O Estruturalismo

O Estruturalismo

Schultz, D. P., & Schultz, S. E. (1981). História da Psicologia Moderna (14ª Edição ed.). São Paulo: Cultrix.

Ao emancipar-se como uma ciência, promovendo uma diferenciação com as áreas da biologia e da filosofia, uma preocupação acerca do viés descritivo da mente e do comportamento humano emerge. Nesse momento, situa-se o debate entre estruturalismo e funcionalismo, tendo por fio condutor discussões voltadas à psicologia estrutural, o capitulo trabalha a importância da perspectiva de Edward B. Titchener.

Titchener foi aluno de Wundt, e ainda que afirmasse lealdade a seu mentor, sua proposta de abordagem contrariava drasticamente os princípios holísticos da psicologia wundtiana. Assimilando-se ao mecanicismo, apresentado anteriormente, a abordagem estruturalista enfatizava a decomposição em elementos do objeto estudado, no caso, a experiência consciente. Estabelecendo a discriminação de dois elementos fundamentais: a consciência, referindo-se a soma de nossas experiências em um determinado espaço de tempo, e a mente, referindo-se a soma de nossas experiências durante toda a vida, Titchener modificou o método introspectivo, na tentativa de analisar a consciência em suas partes elementares.

Esse método claramente definido envolvia observação, experimentação e medição dessas experiências, o que permitiu registrar e relacionar os três estados elementares de consciência, entre eles: as sensações, as imagens e os estados afetivos. As sensações referem-se aos elementos básicos de percepção, como por exemplo, sons ou visões. As imagens, quanto às projeções de uma idéia, que retratam ou refletem experiências passadas. Por fim, no que diz respeito aos estados afetivos, representam os elementos emotivos de uma experiência.

Após a listagem dessas sensações, foi postulado que elas poderiam relacionar-se entre si, formando imagens ou evocando estados afetivos, alem disso, foram atribuídas características gerais, num certo grau, a toda experiência, são elas: qualidade, intensidade, duração e nitidez.

Por todos esses aspectos, a contribuição da corrente estruturalista, foi essencial para fomentar o posicionamento de afirmação da psicologia, ainda que com todas as suas críticas nessa frente de mecanização, incentivou o surgimento de outros modelos de descrição, alimentando o debate entre as escolas, promovendo discussões entre seus egressos, construindo assim, as diretrizes científicas do que conhecemos como psicologia.

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