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O Desenvolvimento Humano

Por:   •  25/5/2015  •  Artigo  •  3.080 Palavras (13 Páginas)  •  196 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

        Este trabalho tem por objetivo conhecer previamente o período de desenvolvimento da adolescência. Através de momentos de observação, tornar-se-á possível um contato direto com os adolescentes.        No decorrer deste trabalho foram feitas pesquisas de autores variados, focando  nas perspectivas  Piagetiana e Freudiana. O que dizem suas teorias do desenvolvimento, como trabalham e seus métodos de estudos sobre o assunto. Para iniciar, é importante ter em mente uma breve noção sobre o que é desenvolvimento humano. Onde começa e os múltiplos fatores que influenciam nesse processo. É difícil definir a origem do desenvolvimento, afinal, é um assunto que envolve diversas perspectivas históricas, culturais e sociais também. Onde a vida começa e o que acontece até ela terminar é o que os estudiosos  tentaram descobrir. O campo da psicologia teve grandes aliados na busca de teorias que explicassem o desenvolvimento humano. (Shaffer, 2005). Apenas na metade do século XIX foram datados os primeiros relatos de estudos sobre o desenvolvimento, compostas por J. Locke e também Kant e Rousseau. Segundo Locke, o indivíduo era como uma folha em branco, e toda a estimulação do ambiente o formariam. Para Kant e Rousseau, o indivíduo já possuía características inatas e seriam estas, responsáveis pela sua formação. (L. Costa, A. Dessen  2008).        Contudo, essas tendências não eram suficientes para alguns teóricos interessados no estudo. É o caso de Sigmund Freud, nascido em Freiberg em 1856, que buscou uma explicação empirista sobre o desenvolvimento. Sua abordagem elaborada no início do século XX ficou conhecida como Psicanálise, que tem como objeto de estudo, o inconsciente.  Freud dizia que estruturas da personalidade apareceriam com o tempo na vida do indivíduo, a essas ele nomeou de Id, Ego e Superego.  Todavia, antes que essas personalidades se manifestassem e surtissem efeito por completo nas vivencias do indivíduo, esse passaria por um longo processo de desenvolvimento aos quais ele dividiu em cinco fases: Fase oral, Fase anal, fase fálica, Latência e Fase genital. (Rappaport, 1982). Outro estudioso interessado no desenvolvimento humano foi Piaget. Nascido em Neuchatel- Suíça em 1896, desenvolveu suas teorias a partir da observação de seus próprios filhos. Como exploravam um brinquedo novo e reagiam a situações diversas. A partir daí, aprofundou seus estudos chegando a conclusões de como a inteligência humana se desenvolvia, partindo de esquemas cognitivos, comportamentais e simbólicos. Elaborou tabelas de desenvolvimento explicando o que se deve esperar de cada fase as quais ele chamou de subestágios, e o que acontece com a criança até que seu novo processo de aprendizado seja concluído, ao que ele nomeou de equilibração. Esse foi um teórico bastante minucioso, contribuindo bastante principalmente para a educação. (Shaffer, 2005). Piaget e Freud divergiam em diversos aspectos em suas teorias, contudo, não se pode deixar de lado que suas teorias se encaixavam e a certo modo complementavam-se. Freud por exemplo, destacava que a personalidade da criança começaria se desenvolver com o complexo de Édipo durante a fase fálica, em que ocorreria uma espécie de “paixão” pelos pais. (Rappaport, 1982). Já Piaget, dizia que a personalidade se formaria através da exploração do ambiente em que a criança vive, formando assim seus processos cognitivos. (Shaffer, 2005).                                                 É fácil observar como as duas teorias estão entrelaçadas e acabam fundindo-se no estudo sobre o desenvolvimento humano. Afinal, os pais fazem parte do ambiente da criança. Não se pode olhar o desenvolvimento do individuo através de uma única ponte, é necessário encontrar caminhos alternativos que se complementem. É o que será explorado no decorrer deste trabalho.        

