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PEDAGOGIAS DA SEXUALIDADE

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Por:   •  18/9/2014  •  883 Palavras (4 Páginas)  •  328 Visualizações

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PEDAGOGIAS DA SEXUALIDADE

A princípio precisamos enxergar a sexualidade não como apenas uma questão pessoal, mas social e política, ela é aprendida e construída ao longo da vida, das mais variadas maneiras e ensinada por muitos sujeitos que fazem parte da história do indivíduo.

Há algumas décadas atrás o sexo era visto como um assunto pessoal e particular, algo comentado entre amigos íntimos. Ao longo do tempo, houveram profundas transformações nesta concepção, trazendo modificações nas práticas e identidades sexuais.

As novas tecnologias reprodutivas subverteram as formas de gerar, nascer, crescer, amar ou morrer. Estas possibilitaram a ruptura de categorias e fronteiras sexuais desestabilizando antigas certezas.

As identidades sexuais de gênero são, definidas por relações sociais e moldadas pelas redes de poder da sociedade em que o sujeito está inserido. Este sempre está exposto a discursos sobre o sexo que instauram saberes e produzem “verdades” e é dentro deste contexto que são construídas as identidades sociais. Somos todos sujeitos de muitas identidades sociais, que hora pode haver uma identificação e uma integração na mesma e outra hora as mesmas podem ser rejeitadas e abandonadas. Portanto as identidades sexuais e de gênero têm caráter cindido, instável, histórico e plural.

Todos nós tememos a incerteza, o desconhecido, a ameaça de dissolução que implica não ter uma identidade fixa, por isso tentamos fixar uma identidade afirmando o que somos agora e o que na verdade sempre fomos. Devido a estes tipos de aspectos que podem surgir as questões de preconceitos e julgamentos em relação a opção sexual, credo, raça enfim, essa “aversão” ao que nunca nos foi apresentado. Outro fator que também influi neste tipo de pensamento é a nossa relação com nosso próprio corpo, este é visto como a corte de julgamento final sobre o que somos ou o que podemos nos tornar. Tudo que está a nossa volta é incerto e precisamos do julgamento que, aparentemente, nossos corpos pronunciam. Eles tem constituem –se na referência que ancora a identidade, e está sujeito ao que a cultura e a sociedade nos apresentam interferindo de forma significativa na constituição da identidade do indivíduo.

Aprendemos a classificar os sujeitos pelas formas como eles se apresentam corporalmente, por meio de seus comportamentos, posturas, gestos, pelas formas que se expressam. Sendo assim a sociedade nos fornece padrões culturais, que é do homem branco, heterossexual, de classe média urbana, cristão e nos apresenta este padrão como referência. Dessa forma a mulher é vista como “o segundo sexo” e os gays como desviantes da norma heterossexual.

Segundo Corrigan, os corpos nas escolas são ensinados, disciplinado, medidos, avaliados, examinados, aprovados, categorizados, magoados, coagidos, consentidos. Age desta forma com o intuito de formar homens e mulheres civilizados, capazes de viver na coerência e adequações na sociedade.

A escola não transmite apenas a matéria programada no plano pedagógico, mas inscreve marcas no aluno, transmite valores aos mesmos nas mais diversas situações do dia-a-dia e estas marcas definem de forma significativa na formação e identidade do sujeito, inclusive em sua identidade sexual. É importante ressaltar que a escola não define identidades, mas é necessário voltarmos o olhar para suas proposições, imposições e proibições que constituem parte significativa das histórias pessoais.

Tanto dentro do âmbito escolar

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