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OS PAIS DE CRIANÇAS AUTISTAS

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Por:   •  12/6/2013  •  756 Palavras (4 Páginas)  •  464 Visualizações

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Os pais de crianças autistas: personalidade parental e personalidade precoce

Muitas pesquisas foram feitas em relação a personalidade dos pais de crianças autistas. Kanner em suas primeiras pesquisas descreveu traços de frieza afetiva, o caráter obsessivo, o alto nível intelectual e sociocultural. Estas características estavam associadas a população estudada. Em seus estudos posteriores não mais atribuiu essencialmente a influencia parental.

B. Bettelheim, psicanalista concluiu após um estudo em relação a personalidade dos pais de crianças autistas que de nada adiantava culpabilizar estes pais, pois, julgá-los responsáveis pela doença do filho faria aumentar a dor e o sofrimento pelos quais passam estes pais.

“Antes de tudo, não estamos certos de que suas atitudes e o modo de cuidar do filho constituam por si só causa suficiente... não podemos nem se quer saber com certeza em que medida os pais se ocuparam do filho por causa das reações inabituais em relação a eles. E ainda que se descubra um dia que a contribuição dos pais tenha sido de fato fundamental, seria o caso de considerar se eles se comportaram assim porque não podiam ter agido de outro modo. Os pais já tiveram mais do que o bastante em termos de sofrimento”. (Ferrari, página 136, 137)

Não culpabilizar nos aproxima de uma psicologia que de forma mais humana procura entender os sujeitos envolvidos neste doloroso processo, contribuindo no sentindo de saber a cerca deste problema que atinge tanto a criança quanto a família em questão. Julgar não é papel do psicólogo, nem tão pouco aumentar a infelicidade e despertar nestas famílias sentimentos negativos de culpa, embora este sentimento se faça muito presente na vida destes pais.

Sabe-se que alguns fatores precoces do ambiente, como a depressão as carências, ausências do olhar da mãe na relação objetal com o filho, podem perenizar mecanismos psicóticos. Disfunções familiares, a forma como se organiza, a depressão materna torna o ambiente com dificuldades educativas e de comunicação entre seus membros, dificultando desta forma a compreensão e o encontro de respostas adequadas.

Tal situação leva a criança ao retraimento e a criação de um mundo a parte, levando os pais ao encontro de uma situação dolorosa e desesperadora colocando-os diante a dificuldade de acessarem este filho vindo, a comunicação se torna inviável, estranha e muitas vezes agressiva. Alguns pais sentem a carência de comunicação, outros, perdem a confiança na sua capacidade de cuidar o filho, diante de tal falta de comunicação e de adaptação as atitudes do filho.

As experiências dos pais geralmente estão ligadas a sintomas e questões de comportamento do filho: distúrbios do sono, os autistas resistem a medicamentos, podendo vir desencadear desarranjos no ritmo de vida da família. Outros sintomas como a agitação e gritos, são sentidos como insuportáveis para alguns pais, estas inquietações correspondem a mudanças muitas vezes discretas no ambiente imediato ou uma resposta a experiência de frustração. As estereotipias levam a criança ao retraimento, as automutilações atingem normalmente a cabeça, são sentidas pelos pais de forma angustiante e difícil de suportar. Colocar-se em situações de risco e perigo faz parte da personalidade autista, estar no limite são provações

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