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O Deus Fonte de Limitações?

Por:   •  25/6/2019  •  Ensaio  •  1.236 Palavras (5 Páginas)  •  166 Visualizações

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Introdução

Para que possamos compreender, entender e até mesmo pensar filosoficamente, é necessário distanciarmos nossa visão refutando nossas crenças básicas (crenças que apenas foram aceitas sem argumentações), consequentemente desenvolvendo todo um questionamento sobre a base da fé indagando tudo aquilo que temos crido por “certo”.

Esta indagação não visa diretamente a alterar a concepção do que se tem por “correto”, mas tem o objetivo de romper com os paradigmas, os pré-conceitos, os dogmas... desenvolvendo assim uma mente livre de quaisquer “amarras” para compreender seus pontos positivos e negativos instaurando um censo critico, podendo por sua vez levar a novas certezas ou dúvidas a respeito do que se tem por “verdade”. Verdades essas que dão todo o dimensionamento do mundo psicológico, tendo assim um enorme peso sobre nossas limitações...

Desenvolvimento

“Se digo: “Deus existe? ”, não é um problema. Não disse o problema, onde ele está? Por que coloco tal questão? Que problema está por detrás disso? As pessoas querem colocar a questão: “acredito ou não em Deus? ” Mas ninguém liga se acreditam ou não em Deus, o que conta é: por que dizem isso, a que problema isso responde? E que conceito de Deus elas vão fabricar. Se você não tiver nem conceito nem problema, você fica na besteira, não faz filosofia”                                                                                – Deleuze, Abecedário

Tendo isso em mente, levanto meu longo questionamento acerca da crença na existência de Deus; Baseada nas minhas experiências e pesquisas a respeito, descobri que o ser humano tem uma necessidade implícita. Esta necessidade consiste de que sobre ele seja exercido o senhorio; este poder exercido o torna um servo, fazendo com que se dispa de suas responsabilidades básicas como pensamento crítico, acerca de todas as possíveis interferências positivas e ou negativas que a decisão de executar uma ordem traz. Toda a ramificação dessas consequências provenientes da ação pode acarretar em um certo “amedrontamento” do indivíduo. Fazendo com que de maneira implícita seja mais agradável executar as ordens sem ter todo o peso da responsabilidade sobre seus “ombros”, desenvolvendo assim um tipo de alienação pelo fato da ausência de um pensamento crítico.

Deste modo Deus seria o incumbido de exercer tal poder (senhorio) de “decidir” as ações que devem ser tomadas, o ser humano teria suas ações como individuo “encobertas”, por que agora ele apenas esta exercendo o que Deus lhe propunha e não uma vontade (decisão) sua. Mas e se Deus não existe da onde veio essas decisões? Bom, essas atitudes partem da sua natureza logica, que é socialmente influenciável, a tal ponto de que não sou eu quem toma as decisões no lugar de Deus e sim toda a individualidade de cada um que forma a sociedade, ou seja, Deus nesse caso teria a um “corpo” extremamente fracionado, onde cada milésimo dessa fração seria composto por alguma característica individual de um dos integrantes do que chamamos de sociedade. Tornado assim a religião um “nível” que mantem uma falsa paridade de atitudes, valores e etc...

Talvez soframos demais as primeiras consequências desse evento – e estas, as suas consequências para nós, não são, ao contrário do que talvez se esperasse, de modo algum triste e sombrias, mas sim algo difícil de descrever, uma nova espécie de luz, de felicidade, alívio, contentamento, encorajamento, aurora…“

– Nietzsche, A Gaia Ciência, §343

A partir do momento que há a compreensão de que a religião é toda desenvolvida em torno de Deus, podemos perceber que ela é totalmente manipulável já que Deus por sua vez não existe, essa falsa ilusão que é criada como o intuito de desenvolver controle sobre toda a sociedade, esse poder de decisão supri a necessidade humana, não havendo assim nenhum grande contra ponto a religião e nenhum confronto que seja grande o suficiente para modificar sua forma de atuação dando uma liberdade crítica e intensificando o pensamento pessoal do “homem” como indivíduo.

Desenvolvendo assim uma visão antropocêntrica do mundo, visão essa que traz uma nova experiência para o indivíduo, que outrora tinha toda sua percepção de certo e ou errado baseada no contexto religioso e agora tem a si próprio como o centro dos seus debates mais acalorados, dos problemas complexos e simples. Trazendo assim decisões direcionadas especificamente para as suas necessidades atuais ou posteriores; por mais que essa visão não traga toda uma importância com as consequências que a sua decisão individual pode ocasionar num todo, ela é de suma utilidade para uma evolução interpessoal.

“Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade – como penso que é – temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A via contrária é o pragmatismo. ‘Isso Funciona? Não importa se é verdade, quero saber se funciona'”

William Lane Craig

O ato de crer em Deus não nos torna pessoas ignorantes, por mais que para tentar compreender todo o seu esplendor é necessário apenas aceitar várias sentenças a seu respeito, seus pontos de rejeição, suas decisões... A forma com que ele interage conosco foge do âmbito natural ela adentra o mundo espiritual, que por sua vez tem total influencia no mundo natural.

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