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O Estruturalismo - Resumo

Por:   •  3/2/2017  •  Dissertação  •  1.219 Palavras (5 Páginas)  •  597 Visualizações

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O denominado estruturalismo, iniciou-se com Edward Brandford Titchener, que levou o método de se fazer psicologia da Alemanha aos Estados Unidos. A partir de sua própria abordagem, que reformulou de acordo com a psicologia wundtiana, com a qual teve seu primeiro contato ao realizar seu doutorado na Alemanhã, tendo Wundt como seu mentor e com quem manteve uma relação bastante próxima. Após a conclusão de seu doutorado retornou por um curto período a Inglaterra, país de onde nasceu e tentou estabelecer sua abordagem em Oxford, não sendo incentivado se direcionou aos Estados Unidos, onde pôde desenvolver melhor sua abordagem na Cornell University.

O método de se fazer psicologia de Titchener, se diferenciava do de Wundt em diversos aspectos e apresentava suas próprias peculiaridades. Segundo ele o meio de se fazer psicologia, deveria ser com base no estudo dos processos mentais associados as conexões mecânicas através da análise das partes que a compõem.

Durante o período que lecionou em Oxford foi responsável pela escrita de mais de sessenta trabalhos, além de ser orientando de mais de cinquenta teses de doutorado. Escreveu vários livros que foram traduzidos para diversos idiomas. Ao se tratar do relacionamento com seus alunos, sua personalidade se assemelhava a de Wundt, sendo descrito como autocrático e dominador, o que não o impediu de conquistar a admiração e o respeito daqueles que eram seus alunos. A medida que se passara o tempo, afastou-se do convívio social e recebeu o título de lenda viva, pois preferia trabalhar em casa e atender aqueles que sua esposa selecionava.

Devido ao grande número de alunos que obteve, optou por abria mão de participar dos experimentos, deixando-os a cargo de seus alunos autodenominados “os experimentalistas de Titchener”. Nesses experimentos a participação de mulheres era negada, argumentado serem elas “delicadas demais para fumar”, evidenciando assim seu grande apreço por fumar, fato esse afirmado por seu ex-aluno Karl Dallenbach dizendo certa vez que “um homem não pode ter a esperança de se tornar um psicólogo enquanto não aprender a fumar” (Dallenbach, 1967, pg. 85).

Apesar das controvérsias causadas pela proibição de mulheres em seus experimentos, Titchener encorajava a participação delas na psicologia e foi o que mais concedeu títulos de doutorado a mulheres, de sua época. Além disso, apoiava outras causas relacionadas a participação de mulheres, como a contratação de professoras e seu empenho em abrir as portas para elas em diversas ênfases.

Pela perspectiva do experimentalismo, embasado por Titchener, o objeto de estudo da psicologia deveria ser o de estudo da experiência consciente, com base no que cada indivíduo vivencia de forma singular. Diferenciando-se assim de outras ciências que independem da experiência pessoal.

Tendo a experiência consciente como fundamentação, há de se haver o perigo de cometer-se, o que ele denominou de erro de estimulo, que se resultaria da confusão acarretada pela descrição do objeto como ele o é geralmente conceituado, e não por uma interpretação descritiva dos estímulos observados. Descrevendo assim, uma experiência mediata do que se vê, pois desse modo ele considera o conhecimento já adquirido, e não aquilo que é observado em dado momento do experimento, experiência imediata.

O conceito de consciência e mente foi definido por ele como a somatória das experiências observadas em determinado momento e a soma das experiências acumuladas ao decorrer do tempo, respectivamente. Sendo semelhantes, mas se diferenciando no que decorre de a consciência ser os processos mentais de um momento definido e a mente a totalidade deles.

Para a melhor descrição de seus experimentos, Titchener se utilizava da introspecção ou auto-observação, com a utilização de observadores rigorosamente treinados para a descrição dos elementos no estado consciente. Esse método consistia no relato descritivo, subjetivo e qualitativo das atividades mentais relacionando ao que se foi observado no experimento, analisando assim a experiência consciente de forma complexa, a partir das partes componentes.

Aplicou a sua abordagem, certos conceitos da filosofia mecânica, que basicamente consideravam os indivíduos observadores maquinas neutras e imparciais. Essa imagem persistiu até meados do século XX.

Titchener definiu três estados elementares da consciência, sendo eles: estado de sensação, estado de imagem e os estados afetivos. As sensações são alguns elementos básicos da percepção que permitem ler o mundo através de sons, visões, cheiros, toques, entre outros. As imagens são objeto subjetivo pertencentes ao mundo das ideias, já que podem não estar presentes no momento, como exemplo das lembranças de algum episódio do passado. As afeições são elementos da emoção e podem ser: amor, ódio, alegria, tristeza, etc.

Na sua obra,

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