo que ainda hoje este composto, ou outros com mecanismos de ação relativamente similares, ainda estão entre os mais utilizados.

  1. Tratamentos utilizados nos dias de hoje:

As medicações consideradas mais eficazes no combate aos assim chamados "sintomas positivos" (delírios e alucinações) são aquelas que possuem um grande poder de bloqueio da dopamina (uma das principais substâncias químicas cerebrais envolvidas na causa da esquizofrenia): exemplos destas medicações são o haloperidol e a risperidona.

Por outro lado, para tratar os sintomas chamados de "negativos" (cujo principal exemplo é a desmotivação), as drogas mais eficazes são aquelas que atuam, também, sobre a serotonina (outra substância química cerebral), que são, de modo geral, os antipsicóticos mais modernos, como a própria risperidona, a olanzapina e, principalmente, a clozapina.

Os antipiscóticos utilizados mais convencionais são o: haloperidol, clorpromazina, tioridazina, olanzapina, risperidona e quetiapina, e podem ser apresentados via oral ou injetável.
No entanto, todos esses medicamentos causam sintomas extrapiramidais (como Parkinsonismo, distonia aguda e discineia tardia), e efeitos autônomos como visão borrada, aumento de pressão intra ocular, olhos e bocas secas, convulsão, etc. Além de que, cerca de 25% dos pacientes tratados com os antipsicóticos convencionais não demonstraram resposta satisfatória.

Além do tratamento medicamentoso é extremamente necessário o acompanhamento psicológico para auxiliar e trazer mudanças significativas na vida do individuo.

No mercado farmacológico os medicamentos mais recentes para auxiliar no tratamento da esquizofrenia são os:

         Palmitato de Paliperidona : A paliperidona é um metabólico ativo da risperidona e é um antagonista dopaminérgico com atividade serotoninérgica predominante.

O Palmitato de Paliperidona (Invega Trinza) trata-se de uma injeção de ação prolongada para o tratamento da esquizofrenia e a prevenção dos sintomas, onde o paciente necessita de apenas quatro doses ao ano. O kit é composto por uma seringa preenchida de 175 mg, 263 mg, 350 mg ou 525 mg e dois tipos de agulhas: fina de 1½ polegada e fina de 1 polegada.

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