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Núcleo De Apoio à Saúde da Família

Por:   •  4/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.216 Palavras (5 Páginas)  •  175 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Graduação em Psicologia

Henrique Fernando Rodrigues de Sousa

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

(NASF)

Belo Horizonte

2016

Henrique Fernando Rodrigues de Sousa

NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA

(NASF)

Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia e Saú-

de  do curso de Psicologia da Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais.

Orientador: Flávio Durães

Belo Horizonte

2016

Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)

A realidade do sistema de saúde brasileiro reflete a demanda de milhões de usuários que necessitam de acesso à saúde. Implantado pela lei nº 8.080 de 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem por finalidade garantir acesso aos serviços prestados por profissionais da saúde, baseando-se na promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde do povo brasileiro. Caracterizado pela descentralização, universalidade, integralidade e equidade, o sistema então vem por meio de diversos programas e medidas interventivas dar sequência e seguridade ao que preza com respeito ao que se doutrina a realizar. Para isso, torna-se necessário então, a criação de formas que permitam atingir todos os níveis sociais e todas as pessoas, sem distinção, pondo em prova, programas como o NASF.

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)  é um programa do governo que presta assistência básica ao nível municipal. Foi criado em 2008, porém somente implantado pela  Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, estabelecendo a existência de especialidades e serviços que tem por função de prevenir e promover a saúde. Este núcleo conta com o apoio de diversos profissionais, definidos por gestores de saúde municipais, como assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, endocrinologistas, fonoaudiólogos, pediatras, ginecologistas, médicos, fisioterapeutas e dentistas, que agem de forma integrada e juntamente das Equipes de Saúde da Família (ESF). Todos os profissionais buscam promover a saúde respeitando os princípios estabelecidos pelo SUS. Com relação a financiamentos, o NASF é custeado e subsidiado mensalmente pelo governo federal após um processo de inscrição no Centro Nacional de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Os valores destinados a ações em saúde, variam de acordo com as modalidades do programa, podendo ser então de R$20.000,00 para a primeira, R$12.000,00 para a segunda e R$8.000,00 para a terceira.

Nesse contexto multiprofissional do NASF, surge a Psicologia. Scarelli e Junqueira (2011) abordam questionamentos referentes ao possível papel de psicólogos no SUS e no programa em questão, propondo medidas de cunho transformador, intervindo nas políticas públicas e procurando por um espaço estruturante para esse saber. Porém, para que isso ocorra, é necessário um espaço estimulante, que permita a inserção da ciência psicológica no campo em questão. Ainda,  o artigo aborda a falta de aperfeiçoamento, o despreparo e falta de técnica dos profissionais da saúde que se formam para lidar com a multiplicidade de aspectos do SUS.

A psicologia, na visão da Felhberg (2014) tem como função no campo da saúde, “[...] estreitar os caminhos para a eficiência de processos de educação com a produção de conhecimento acerca da população atendida.” (Felhberg, 2014) Dessa forma, os processos de subjetivação que ocorrem a nível coletivo e individual são categorias de análise desses sistemas pelo fato da transversalidade de experiências vividas na rede de saúde. Assim, é necessário que o psicólogo integre e garanta o acesso aos discursos sociais a fim de tornar mais eficazes as políticas que regem todo o sistema bem como as relações entre população e profissional.

Em entrevista realizada com uma profissional da psicologia no Centro de Saúde São Paulo em Belo Horizonte, a mesma relata que, com relação aos principais desafios de atuação do psicólogo no SUS, lidar com situações de sofrimento intenso do outro, podem causar um incômodo, uma vez que na sua experiência como profissional da equipe do NASF do bairro, o acompanhamento de casos como o abuso sexual na infância lhe causaram impacto em primeiro momento. De outro lado, a psicóloga observa que a falta de recursos para lidar com a grande demanda também é um desafio que também é consequência da falta de equipamentos sociais para a população, como cursos de capacitação, escola e outras atividades de lazer. A alternativa encontrada pela entrevistada quanto a resolver e lidar com estes desafios foi buscar, juntamente de pais, alternativas que não dependessem puramente do poder público como por exemplo, ONG’s e projetos sociais. Por fim, a psicóloga afirma que a troca de saberes com os demais profissionais do centro de saúde em questão, é defasada, embora a mesma considere que na esfera pública da saúde, a interdisciplinaridade seja mais frequente do que na área privada.

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