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DESENVOLVIMENTO HUMANO

           O desenvolvimento do ser humano segundo a embriologia começa através de uma célula única que é formada a partir do momento em que o óvulo materno é fecundado pelo espermatozóide paterno, e diante disso, essa célula única começará a se subdividir. (CAMPOS, 2001).        Na continuação desse processo começam a se formar milhões de células, que posteriormente serão convertidos em parcelas de vários sistemas do corpo. Como por exemplo, o sistema nervoso, ósseo, muscular ou circulatório. Seria esse o começo da vida, ou seja, o início do desenvolvimento (CAMPOS, 2001). O desenvolvimento humano segundo Hughes e Noppe (1990) é definido como o estudo de um indivíduo desde a sua concepção até a morte, de uma perspectiva interdisciplinar. (BOCK, 1999).                                                                         Dois teóricos bastante interessados no desenvolvimento foram Freud e Piaget. Freud estudava o desenvolvimento do ser humano a partir do aspecto afetivo-emocional, ou seja, com base na sexualidade dos indivíduos, sua teoria ficou conhecida como psicanálise. Enquanto Piaget enfatizava o desenvolvimento intelectual do indivíduo. (BOCK,1999). Segundo Piaget, do início do processo até a morte, existem fatores que influenciam no desenvolvimento do ser humano. Entre eles estão a Hereditariedade- onde o indivíduo herda uma série de estruturas biológicas que predispõe ao surgimento de certas estruturas mentais, o Crescimento Orgânico- que se refere ao aspecto físico, a Maturação Neurofisiológica- possibilita padrões de comportamentos já determinados, e o Meio- os padrões de comportamento do indivíduo são alterados por influências e estimulações do ambiente. (BOCK,  1999).                                        Então, o comportamento humano difere de pessoa para pessoa. Cada indivíduo tem seu próprio patrimônio hereditário, e existe também uma grande influência sobre o ambiente onde o ser humano se desenvolve. A partir daí é que começam a surgir às diferenças individuais e a complexidade do comportamento humano. (CAMPOS,  2001).         Porém, segundo a teoria psicanalítica, o desenvolvimento do ser humano passa por estágios psicossexuais, que são:  fase oral, quando a criança encontra satisfação e prazer na boca, ocorre dos 0 a 2 anos.  Em seguida, se inicia a fase anal, que ocorre dos 2 aos 4 anos, no qual as crianças derivam de prazer na zona anal e coincide com o período de treinamento de higiene pessoal. Após, dos 4 aos 6 anos, se inicia a fase fálica, onde a criança focaliza as áreas genitais do corpo e percebe as diferenças sexuais. Nesta fase ocorre o Complexo de Édipo, que é a identificação com o genitor do mesmo sexo e o desejo primitivo pelo genitor do sexo oposto. Logo após , se inicia o período de latência, do 6° ao 12° ano de vida, no qual ocorre a diminuição das manifestações sexuais e os interesses voltam-se para o lazer, e por fim, ocorre o estágio genital, na adolescência, quando se evidencia o comportamento heterossexual e se inicia o preparo para o casamento e formação da família. (NUNES, 2000). Sobre o desenvolvimento mental Piaget fala que é um processo de construção, dirigido pelas equilibrações e auto-regulação, que consiste na construção de estruturas. Essas estruturas são estratégias de apreensão e organização do real do indivíduo. O desenvolvimento mental se caracteriza pelo aparecimento contínuo e gradativo de estruturas mentais, que vão se aperfeiçoando e se solidificando até o momento em que elas se desenvolvem totalmente e assim criam um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da inteligência, vida afetiva e relações sociais.  (LIMA, 1984). Ainda, Piaget supõe que a criança passa por três períodos durante o desenvolvimento mental. Durante o estágio preparatório, dos 2 aos 7 anos, a criança desenvolve certas habilidades, como a linguagem e o desenho. No segundo estágio, das operações concretas, 7 aos 11 ou 12 anos, a criança começa a pensar logicamente. O período das operações formais estende-se dos 12 anos em diante, quando o adolescente começa a lidar com abstrações e raciocinar com realismo acerca do futuro.  Na idade adulta não surge nenhuma nova estrutura mental e o indivíduo caminha então para um aumento gradual do desenvolvimento cognitivo. (BOCK,1999). Freud não falava de um desenvolvimento apenas mental como Piaget. Sua teoria do desenvolvimento era fixada na sexualidade, em que dentro de cada fase passada pelo indivíduo (oral, anal, fálica, latência e genital) irão se desenvolver estruturas que ele chamou de Id, Ego e Superego. O Id (desde o momento do nascimento) envolve instintos primários. Estas são rígidas pelo princípio de prazer, que exige satisfação imediata. Ignorando os valores, a moral, o bem e o mal. O Ego (a partir do Id) é orientado pelo princípio da realidade, é a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa, desempenha um papel de mediador entre o Id e o Superego. O Superego (quando o individuo compreende valores) manifesta a consciência indiretamente, sob a forma de moral, como um conjunto de interdições e deveres. Seria esse os impulsos biológicos responsáveis por tornar possível a convivência do individuo em sociedade. (Rappaport, 1982).        

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