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Os Fichamentos Psicodiagnóstico

Por:   •  4/5/2022  •  Resenha  •  1.315 Palavras (6 Páginas)  •  92 Visualizações

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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
ICH – INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS – CAMPUS PARAÍSO


NOME: Maria Fernanda dos Santos Cardoso
RA: f013472
CURSO: Psicologia
SEMESTRE ATUAL: 7° Semestre
TURMA: PS7C68

FICHAMENTOS - PSICODIAGNÓSTICO

SÃO PAULO – SP

2022

Fichamento texto 1: Desafios no psicodiagnóstico infantil

O texto aborda sobre os desafios do psicodiagnóstico infantil e ressalta sobre a importância de olhar para o contexto social e econômico da criança que está sendo avaliada. Frequentemente, nas clinicas- escolas de psicologia, crianças comparecem ao atendimento psicológico trazendo como queixa dificuldades na escolarização, em sua maioria sendo encaminhadas pelas escolas públicas, e muitas vezes os psicólogos que vão realizar esse atendimento visam somente a singularidade da criança, realizando o psicodiagnóstico com foco na personalidade, alegando que a criança tem tendencia a formação de determinado sintoma, deixando completamente de levar em conta os aspectos institucionais que contribuem para o chamado fracasso escolar, como no caso citado no texto, do Rafael, menino de 8 anos que apresentava dificuldades de aprendizagem e a sua mãe pensava que ele tinha deficiências mentais, no entanto, ele trocou de professora 4 vezes dentro de um ano e isso foi prejudicial para o seu desenvolvimento, então é necessário olhar para o contexto que ele está inserido e não somente a sua singularidade, é necessário ampliar a visão clínica.

“No Psicodiagnóstico Interventivo, cientes da limitação do fazer clínico, procuramos
engajar a família e a escola num processo que visa não apenas à compreensão das
dificuldades da criança, mas também encontrar formas de auxiliá-la no seu
desenvolvimento. (Pág. 2)”

Parte do processo do psicodiagnóstico interventivo, requere que os alunos da clínica-escola façam visitas as escolas, trazendo uma reflexão sobre o papel da escola na dificuldade dos seus alunos, fazendo essa ponte a família compartilhando quais são as dificuldades de seus filhos e o que é inteiramente responsabilidade das instituições escolares, incentivando-os a participar ativamente na colaboração do trabalho interventivo, pois pode propiciar aos pais uma mudança de atitude em relação ao seus filhos, ajudando as crianças a superar os seus aspectos negativos.

Outro ponto relevante que o texto trás é sobre a capacidade necessária exigida do psicólogo em desprender-se das teorias para saber abraçar a historia de vida e contexto que o seu paciente está inserido, principalmente no aspecto familiar na modernidade, assim como no caso de Marcelo, Paulo e Joaquim, crianças que não cresceram e vivem em uma família não tradicional brasileira, um criado pelos avos, outro criado por um casal homoafetivo, cabendo ao psicólogo questionar de que maneira essas constantes mudanças familiares repercutem na constituição das crianças, sendo dentro do psicodiagnóstico interventivo um momento para esse questionamento, por ter como objetivo conhecer os significados que essas famílias atribuem ao mundo.

Quando o psicodiagnóstico interventivo acontece em grupo, esse trabalho é enriquecido ao facilitar a identificação e a troca entre os integrantes do grupo, auxiliando na compreensão da própria família, contribuindo, em muitos casos, para diminuir a sensação de isolamento e eliminando a impressão de que seu caso é diferente, único e que talvez não tenha solução.

O texto também ressalta os casos de violência física ou psicológica dentro dos lares, sendo um episódio intrafamiliar marcado pela existência de vinculação afetiva entre seus integrantes, dependência econômica entre os cuidadores, negligências,
conivências e vulnerabilidades. Saber lidar com essas questões no processo de psicodiagnóstico interventivo é muito delicado, pois nem sempre essa queixa é trazida pelos responsáveis ou pela própria criança, então é necessário agir com prudência para não cometer erros, mas é claro visando o bem-estar sempre dos pacientes, jamais analisando o caso de forma isolada.
A convivência com episódios violentos vem, dia a dia, se incorporando à realidade
brasileira, especialmente no cotidiano de crianças e famílias que vivem em regiões com alto índice de criminalidade.

Enquanto profissionais de psicologia no ponto de vista prático, a proposta do psicodiagnóstico interventivo é que não atuemos apenas mantendo a neutralidade, mas durante esses processos confrontemos essas questões, pois são pautas sociais que precisam ser discutidas com os pais e com as crianças. Faz parte do trabalho do psicólogo, sugerir, apoiar, incentivar os pais a terem atitudes ativas, como a de organizar grupos nas comunidades para enfrentar o problema das drogas dos seus filhos por exemplo, ajudando-os a encontrar recursos para conseguir lutar contra isso.

“Se as teorias psicológicas parecem ter
chegado aos seus limites, possivelmente não encontraremos uma saída para essas
questões pelo “saber” único da psicologia, mas pela interlocução com outros saberes,
pela ética pessoal, pelo respeito ao outro e suas diferenças. (Pág. 6)”

Em resumo, é fundamental que o psicólogo capacitado saiba olhar a criança como um todo ao tratar de sua queixa, levando em consideração os seus aspectos familiares, psicológicos, sociais e afetivos, criando propostas interventivas que possam colaborar com o alívio psíquico do sofrimento infantil e para uma melhor qualidade de vida.

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