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OS PROTÓTIPOS MENTAIS

Por:   •  7/1/2018  •  Artigo  •  3.031 Palavras (13 Páginas)  •  161 Visualizações

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PROTÓTIPOS MENTAIS

Caio Viana Martis¹.                                

RESUMO

Este artigo tem como propósito gerar um momento de reflexão sobre nossas relações interpessoais contemporâneas, usando como métodos de análise questões das ciências humanas como a Psicologia, Sociologia, Ciências politicas e Filosofia. Tal artigo tem por finalidade não apenas impulsionar momentos reflexivos, como também proporcionar uma nova visão do ‘’Eu’’, na sociedade pós-moderna, entendendo também sua forma de relação social no mundo.

Palavras-chave: Psicologia, Filosofia, Relações Humanas.

1 - Pós graduação em Neuropsicológica na FMABC - Faculdade de Medicina da Fundação do ABC.

Email: viana_caio08@hotmail.com

INTRODUÇÃO

Partindo da premissa básica, o sedentarismo histórico humano, que forma o primeiro núcleo social, surgindo assim seus fenômenos em construções abstratas que proporciona ao sujeito uma ideia de origem e propósito para o presente, dando ao individuo perspectivas para o futuro, sendo sua vida completa de sentido existencial, de tal forma que este sentido por vezes transcende a materialidade e atinge o pós-morte, não obstante, tais mecanismos criados e imaginados pelo sujeito são dignos de crenças e sentidos, o que de certa forma alivia sua visão diante do mundo, ou seja, ignora a ideia dos casos a sua volta. Considerando não apenas o processo evolutivo tecnológico e social, mas também as evoluções neurológicas dos Sapiens, logo podem observar não apenas uma evolução no campo das relações sociais, mas concomitantemente a este processo de adaptações surgiram ao longo do processo histórico novas doenças psicológicas, necessariamente surgem mecanismos de defesa psicológica capaz de confortar o individuo, bem como promover razões justificáveis as suas ações no mundo, ainda que sejam ações de aniquilação do outro, como exemplo a ideia nazista de Hitler.

Surge a ideologia institucionalizada, portanto os sapiens acreditam e nos parecem necessitar crer em determinada ideologia, entretanto notamos que não ter uma ideologia institucionalizada o indivíduo não é reconhecido sujeito histórico pelo outro e por si próprio. Percebe-se uma base que legitima a existência humana, seriam estes fatores resumidamente chamados de protótipos mentais, estruturas estas moldadas e flexíveis, criadas juntamente com o processo histórico da humanidade, responsáveis pela proteção psicológica do homem, sendo que este é o único animal sapiente do caos que o cerca, ameaçando-o constante, colocando sempre sua frágil complexidade existencial a prova.

MATERIAIS E MÉTODOS

        Foi realizada uma revisão da literatura, sendo selecionados livros publicados com informações sobre psicologia, psicologia, sociologia, neuropsicológica. Assim, esse levantamento bibliográfico foi realizado mediante consulta com base em literatura, foram utilizados 09 livros dentre os quais são 01 que retrata a Neuropsicológica, 01 de Psicopatologia, 01 de Psicanalise de Freud, os 06 restantes são divididos entre sociologia e filosofia que retratam a civilização e sua evolução social, não foram utilizados artigos científicos ou afins.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O que são instituições?

São ideias abstratas que vigoram sobre o sujeito que a ela pertence, tem por finalidade primeira gerar um sentido aos seus integrantes, criando assim um sentido a vida do sujeito diante do mundo que o cerca. Tais instituições são legitimas e reconhecidas dentro dos padrões legais de sua época, o que vincula a ideia de aceitação em todos os campos da sociedade, pois sendo uma instituição desconhecida pelas leis não se torna de fato uma instituição.

A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO

O estado surge como primeira instituição quando o homem por meio do domínio da agricultura muda de caçador coletor para sujeito social sedentário nasce neste momento à necessidade de uma organização social legitima que regula os direitos e deveres sociais, entretanto se faz preciso uma nova ideia, pois o individuo por vezes não obedece ao estado.

Neste momento cria-se a segunda instituição, a religião, em dado momento o sujeito não tem apenas um braço regulador de suas condutas morais, mas como um sentido para cumprir estas condutas. O sobrenatural surge como regulador e antebraço do estado, o sujeito se submete as suas leis ou por medo das penas ou por controle psicológico religioso.  

INSTITUIÇÕES COMO GÊNESES DOS PROTÓTIPOS MENTAIS

Protótipos mentais são ideias montadas que mostram ao sujeito significado de vida, sentido, bem como dá ao mesmo uma explicação de origem contraria do caos que eventualmente lhe criou, tornando o sujeito um ser especial, diferente das outras espécies, protegendo-o psicologicamente de uma visão geral a sua volta, o qual poderia acarretar em total descrença de sentido existencial. Nota-se que como exemplos de protótipos mentais:

Politica, clubes de futebol, estado, religião, família, etc. são protótipos mentais qualquer organização de construção física, porém de legitimidade abstrata que gera no individuo identificação social criando hábitos doutrinários a serem seguidos pelos seus integrantes.

 

TIPOS DE PROTÓTIPOS MENTAIS

Dentro deste conceito podemos notar macro, micro e nano instituições, porém, todas têm a mesma identidade matriz e funcionalidade para o sujeito, o que muda basicamente são suas constituições de integrantes e qual a sua forma de abrangência externa de pessoas. As “macro” instituições são ideologias abstratas que independente de culturas e crenças pessoais diferentes indivíduos usufruem da mesma identificação, seria hoje o consumo, pois sua ideia gera na mente humana um possível sentimento de pertencimento a classes sociais, o que necessariamente lhe traz a sensação de existência e aceitabilidade dentro de seu grupo social. As micro instituições são organizações físicas e interligadas as macro instituições, ligações estas com vínculos jurídicos legais, como lojas, shoppings, igrejas, clubes, ONGS, estados, mídias, empresas, escolas, organizações públicas e privadas, etc... Notamos que este tipo de instituições foram modificadas ao longo da história, seus papéis se inverteram e observamos a relação do estado e mídia, em dado momento histórico o estado detinha o poder de influencia  ideológico dos indivíduos, mas com o advento da tecnologia seu papel se tornou apenas coadjuvante.

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