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O Existencialismo Basico

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Por:   •  2/9/2014  •  3.498 Palavras (14 Páginas)  •  333 Visualizações

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O Existencialismo Básico- Apanhado geral

Muitas pessoas fazem uma ligação entre a falta de fé ou crenças com ideais existenciais. O existencialismo pouco tem a ver com fé. Segundo Walter Kauffmann, "Certamente, o existencialismo não é uma escola de pensamentos. Os três escritores que sempre aparecem em toda lista de existencialistas - Jaspers, Heidegger e Sartre - não concordam em sua essência. Considerando Rilke, Kafka e Camus, fica claro que a característica essencial compartilhada por todos é o seu individualismo exagerado."

Para entender o significado de existencialismo, é preciso entender que a visão americana do existencialismo derivou das obras de três ativistas políticos, não puristas intelectuais. A América aprendeu o termo existencialismo depois da II Guerra. O termo foi criado por Jean-Paul Sartre para descrever suas próprias filosofias. Até 1950, o termo era aplicado a várias escolas divergentes de pensamento.

Apesar das variações filosóficas, religiosas e ideologias políticas, os conceitos do existencialismo são simples:

• A espécie humana tem tem livre arbítrio;

• A vida é uma série de escolhas, criando stress;

• Poucas decisões não têm nenhuma conseqüência negativa;

• Algumas coisas são absurdas ou irracionais, sem explicação;

• Se você toma uma decisão, deve levá-la até o fim.

Além dessa curta lista de conceitos, o termo existencialismo é aplicado amplamente. Até esses conceitos não são universais dentro das obras existencialistas. Blaise Pascal, por exemplo, passou os últimos anos da sua vida escrevendo em apoio da predeterminação. Os homens acham que têm livre arbítrio apenas quando tomam uma decisão.

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Temas comuns entre os existencialistas

Por causa da diversidade de posições associadas com o existencialismo, o termo é impossível de ser definido com precisão. Certos temas comuns, no entanto, podem ser identificados. O termo por si só sugere o tema principal: a angústia na existência individual concreta e, conseqüentemente, na subjetividade, liberdade individual e escolha.

• Individualismo moral - A maioria dos filósofos, desde Platão, tem afirmado que o mais alto bem ético é o mesmo para todos; enquanto alguns aproximam-se da perfeição moral, alguns parecem indivíduos moralmente perfeitos. No século XIX, o dinamarquês Kierkegaard, que foi o primeiro pensador a se chamar existencial, reagiu contra essa tradição insistindo que o mais alto bem par o indivíduo é achar a sua própria vocação. Como ele escreveu em seu artigo, "Eu preciso encontrar a verdade que é verdadeira para mim... a idéia pela qual eu vivo ou morro." Outros existencialistas têm repetido a tese de Kierkegaard que diz que cada um precisa escolher seu próprio caminho sem o auxílio de padrões universais.

Contra a visão tradicional de que a escolha envolve um julgamento objetivo do certo e errado, os existencialistas têm argumentado que nenhuma base racional ou objetiva pode ser encontrada nas decisões morais. No século XIX, o filósofo alemão Nietzsche afirmou que o indivíduo precisa decidir que situações incluir como situações morais.

• Subjetividade - Todos os existencialistas têm seguido Kierkegaard em enfatizar a importância da ação individual em decidir questões de moralidade e verdade. Eles têm insistido, conseqüentemente, que a experiência individual e a ação de acordo com as suas próprias convicções são essenciais para se chegar à verdade. Assim, a compreensão da situação por alguém envolvido nessa situação é superior à de um observador imparcial. Essa ênfase na perspectiva do indivíduo também tem feito com que os existencialistas suspeitem do raciocínio sistemático.

Kierkegaard, Nietzsche e outros existencialistas têm sido deliberadamente anti-sistemáticos quando expõem suas filosofias, preferindo expressar-se em diálogos, parábolas e outras formas literárias. Ao invés da sua posição anti-racionalista, no entanto, a maioria dos existencialistas não podem ser considerados como irracionalistas no sentido de negar toda a validade do pensamento racional. Eles têm afirmado que a claridade racional é desejável onde quer que seja, mas a mais importante questão na vida não é acessível à razão ou ciência. Além disso, eles têm argumentado que até a ciência não é tão racional como se supõe. Nietzsche, por exemplo, afirmou que a suposição científica de um universo ordenado é, na maior parte, uma ficção útil.

• Escolha e compromisso - Talvez o principal tema no existencialismo seja a escolha. A principal distinção da humanidade, no ponto de vista dos existencialistas, é a liberdade de escolha. Os pensadores têm afirmado que os seres humanos não têm uma natureza, ou essência, fixa, como os outros animais e plantas; cada ser humano toma decisões que criam sua própria natureza. Para Sartre, a existência precede a essência. A escolha é, portanto, o centro da existência humana, é inevitável; até a recusa da escolha é uma escolha. A liberdade de escolha acarreta no compromisso e na responsabilidade. Porque as pessoas são livres para escolher seus próprios caminhos, os existencialistas têm argumentado que eles precisam aceitar o risco e a responsabilidade de seguir seu compromisso, aonde quer que ele leve.

• Horror e angústia - Kierkegaard afirmou que é espiritualmente crucial reconhecer que cada um experimenta não apenas o medo de objetos específicos, mas também um sentimento de apreensão generalizado, o que ele chama de horror. Ele interpretou isso como uma maneira que Deus encontrou de chamar cada indivíduo para marcar um compromisso com um modo de vida pessoal válido. A palavra angústia (do alemão, angst) tem, similarmente, um papel crucial no trabalho do filósofo alemão do século XX Heidegger; a angústia leva ao confronto do indivíduo com o nada e com a impossibilidade de encontrar justificativas para as escolhas que ele ou ela devem fazer. Na filosofia de Sartre, a palavra náusea é usada para o reconhecimento do indivíduo da gratuidade das coisas, e a palavra angústia é usada para o reconhecimento da total liberdade de escolha que confronta o indivíduo a cada momento.

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Definindo o impreciso

Com muitas das instâncias quando tentamos agrupar indivíduos, falhamos quando

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