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O Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência Domésticas pelos Órgãos Competentes

Por:   •  13/10/2022  •  Resenha  •  638 Palavras (3 Páginas)  •  81 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

FACULDADE DE PSICOLOGIA

Disciplina: Projeto de Pesquisa em Psicologia Social

Professora ---

Campus: Sorocaba

Período: Matutino

Tema do Projeto de Pesquisa: Acolhimento de Mulheres Vítimas de Violência Domésticas pelos Órgãos Competentes.

Recorte da Pesquisa: Atuação dos Profissionais Envolvidos no Acolhimento.

GROSSI, P.Q., TAVARES, A. F., OLIVEIRA, S.B. A rede de proteção à mulher em situação de violência doméstica. PUCRS, 2008 Disponível em: http://psicologiasocial.uab.es/athenea/index.php/atheneadigital/article/view/538, consultado em 02.03.2012.

GROSSI et al (2008) apresentam neste trabalho a busca por subsídios práticos e teóricos, com o objetivo de contribuir com a otimização e adequação ao atendimento hoje prestado pelos organismos instituídos exclusivamente ou não para o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica. Para a construção desta lide, foi realizada ampla pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, envolvendo entrevistas com profissionais envolvidos nas diversas esferas de atendimento e vítimas da violência doméstica.

No campo teórico, os autores definiram a violência como um fenômeno histórico, oriundo de tempos remotos, definindo ideologicamente a mulher como um ser mais fraco e desta forma dependente do homem e consequentemente com o dever de obediência e submissão a este. Apesar do longo período de ocorrência do fenômeno, as reações das vítimas só emergiram recentemente sob a forma de movimentos feministas a partir da década de 1970, como um modo de protesto à impunidade aos agressores e a consequente continuidade das agressões. A tardança na revolta das vítimas deve-se, segundo os autores, à resignação das mulheres vítimas do flagelo, dominadas até hoje pela ideologia historicamente construída. Além disso, acreditamos que o temor e a própria dependência financeira ao agressor inibe também a apresentação da denúncia, protelando a cessação das agressões e o tratamento adequado.

Ainda no campo teórico, os autores citam DESLANDES (2002) e sua conceituação às redes sociais do sujeito. DESLANDES (2002) define a rede primária como os parentes e amigos mais próximos, a rede intermediária como instituições não regulamentadas oficialmente como órgãos de ajuda, mas compostas de profissionais que atuam na prevenção, denominadas promotoras e finalmente a rede secundária, composta de profissionais e funcionários de instituições regulamentadas para fornecerem atenção especializada, orientação e informação. Embasados na elaboração teórica do fenômeno e no formato de enquadramento dos sujeitos da pesquisa nas redes sociais pressuposto por DESLANDES (2002), os autores partem para a segunda fase do trabalho.

Nas pesquisas realizadas, GROSSI et al (2008) confirmam a importância da rede social primária das vítimas, desde que aquelas que não podem contar com relações sólidas dentro do seu convívio, a mãe por exemplo, têm acentuada a sua vulnerabilidade. O agressor, lembrado como integrante da rede social primária, às vezes o único, de acordo com a pesquisa dos autores, leva-nos a crer na corroboração da ideologia na existência e manutenção do fenômeno. Outro fator corroborante da submissão histórica da mulher ao seu companheiro que aparece na pesquisa realizada é o fato de setenta por cento das vítimas entrevistadas, se abstiveram de relatar a denúncia ao serem atendidas por seus traumas físicos. No entanto, como no desenrolar da análise da pesquisa, apercebe-se as deficiências do acolhimento às vítimas de violência, denotamos que além da perspectiva de subalternidade da mulher em relação ao homem, o acolhimento embasado apenas na dimensão física, sem considerar os danos psicológicos e sequer um ulterior acompanhamento, com amparo legal, psicológico e a segurança adequada, inibe a vítima da violência a denunciar sua real situação, apresentar uma queixa oficial, principalmente pelo temor de represália por parte do agressor, que uma vez livre, pode voltar a agredir.

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