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O Guia Pervertido do Cinema

Por:   •  7/7/2018  •  Resenha  •  428 Palavras (2 Páginas)  •  707 Visualizações

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O próprio título do documentário já nos abre margem para a imaginação. O que seria pevertido? O pervertido na temática do documentário, nada mais é do que investigar e analisar, fazendo uso de conceitos da a psicanálise e da filosofia, para destrinchar diversos aspectos de obras de do cinema, indo a fundo nos aspectos da psique humana, através do cinema, vasculhando a linguagem expressa por trás deles. Falar sobre os filmes é falar sobre nós mesmos, quanto aos aspectos humanos e os conflitos.

 Zizek nas cenas dos filmes, é um espectador e analista. O documentário é divido em três partes: A primeira parte trata de um assunto crucial no cinema, que é a oposição entre a realidade e a ficção- que pode ser tomada como o desejo, não somente na relação das histórias dos filmes, como também, a nossa, que nessa experiência como espectadores, que ao sentarmos para assistir a um filme, somos jogados para dentro da realidade cinematográfica. Tornamo-nos um só, espectador e filme. A segunda parte fala sobre a libido, tema pertencente a psicanálise. E a terceira parte é sobre as fachadas do cinema, onde são discutidas as significações simbólicas exibidas nos filmes.

As três partes não são totalmente divididas, elas se misturam entre si. Para que se possa compreender melhor o documentário, é interessante que se tenha assistido as obras discutidas e possua minimamente uma base filosófica e psicanalítica, visto o fluxo de informações lançadas por cena. A primeira parte explora alguns dos principais conceitos freudianos, como a divisão da psique entre Ego, Superego, Id – pelos olhares do filme “Psycho e pulsão de morte. O narrador mostra como a linguagem visual de filmes – direta ou indiretamente - nos retorna nossas questões mais profundas, despertando nosso desejo enquanto simultaneamente, o mantem a uma certa distância, domando-o, tornando-o manifesto.

Na segunda parte, ao falar sobre os conceitos de libido, Zizek questiona os paradigmas da libido masculina e põe em cheque o universo virtual das fantasias que tornam possíveis os atos sexuais pela perspectiva de produtores como Andrei Tarkovski e David Lynch's. Por fim, na terceira e última parte, Zizek nos trás o “mundo das aparências”, tendo o cinema como suporte das significações, se o filme é estruturado através de cortes, edições e lacunas, então a nossa experiência subjetiva talvez possa ser assim também. E ele levanta que é por isso que acreditamos no cinema, por nos fazer crer que a subjetividade da experiência humana é tão igual a arte, o que nos proporciona o prazer da incompletude e da identificação, construída na interpretação das ações simbólicas expressas.

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